Alvos da Sociedade – Capítulo 02

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Enquanto existir mágoa

Não existirá perdão.

 

 

CENA 1 (Noite)

DOIS DIAS ATRÁS

Se permita viajar até o passado onde um homem vestia uma roupa feminina e penteava sua peruca loira e longa. Diante do espelho contornava com um batom vermelho seus lábios carnudos.

Ela, ou ele, estava preparado para a festa.

O nome do rapaz de apenas vinte e três anos era Lucas. Não que ele queria se tornar uma mulher, ele apenas gostava de se transformar e sair na noite.

Estava tudo tão escuro, as ruas da cidade eram iluminadas apenas por faróis de alguns carros que raramente passavam pelo beco por onde Lucas estava passando.

Lucas disse poucas palavras aquele dia. Ele ainda teve a chance de mandar uma mensagem para a irmã, dizendo a ela que estava com saudades, fazia algum tempo que os irmãos não se viam e ele achou que era um momento propício para mandar uma mensagem no meio da noite.

É estranho como as coisas acontecem. É estranho como as pessoas estão vivas em um momento e depois são apenas um monte de carcaça pelo chão.

O corpo de Lucas foi encontrado no dia seguinte, ele levou 18 facadas atingindo tórax e rosto, ele não conseguiu reagir, de acordo com o laudo da perícia fornecido por Geórdio, foram 4 homens que o mataram.

Não se pode associar todos os crimes contra o grupo LGBT como homofobia, a propósito qualquer um pode morrer esfaqueado a qualquer momento, principalmente um homem vestindo saia, que coisa feia.

 

CENA 2 (Madrugada)

Duke e Laize finalmente chegam até a casa do rapaz.

Laize: Me desculpe por lhe causar tantos problemas.

Laize ainda chorava, mesmo que involuntariamente.

Duke: Não se preocupe. O banheiro fica naquela porta a esquerda, eu moro sozinho, então não tem problema trazer algumas pessoas para cá.

Laize sorriu como quem agradecia a gentileza sem dizer uma única palavra.

Os passos o guiaram até o banheiro.

Mais tarde, depois do banho, Laize apareceu na cozinha, Duke estava preparando a mesa.

Duke lhe sorriu.

Duke: As roupas serviram direitinho…

Laize: Eu não sei quem é você, mas não sei porque está me ajudando ninguém faria isso…

Duke desfaz o sorriso, mas ainda mantinha uma expressão gentil em seu rosto.

Duke: Não se preocupe, eu sou gay e sei o que você está passando, e mesmo assim, é a obrigação de todos os seres humanos ajudarem uns aos outros.

Laize: Nem sempre é assim.

Duke: Cada um faz a sua parte, e assim quem sabe esse mundo seja um lugar melhor para se viver, mesmo para pessoas como nós.

Laize: “Como nós” você quer dizer brilhantes, né?

Duke sorri.

Duke: Sim, brilhantes.

 

CENA 3 (Madrugada)

Para lhe acertar com um golpe misterioso e iniciar uma busca investigativa em cima da hora, é apresentada uma mulher.

Não sabe-se o nome dela (ainda) e nem de onde vem.

Ela esta usando um vestido rosa e curto, poderia ser a piranha da Geyse Arruda, mas na verdade ela é muito mais vulgar. É quase seis horas da manhã, ainda existiam seres humanos que dormiam naquela hora, mas alguns já estavam acordados, outros já estavam de olho naquela garota.

Hora da morte: 6:02 AM

Motivo: Uma bala atravessou o crânio.

A linda mulher caiu no chão, o som do tiro soou alto, seguido pelo som de sirenes minutos depois.

Aquele seria um dos muitos casos que Adryan teria que trabalhar juntamente com Geórdio.

 

CENA 4 (Manhã)

Logo cedo da manhã, estava em uma lápide escrito com uma letra dourada o nome de Lucas. O som dos passos de uma jovem mulher se aproxima, ela chora enquanto solta algumas flores sobre o túmulo.

Mulher: Eu vou descobrir quem te matou e vou me vingar. – Ela trazia ódio e mágoa nos olhos, o culpado jamais teria perdão. – Eu prometo…

Por algum motivo aquela mulher tinha alguma ligação com Lucas, mas ninguém sabia quem era ela, e qual sua ligação com ele.

Ninguém precisa saber.

 

CENA 5 (Manhã)

Pode-se dizer que o beijo não saia da cabeça de Adryan, indo ao trabalho ele se distraia com facilidade e não entendia nada do que Geórdio estava falando.

Geórdio: Está me ouvindo, Adryan?

Adryan: Desculpe.

Adryan volta a prestar atenção nas recomendações de Geórdio.

Geórdio: Alguns detetives foram contratados para solucionar um crime na madrugada de hoje.

Geórdio retira o lençol que estava sobre o corpo da mulher que fora baleada.

Adryan: Assassinato?

Geórdio: Nada comprovado, ainda.

Adryan: Mas é visível a causa da morte, ela foi baleada na cabeça.

Geórdio: Será?

Os dois se encaram, Geórdio falava de forma irônica e aquilo estava incomodando Adryan.

Geórdio: Coloque-a na mesa e tire a roupa dessa coisa.

Adryan: Não a trate assim…

Geórdio o interrompe.

Geórdio: Calado.

Com uma câmera Geórdio tira fotos da mulher antes de tirar sua roupa, enquanto ele registrava tudo num gravador.

Geórdio: Idade da vítima: 31 anos, mulher, branca…

Ele continuou registrando os dados daquela mulher que morrerá algumas horas antes, e depois de uma análise profunda nas genitais do cadáver, ele afirma.

Geórdio: Foi bala perdida.

Contra gosto Adryan confirmou os laudos dando a entender que a vítima havia sido vítima de uma bala perdida. Mas era visível que aquilo estava muito estranho, afinal a bala veio de um ângulo superior à vítima, talvez alguém que estivesse em algum apartamento mirando na cabeça daquela mulher.

Terminado o laudo, Geórdio saiu e Adryan voltou a pensar no beijo que havia recebido de Aslan.

 

CENA 6 (Meio-dia)

Janele dormia serenamente quando alguém bate na porta. Era sua mãe que adentrava com um pouco de cuidado para não acorda-la abruptamente.

Luciana: Filha, seu amigo está aí.

Janele: Quem?

Janele acorda, mas permanece com os olhos fechados, enquanto que Luciana vai em direção as janelas e abre as cortinas.

Janele: Fecha isso mãe, quer me deixar cega?

Luciana: Janele, minha filha, o Adryan está aí.

Janele: Tá.

Janele vira para o canto e finge não se importar.

Luciana: Filha.

Janele: Tá! Eu já vou.

Janele se levanta, minutos depois de ir ao banheiro e trocar de roupa ela vai para sala onde Adryan a esperava.

Janele: Pelo visto não trabalha mais.

Adryan: Era só o turno da manhã hoje.

Janele: Pelo visto está sendo muito bom ser médico.

Adryan: Pois você não deveria ter trancado a faculdade, poderíamos continuar sendo colegas até hoje.

Janele: Longe de mim aquelas pessoas mortas.

Janele faz sinal da cruz.

Janele: O que você quer aqui?

Adryan: Não se faça de esquecida, hoje nós combinamos de almoçar juntos, esqueceu?

Ela sorri.

Janele: Lógico que não, mas eu sinceramente não esperava que viesse.

Adryan: Quando eu digo que farei algo, eu faço.

Janele: Então vamos logo.

Durante o caminho para o restaurante, Adryan e Janele conversavam sobre a formatura dele.

 

CENA 7 (Meio-dia)

Repentinamente, Laize salta da cama.

Laize: Ai meu Deus!

Ela corre até o relógio e vê que são doze horas.

Laize: Já é meio-dia!

Ela corre até a sala e se depara com Duke.

Laize: Como foi que eu passei a noite aqui?

Duke sorriu.

Duke: Não aconteceu nada entre nós se é isso que está perguntando.

Laize: Não é isso, eu não me lembro de nada.

Laize coloca a mão sobre a cabeça, com a ajuda de Duke ela senta-se no sofá.

Duke: Você está bem?

Laize: Sim, só fiquei um pouco tonta.

Duke: Estávamos conversando e de repente você adormeceu, e então eu a coloquei na cama.

Laize sorri timidamente.

Laize: Obrigada.

Duke: Não precisa me agradecer, a propósito, eu me chamo Duke.

Laize: E pode me chamar de Laize.

Eles trocam sorrisos, dois seres imundos.

Duke: Eu preparei o almoço…

Laize: Eu agradeço.

Laize o segue até a cozinha, e durante o caminho ela se depara com um retrato.

Laize: Quem é ele?

Duke hesita em responder, seu coração pulsou mais forte ao ver a imagem daquele homem naquele retrato, o rosto de Aslan.

Duke: Ele era meu namorado até ontem.

Laize: Eu sinto muito… O que aconteceu?

Duke: Nada.

Duke abriu um sorriso.

Duke: Espero que goste de manteiga no pão, é só isso que sobrou das compras do mês.

Laize, meio sem graça, sorriu de volta.

 

CENA 8 (Tarde)

Um escritório sofisticado no centro da cidade. Uma detetive não tão novata quanto aparenta ser, um pouco descuidada e não tão eficiente por ser uma mulher e não conseguir ser tão eficaz quanto um homem, mas seu trabalho como detetive não seria dispensado naquele momento.

Eis que a porta de seu escritório se abre.

Perez: Boa tarde.

O homem assim se apresentou para a detetive, e para nível de esclarecimento a detetive é chamada de Patifa, não que seja seu verdadeiro nome, mas ela prefere ser chamada assim, afinal tendo seu nome verdadeiro ocultado ela conseguia obter informações sobre seus casos com mais facilidade.

Patifa: Boa tarde. – Ela se levanta e o cumprimenta com um firme aperto de mão. – Em que posso ajuda-lo?

Perez: Eu me chamo Alberto Perez, não sou detetive, estou representando uma pessoa para a resolução de um caso, gostaria que me chamasse apenas de Perez.

Patifa fica muito intrigada e pede para que ele sente-se e explique melhor sobre o caso.

Perez: Eu estou representando a verdadeira pessoa interessada na resolução da morte de Lucas Prado Silva, e por motivos pessoais essa pessoa não quer se envolver.

Patifa: Parece interessante.

Perez: Você vai ser bem paga para isso. – Ele entrega documento oficial do valor oferecido. – E também isso. – Ele entrega os documentos para Patifa. – De acordo com os laudos médicos, Lucas foi esfaqueado, e tudo indica que foi num assalto realizado por 4 meliantes, mas meu cliente acredita que isso pode ser mentira.

Patifa: Por que? Ele tinha algum inimigo em comum? Alguém que o odiasse?

Perez: Ele era homossexual.

Não que aquilo fosse motivo suficiente, Patifa abre os documentos e se surpreende com a complexidade dos dados fornecidos.

Patifa: Eu aceito o caso.

 

CENA 9 (Tarde)

Duke e Laize terminavam a refeição e em seguida Duke vai lavar a louça e prontamente Laize corre lhe ajudar.

Duke: Não precisa.

Ela sorria gentilmente.

Laize: Claro que precisa, você me ajudou, é o mínimo que posso fazer.

Enquanto Duke lavava a louça, Laize enxugava.

Duke: Você não vai ligar para a sua família avisar que você está bem?

Laize: Eu moro sozinha…

Duke entendia, provavelmente ninguém gostaria de viver perto de alguém como Laize.

Laize agora estava vestida como menino, mas tinha cabelos longos, e fortes expressões femininas em seu rosto, a voz era afeminada, e seus gestos eram delicados, mas seu tamanho, seu corpo, em tudo, era um homem.

Laize: Fiquei preocupada contigo…

Ela passa a mão sobre a mão de Duke.

Duke: Sobre o que você está falando?

Laize: Sobre seu namoro que acabou…

Duke solta um suspiro.

Duke: Eu nem sei se posso chamar aquilo de namoro. – Entre algumas pausas, Duke suspirava. – Ele tinha vergonha de mim, não podíamos sair juntos, ele não queria que ninguém nos visse junto, nem mesmo como “amigos”, ele dizia que eu era “chamativo” demais.

Laize apenas ouvia, enquanto que Duke terminava a louça e sua lamentação também.

Duke: E acabou inesperadamente… Ontem eu fui visita-lo, o pai dele é um grande médico e ele estaria sozinho, mas assim que cheguei, ele me mandou embora…

Por alguma razão os olhos de Duke encheram-se de lágrimas.

Duke: Eu não sei como e nem porque acabou…

Ele apertou as mãos uma contra a outra.

Duke: Eu o amo tanto… Ainda dói…

Laize, instintivamente o abraça. Num gesto promíscuo, natural dessa raça de quinta categoria, Laize o beija e Duke se afasta rapidamente

Laize: Desculpe.

Foi algo tão natural, que Duke apenas sorriu.

Duke: Eu tentarei falar com ele ainda hoje.

Laize: E eu irei para casa, foi bom lhe conhecer.

Laize entrega seu número de telefone para Duke, os dois ainda manteriam contato.

 

CENA 10 (Anoitecer)

Geórdio finalmente chega em sua casa, morava em um apartamento sofisticado, apenas ele e seu filho, ao entrar depara-se com Aslan deitado no sofá.

Geórdio: E essa vida boa?

Aslan: Devo tudo a você, querido papai.

Geórdio: E quando você vai arrumar um emprego decente? Já que desistiu da faculdade.

Aslan: Não enche o saco, velho.

Aslan se levanta irritado e sai.

Geórdio fica pensativo, enquanto olha pela sacada ele lembra de Adryan, que tem relativamente a mesma idade de seu filho, e já é um medico, enquanto que Aslan era um bosta na vida.

Geórdio: O que eu fiz para merecer esse desgosto?

Ele bate sua mão com força contra a janela.

Geórdio: Maldito Adryan.

Minutos depois Titânia chega em seu apartamento.

Titânia: Boa noite, meu querido.

Ela passa a mão sensualmente pelas costas de Geórdio.

Titânia: Está tão tenso, o que houve?

Geórdio: Esse meu filho…

Titânia: Não se preocupe, irei te ajudar…

Ela vai lentamente passando a mão pelo peito de Geórdio e descendo até as genitais.

Geórdio: Não… Meu filho pode chegar a qualquer momento.

Titânia: Eu gosto do perigo.

Ela disse sorrindo ousadamente, ela se agacha, enquanto que Geórdio estava de costas para a sacada, Titânia abre o zíper das calças daquele médico e tira seu órgão para fora, ela aperta com força e prende o órgão entre seus dedos, e lentamente ela começa a dar leves lambidas como se fosse um picolé, levando Geórdio a loucura revirando os olhos de prazer.

 

CENA 11 (Noite)

Finalmente chegou a noite da festa que Janele estava planejando ir com Adryan. Ela estava toda arrumada esperando pela chegada do seu amigo médico enquanto sua mãe lia uma notícia do jornal.

Luciana: Outro caso de assassinato.

Janele: Poupe-me dos detalhes.

A campainha toca e Janele corre abrir.

Luciana: Só peço que tomem cuidado.

Janele: Tomaremos…

Janele abre a porta e se depara com Adryan.

Janele: Vamos logo.

 

CENA 12 (Noite)

Alguém já disse que a noite é uma criança? Num piscar de olhos tudo pode apagar-se e o sono pode chegar. Adryan estava na festa junto com Janele, e de maneira despretensiosa, Aslan também aparece junto a eles, aparentemente tinha sido convidado por Janele.

Obcecado pelo controle da situação a seu redor, Adryan evitava colocar qualquer tipo de bebida em sua boca. Entre uma conversa e outra, Aslan o observava com desejo, até que finalmente chegava a hora de cada um ir para sua casa.

Janele: Adryan, você poderia dar uma carona para Aslan?

Mesmo Adryan sabendo que o episódio do beijo poderia se repetir, ele não recusou, na verdade ele desejava mais do que tudo ser beijado por Aslan novamente.

Adryan: Sem problemas.

Em questão de minutos os três dirigiram-se para o carro de Adryan, um Onix laranja modelo 2014. Primeiro Adryan deixou Janele na casa dela, em seguida levou Aslan.

Alguns minutos depois…

Ainda dentro do carro, Adryan esperava que Aslan deixasse o carro e fosse embora, mas o silêncio corroía os dois.

Aslan: Gostaria de descer e conhecer meu apartamento?

Adryan ficou muito tentado a ir, mas decididamente recusou.

Adryan: Preciso trabalhar cedo amanhã.

Aslan: Por favor, gostaria de me desculpar corretamente pelo ocorrido no outro dia.

Adryan: Está tudo bem.

Aslan segura sua mão e implora.

Aslan: Vamos?

Adryan cede a tentação e vai junto com Aslan para conhecer o apartamento.

 

CENA 13 (Noite)

Geórdio estava na sacada fumando enquanto Titânia o encarava com um olhar apaixonado.

Geórdio: O que tanto olha pra mim?

Titânia: Sabia que fumar é prejudicial a saúde?

Geórdio: Se meter na vida dos outros também.

Geórdio continuava a olhar pela sacada o céu, as nuvens e a lua, era como um alívio depois de um dia cansativo de trabalho, em seguida ele olha para a rua e percebe que seu filho desce de um carro com um homem.

Geórdio: Ah não! De novo não. – Ele se levanta com raiva.

Geórdio: Isso não pode estar acontecendo.

Titânia se levanta e vai atrás dele.

Titânia: O que aconteceu?

Geórdio: Meu filho com aquele rapaz.

Titânnia: E o que tem de mais?

Geórdio: Ele tem apresentado um comportamento estranho nesses últimos dias, não posso deixar isso acontecer novamente.

Geórdio sai rapidamente deixando Titânia sozinha no apartamento que percebe que aquela não era a primeira vez que Aslan trazia um homem para aquele apartamento.

 

CENA 14 (Noite)

Adryan é guiado pela garagem, ele segue Aslan que para abruptamente.

Adryan: O que houve?

Aslan lembra-se que seu pai não estava de plantão naquele dia e devia estar em casa e não poderia levar Adryan até seu apartamento.

Aslan: Nada…

Ele volta-se para Adryan e o beija novamente.

Adryan: Não, aqui não. – Ele tenta se esquivar, mas Aslan continua com as investidas.

Adryan resistiu nos primeiros momentos, mas depois começou a beijar Aslan de volta. Adryan não sabia explicar o impulso que o motivava cada vez mais, e logo se viu enlaçado nos braços de Aslan.

Talvez fosse o efeito da bebida, Adryan queria colocar a culpa na bebida, mas ele queria aquilo.

Adryan: Vamos para seu apartamento…

Aslan: Vai ser mais emocionante aqui.

Eles conversavam ofegantes, Aslan baixou as calças até o tornozelo e guiou Adryan para que ele tocasse em seu órgão e começasse com os movimentos no mesmo.

Adryan: Isso é muito perigoso.

Aslan mordia levemente seus lábios enquanto passava a mão pelas nádegas de Adryan.

Aslan: Quanto mais perigoso é, mais gostoso.

Adryan é virado de costas para ele.

Adryan não sabia mais dizer o que o motivava naquele momento, ele apenas sentiu suas calças serem baixadas até o joelho, e ficou apoiado em uma Hillux enquanto Aslan o abraçava por trás.

Aslan umedece seus dedos com a própria saliva para usar como lubrificante, ele passa o líquido em seu órgão e faz o mesmo para amaciar a carne de Adryan que seria servida. Mesmo sendo a primeira vez de Adryan com um homem, ele parecia saber proceder bem na hora de e ser penetrado, era como se ele visse muitos vídeos de autoajuda e seu conhecimento médico ajudasse também.

Naquele momento os pensamentos pecaminosos deram lugar aos sussurros e aos gemidos de prazer, Adryan tinha a nítida certeza de que era aquilo que ele queria, ele estava gostando, certamente era aquilo que ele estava precisando.

Os dois corpos masculinos se enroscando enquanto um homem filmava tudo e se não sabia ao certo o que pensar.

Geórdio: Adryan seu desgraçado, eu vou acabar com sua vida!

Geórdio filmava a tudo, ele havia chegado na garagem, no entanto ele não quis impedir o ato daquele dois, ele deixou que eles consumissem o fogo do pecado.

Em silêncio o médico legista via seu filho fazendo sexo com Adryan, enquanto remoía uma dor imensa em seu peito, na sua percepção Adryan estava desvirtuando Aslan.

 

 

CONTINUA…

48 thoughts on “Alvos da Sociedade – Capítulo 02

  1. Não vou poder ler agora, mas acredito que será um ótimo capitulo se seguir como o capitulo 1. Parabéns Hivan pela história, é uma narrativa bem forte que já mostrou para que veio: chocar. Continue assim. bjs

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    • Muito obrigado, fico muito feliz que tenha gostado do primeiro capítulo, espero que goste desse segundo também, fiquei muito feliz em ver que vc está acompanhando a trama que lhe indiquei com todo o carinho ❤

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    • Gente, fico muito honrado de saber que esse estilo esteja agradando, é muito gratificante, apesar de temer por abusar das cenas “quentes” por assim dizer, mais uma vez muito obrigado ❤

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  2. Parabéns Hivan, nomes um pouco estranhos e não comuns.
    A trama ta interessante.
    Geordio filmou seu ilho com Adryan, o que ele vai fazer?
    Pra acabar com Adryan ele irá expor seu filho Aslan?
    é meio diferente teu modo de escrita, estava acostumado com o estilo tradicional.
    Tem que ler e reler as vezes pra entender bem.
    Mas, a trama tá evoluindo bem e promete ser instigante.

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    • Muito obrigado, espero que tenha gostado do nome dos personagens 😛
      Geórdio filmou seu filho com Adryan, o que ele será capaz de fazer?
      Eu acredito que ele não seja capaz de expor o filho dele, no próximo capítulo já ficaremos sabendo o q ele fará.
      Eu entendo que a narrativa seja estranha de início, espero que você se acostume com o passar do tempo.
      Sim, ela está chegando no momento da virada onde as coisas ficarão mais intensas, espero que goste 😀

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  3. Bom e vamos a uma teoria:
    Eu descobri o grande segredo dessa trama Hivan!,Ja pode repensar o roteiro,
    Eu acho que a grande parte dos casos que o Geórdio pega para resolver e ensinar seus alunos são suas proximas vitimas,ele mata elas para poder sempre solucionar os casos com facilidade e ensinar melhor
    Genial não?

    Parabéns Hivan e ja pode mudando o roteiro de Alvos Da Kelly…

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    • Gosto muito de ver que algumas teorias estão nascendo, na verdade não posso me aprofundar no assunto para não dar spoiler, mas você não está de todo errado, talvez tenha acertado uns 5% em sua teoria, a trama promete ser bem mais surpreendente (e espero surpreender mesmo)
      Muito obrigado, e adorarem Alvos da Kelly 😀

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    • A cena final é uma das mais polêmicas, mas ainda teremos mais cenas que definitivamente “roubam a cena” 😛
      Muito obrigado ❤

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    • Geórdio nem começou a ser cruel, talvez sua máscara de “pai de família” se mantenha por mais algum tempo, mas logo ele vai se mostrar realmente a “voz da sociedade” que julga, culpa e condena.
      Patifa ❤ Gente, espero mesmo que goste da trama dela, na verdade é algo paralelo a trama central, apenas para descobrirem algo que está “embaixo do tapete”
      Muito obrigado 😀

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  4. Novamente ressaltar o quanto eu acho interessante e surpreendente a maneira com a qual a web conversa com o público. Ela mantém um diálogo tão direto, às vezes eu me sinto como o próprio diretor da trama lendo a web.

    Se beijaram no primeiro encontro e transaram no segundo. Realmente, o Adryan e o Aslan deram bobeira e tiveram o azar de ter sido flagrados pelo Geórdio. O que será que ele vai fazer?

    A trama traz um tempero irônico e sarcástico bem apimentado, mas mesmo assim as atitudes de alguns personagens fazem por merecer alguns dos comentários ácidos que compõem o roteiro. Tipo o instinto da Laize de beijar o Duke, soou realmente promíscuo. ** esperando ser apedrejado e chamado de homofóbico **

    E Patifa nos foi apresentada. Vai ajudar a desvendar o caso Lucas, exposto para nós leitores na primeira cena do capítulo.

    #MomentoDivulgaçã1: https://audienciadatvmix.wordpress.com/2016/08/17/mundos-opostos-capitulo-13/

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    • Exatamente como apresento a trama e como ela deve ser vista, e eu acho incrível essa maneira como você analisa todos os detalhes e realmente não deixa nada passar.
      Os comentários ácidos, as vezes dado aos personagens merecidamente (como você mencionou Laize) realmente mostra que as pessoas tem defeitos, indiferente de sua raça, cor, orientação sexual e todas suas características, mas a narrativa reforça “é promíscua porque é Trans”, e se fosse uma relação de homem e mulher, será que a narrativa iria traduzir o enredo dessa maneira?
      Fico muito feliz que esteja gostando da trama, e muito mais por estar conseguindo conduzir essa narrativa nova pra mim.
      Agora Patifa surge para solucionar o mistério da morte de Lucas, o que nos reserva?
      Muito obrigado ❤

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  5. Sério, tô adorando essa narrativa. Adorando essa amizade da Laize com Duke. Em choque com assassinato na primeira cena, infelizmente é uma cruel realidade. Morto com o ” Geyse Arruda” a mulher que lembrava ela…
    Não entendo essa implicância do Geórdio com o Adryan. É pq o filho e Adryan ambos são jovens e ele queria q fosse o filho dele ali, e não aquele jovem? . Amando a Janele vida louca. Esse atirado de Aslan ataca novamente, dessa vez foi mais além, infelizmente. Socorro que o Geórdio pegou os dois e filmou. Deve usar isso contra o Adryan. Parabéns pelo cap Hiva 😀

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    • Não sei nem por onde começar kkkk. Bom vamos na relação de Duke e Laize, que eu nunca imaginei que seria aceita (pelo menos não assim, tão rapidamente, mas é melhor, afinal vai apimentar as coisas nos próximos capítulos). A cena da Geyse Arruda eu te mostrei algumas semanas atrás, se lembra? Rimos bastante -brindando-
      Geórdio tem inveja do Adryan, ele queria que Aslan fosse igual o Adryan, queria que fosse seu filho no lugar do Adryan, queria que Aslan fosse seu orgulho e não esse rapaz que nem trabalho procurou, nem faculdade tentou fazer, já Janele (minha rainha) pelo menos tentou fazer medicina, mas desistiu, agora é vida louca mesmo kkkkk
      Aslan não brinca em serviço, e agora o que o Geórdio vai fazer com o vídeo?
      Muito obrigado 😀

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  6. Muito diferente esse forma de narrativa, eu simplesmente achei genial. Triste realidade da primeira cena, coitada desse Lucas! Gostando muito dessa amizade de Duke e Laize. Risos eternos com a piranha da Geyse Arruda. 😂 Geórdio esconda mais coisas que a gente possa imaginar, não gosto nenhum pouco dele. Morto que eles foram bem rapidinhos, e fiquei chocado que o Geórdio filmou tudo, esperar para ver o que ele vai fazer com essa filmação. :O
    Parabéns Hivan! ❤

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    • A morte de Lucas vem para desencadear uma investigação que seguirá uma série de assassinatos. Fico muito impressionado com a aceitação Laize X Duke. Geyse arruda 😀 kkkkk, sim, fiz com esse propósito, fico feliz que tenha conseguido arrancar algum sorriso em meio a esse enredo um tanto quanto obscuro. Geórdio é um mistério, e vamos descobrir aos poucos tudo sobre ele. O que será que ele vai fazer com o vídeo?
      Muito obrigado ❤

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  7. Capítulo hoje bem quente, chok.
    Laize e Duke começam um amizade. Pelo visto, Janele e Luciana terão pouco destaque. 😦 E os assassinatos continuam… Chocado com a citação à Geyse Arruda, gente. Essa pessoa misteriosa no túmulo do Lucas deve ser a Patifa. E tenho uma teoria seguindo a lógica da chamada: Lucas é filho de Patifa com Geórdio. Adryan se entrega a Aslan, chocado. Geórdio gravou tudo? 😮 Acho que ele deve chantagear Adryan ou colocar o vídeo dele na internet. Será? Parabéns, Hivan 😀

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    • Simplesmente adorando ver essa aceitação Duke e Laize ❤ (na verdade não imaginava). Geyse arruda foi uma citação para recordar o “caos” que ela causou, no caso a “sociedade” que a condenou na época por sua maneira de se vestir, e até hoje vivemos uma ditadura da moda, tentei incluir isso de maneira cômica e suave, mas lancei a crítica no ventilador da mesma forma, e foi gratificante ver que surtiu efeito. Bom, desculpe acabar com sua teoria 😛 mas Lucas é filho de Adime, enfim, Patifa não sabe nada ainda (e pode ser que seja ela no túmulo mesmo, ou alguma outra pessoa). Janele e Luciana terão destaque com o passar do tempo, assim como Cassie, cada um terá seu momento. E agora, o que o Geórdio vai fazer com o vídeo?
      Muito obrigado, não perca o próximo capítulo 😀

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