Mundos Opostos – Capítulo 16

RESUMÃO DA TERCEIRA SEMANA – Mundos Opostos

CAPÍTULO 11

Igor convence Débora a tentar conseguir o perdão de Maria. E começa a festa surpresa de Maria: ela aprova a surpresa. Gabriel revela a Alice que acolheu Luís e Maria em uma forma de tentar ajudar Micaela. Guto e Luciana repreendem Igor por ter chamado Débora para a festa de Maria. Débora desiste de falar com Maria, mas Igor a encoraja. Igor revela a Maria que chamou Débora para a festa dela. Jéssica se preocupa com Jonas e Júlio. Débora e Maria discutem e saem no tapa: a inimizade das duas é oficializada. Guto e Luciana deixam Débora em casa. Dimas percebe uma troca de olhares entre Carolina e Júlio. Carolina, Dimas, Jonas, Júlio e Ricardo chegam em casa. Luciana descobre o caso de Bárbara e Júlio.

CAPÍTULO 12

Luciana chantageia Júlio e lhe convence a ajudá-la a conquistar Ricardo. Luciana revela a nova conquista a Guto. Cassandra discute com Alice e Gabriel por causa do casamento de Débora e Igor. Débora causa mal estar durante o café da manhã. Dimas e Júlio compartilham com a família a briga de Débora e Maria. Ricardo se irrita com Jair, mas chora nos braços de Jonas. Luciana revela a Débora que conseguiu a ajuda de Guto e Júlio para conquistar Ricardo. Gustavo repreende Guto por estar ajudando Luciana. Igor pede Débora em casamento. Luís tenta tranquilizar Maria após ela ver Igor pedindo Débora em casamento. Júlio se vê dividido entre ajudar Luciana e preservar a felicidade de Dimas. Dimas e Talita chegam à conclusão de que Bárbara e Júlio têm um caso.

CAPÍTULO 13

Dimas se desespera ao concluir que Júlio tem um caso com Bárbara. Jair tranquiliza Ricardo e revela que a discussão deles não foi nada mais do que um mal entendido. Cassandra e Débora se instalam na casa de Gabriel. Débora provoca Luís e Maria. Após discutir com eles, ela convence Luciana a ajudá-la a forjar o roubo do seu anel de noivado. Débora e Luciana escondem o anel de Débora no quarto de Maria. Helena revela a Luís e Maria que está apaixonada por Jonas. Alice e Cassandra discutem por causa do casamento de Débora e Igor. Débora e Luciana acusam Maria de roubar o anel de noivado de Débora. Dimas se sente mal estando perto de Júlio. Luciana encontra o anel de Débora no quarto de Maria, mas Helena consegue desmascará-las. Maria dá uma surra em Débora, mas logo elas são separadas. Maria se sai como inocente. Cassandra repreende Luciana por ajudar Débora. Luciana procura por Ricardo.

CAPÍTULO 14

Luciana cobra de Ricardo a camisa de Guto. Ele inventa uma desculpa para despistar Dimas. Helena e Jonas conversam sobre a nova briga de Débora e Maria. Ricardo descobre que Larissa lavou a camisa de Guto. Ele consegue a camisa recém-saída da máquina de lavar e Júlio se prontifica a levá-lo até a casa de Luciana. Alice e Gabriel repreendem Luís e Maria por agredirem Débora. Igor discute com Débora por ter tentado sujar a imagem de Maria. Guto se irrita com Luciana. Júlio leva Ricardo até a casa de Luciana. Guto e Ricardo destrocam as camisas. Júlio deixa Luciana e Ricardo a sós. Ela se aproveita de um ponto fraco dele e o beija.

CAPÍTULO 15

Luciana e Ricardo se beijam. Guto descobre que Júlio também está ajudando Luciana. Luciana e Ricardo se apartam do beijo. Ela avisa a Júlio que só vai deixá-lo em paz quando conseguir conquistar Ricardo. Débora e Helena se enfrentam. Ricardo inventa uma desculpa para Dimas e Larissa. Júlio e Ricardo fazem da história da camisa um segredo. Ricardo compartilha com Jonas a história do beijo. Igor promete a Maria que vai se separar de Débora assim que a criança nascer e Débora grava tudo.


Mundos OpostosCENA 01: MANSÃO ANDRADE DA COSTA/CORREDOR 2º ANDAR/INT./MANHÃ

Igor e Maria se encontram no corredor. Eles se surpreendem, mas logo Igor toma a dianteira e começa a falar.

IGOR – Eu precisava falar com você, Maria…

MARIA (ríspida) – Da última vez que tu falou algo do tipo, tu me enganou da pior maneira possível. Disse que me amava, até me beijou… passou nem uma semana direito e já botou um anel de noivado no dedo da Débora.

IGOR – Por favor, Maria, me leve a sério.

MARIA – Como eu vou te levar a sério desse jeito?

IGOR – Eu quero te explicar o que está acontecendo…

MARIA – Eu não sou nenhuma retardada pra que alguém me explique o que está acontecendo. Tá mais do que claro que tu me enganou e não há nada que me faça pensar de outra maneira.

IGOR – Tem sim. Maria, eu não te enganei. Você sabe que eu só estou me casando com a Débora por causa da pressão da avó dela. A dona Cassandra está exigindo que nós nos casemos por causa do filho que ela está esperando. Pensa, esse casamento não tem como dar certo, a Débora não vai agradar a quase ninguém sendo a minha esposa. Ela não vai agradar o marido, ela não vai agradar os sogros, ela não vai agradar os cunhados… ela só vai agradar a avó, e olhe lá. Esse casamento vai durar até a criança nascer, porque a gravidez é a única coisa que vai me prender a esse matrimônio. Eu peço o divórcio depois que o meu filho nascer.

DÉBORA – Não é ladra, mas é amante do meu noivo…

Assustados, Igor e Maria olham para Débora, que os encara com o celular levantado e um sorriso sarcástico no rosto.

DÉBORA – Vamos ver agora se o tio Gabriel não põe você e o seu irmão no olho da rua depois dessa prova em áudio e vídeo…

IGOR – Débora, para com isso…

DÉBORA – Eu disse que eu não descansaria enquanto não lhe pusesse para fora dessa casa, e você não acreditou… não quis a rosa, Maria? Pois agora aguente os espinhos. Eu vou fazer você e o seu irmão voltarem para a favela de onde vocês vieram e as nossas vidas voltarão a ser tranquilas e normais, sem a interferência de vocês.

MARIA – Isso só vai acontecer quando você sair dessa mansão.

DÉBORA – Vamos pagar pra ver?

Débora segue seu caminho. Maria pensa em segui-la, mas Igor a impede.

IGOR – Melhor a gente não fazer nada.

Maria não resiste e continua ali com Igor no corredor. Os dois permanecem sem se encarar, temerosos com as possíveis atitudes de Débora.

CENA 02: MANSÃO ANDRADE DA COSTA/SALA/INT./MANHÃ

Débora desce correndo as escadas e se desanima ao perceber que ela está vazia. Porém, bastam alguns segundos para que Gabriel chegasse em casa, com paletó e mala na mão. Ele imediatamente fecha a cara ao ver Débora ali na sala.

DÉBORA – Que bom que o senhor chegou, tio Gabriel.

GABRIEL (desanimado) – O que aconteceu dessa vez, Débora?

DÉBORA – O que o senhor tem a dizer sobre isso?

Débora reproduz o vídeo que gravara para Gabriel, que se surpreende com o seu conteúdo.

IGOR (cel.) – Por favor, Maria, me leve a sério.

MARIA (cel.) – Como eu vou te levar a sério desse jeito?

IGOR (cel.) – Eu quero te explicar o que está acontecendo…

MARIA (cel.) – Eu não sou nenhuma retardada pra que alguém me explique o que está acontecendo. Tá mais do que claro que tu me enganou e não há nada que me faça pensar de outra maneira.

IGOR (cel.) – Tem sim. Maria, eu não te enganei. Você sabe que eu só estou me casando com a Débora por causa da pressão da avó dela. A dona Cassandra está exigindo que nós nos casemos por causa do filho que ela está esperando. Pensa, esse casamento não tem como dar certo, a Débora não vai agradar a quase ninguém sendo a minha esposa. Ela não vai agradar o marido, ela não vai agradar os sogros, ela não vai agradar os cunhados… ela só vai agradar a avó, e olhe lá. Esse casamento vai durar até a criança nascer, porque a gravidez é a única coisa que vai me prender a esse matrimônio. Eu peço o divórcio depois que o meu filho nascer.

DÉBORA – E então, seu Gabriel. O que o senhor tem a dizer?

GABRIEL – Eu sinceramente não esperava esse tipo de atitude de meu filho. Achei que ele estivesse pensando em outras maneiras para pedir o divórcio…

DÉBORA – Que providências o senhor há de tomar?

GABRIEL – Expulsar Maria e Luís desta casa, você quis dizer?

DÉBORA (sorrindo) – Sim!

GABRIEL – Por que eu haveria de fazer isso?

DÉBORA – Porque é a atitude mais sensata que o senhor pode tomar, tio Gabriel. Eu não posso dividir o mesmo teto que a amante do meu noivo, o senhor não pode permitir isso.

Gabriel apenas encara Débora. Os demais moradores da mansão vão indo até a sala, curiosos pela discussão que ali está havendo entre os dois.

DÉBORA – Quer um motivo mais convincente, tio Gabriel?

GABRIEL – Quero que você limpe o veneno que está escorrendo no canto da sua boca. Não preciso que você continue me dando provas de que você é uma víbora.

DÉBORA (ri) – Pode me chamar do que quiser. Eu só estou aqui lhe pedindo para expulsá-los dessa casa porque eu ainda não tenho direito algum nesta casa. Mas quando eu me casar com o seu filho, quando eu me tornar sua nora, eu terei sim direitos aqui dentro. Os mesmos direitos que seus filhos, e poderei expulsar aqueles favelados daqui sem lhe pedir permissão.

GABRIEL – Ser esposa de meu filho não será aval para lhe conceder este tipo de direito. Você precisa ter esta mansão como sua propriedade para escolher quem vai morar ou não aqui com você.

DÉBORA – Claro que o senhor não vai me permitir ter este direito… o senhor me odeia…

Alguns segundos de silêncio.

DÉBORA – Claro… como eu não pensei nisso antes. Então esse é o seu jogo…

GABRIEL – Jogo? Do que você está falando, Débora? Você enlouqueceu?

DÉBORA – Quem enlouqueceu foi o senhor. E a tia Alice também.

ALICE – O que é isso, Débora? Nós não somos seus pais, mas somos seus tios e exigimos respeito.

DÉBORA – Respeito? Vocês dois trouxeram esses favelados por interesse para cá, porque eles são seus amantes. E, para não levantar suspeitas, vocês estão jogando a Maria para cima do meu noivo e devem estar polindo o Luís para fazer dele o sucessor direto do tio Gabriel no Grupo Andrade da Costa.

Todos se chocam com a conclusão de Débora.

GABRIEL – Você está completamente louca, Débora!

DÉBORA – Se eu sou louca, você é um adúltero!

Sem nem pensar duas vezes, Gabriel acerta uma bofetada em Débora, que quase cai no chão. Todos se assustam com a atitude de Gabriel, especialmente Cassandra.

CASSANDRA – BRUTO SELVAGEM! Como você ousa?

GABRIEL – Foi ela quem pediu, dona Cassandra!

Cassandra vai até Gabriel e lhe acerta uma bofetada. Surpreendido pelo golpe, Gabriel quase perde o equilíbrio, mas logo volta a encarar Cassandra em uma postura firme.

CASSANDRA – Isso já está indo longe demais, Gabriel! Vocês são uns verdadeiros covardes, agredindo a minha neta gratuitamente sem qualquer remorso…

GABRIEL – Ninguém me ofende desta maneira dentro de minha própria casa, dona Cassandra. E outra, eu não a agredi gratuitamente, ela pediu por esta bofetada. Foi uma reação corretiva, para que ela aprenda a não me desrespeitar.

CASSANDRA – Ninguém bate em minha neta. Vocês vão se arrepender amargamente de cada bofetada que vocês estão desferindo contra a Débora.

Cassandra sai da sala a passos largos, subindo as escadas. Todos se entreolham, ainda atônitos com o que está acontecendo. Ao centro da sala, Alice e Gabriel encaram Débora, que enfim levanta o rosto para os tios.

GABRIEL – Depois de todos os transtornos que ocorreram nessa casa, eu acho impossível continuar convivendo com você e a sua avó.

ALICE – Aconselho vocês a voltarem para a sua antiga casa. Se o Igor quiser, ele também pode ir morar com vocês. Para todos os efeitos, ele é o seu marido.

DÉBORA – Nada disso. Nós temos o direito de morar aqui e esse descontrole do tio Gabriel não vai nos tirar este direito.

GUSTAVO – Ele se descontrolou por sua causa, Débora!

DÉBORA – Cale a boca, Gustavo, ninguém lhe perguntou nada!

FÁTIMA – Se quiser continuar morando nesta casa, vai ter que aprender a controlar esse seu veneno! É o mínimo que você pode fazer para devolver a paz e harmonia para esta mansão.

DÉBORA – A paz e a harmonia só voltarão a reinar nesta mansão quando o Luís e a Maria forem para o olho da rua!

Débora sai da sala e sobe as escadas a passos largos. Luís e Maria se entreolham. Em seguida, Maria se aproxima de Alice e Gabriel.

MARIA – A gente vai embora hoje à noite.

GABRIEL – Não, de jeito nenhum. Vocês não vão sair daqui por causa da Débora.

LUÍS – Maria, tu ainda não percebeu que a Débora pode fazer o que for que ela não vai conseguir tirar a gente daqui?

FÁTIMA – Pois é, Maria. Não nos dê essa tristeza de ir embora daqui. Nós gostamos muito de você e do Luís, vocês dois são a alegria desta casa.

Maria olha para Luís, que sorri para ela.

CENA 03: FORTALEZA/EXT./MANHÃ

Imagens da Avenida Aguanambi.

Imagens da Avenida Sargento Hermínio Sampaio.

Imagens da Avenida Pontes Vieira.

CENA 04: CASA DE JÉSSICA/COZINHA/INT./MANHÃ

Angelo, Dimas, Felipe, Jair, Jonas, Júlio, Maurício, Ricardo Vinícius e Venâncio estão sentados à mesa, esperando as mulheres virem com o almoço do dia. Assim que elas entram com as panelas e travessas nas mãos e posicionando-as à mesa, os homens comemoram ovacionando-as.

JÉSSICA (acanhada) – Ai gente, pronto, tá bom. Nós não fizemos nada fora do normal para receber palmas.

JÚLIO – Ah, mãe, só por vocês terem feito esse almoço com todo amor e carinho, vocês já merecem palmas. E a gente devia fazer isso todo dia, porque vocês fazem o nosso almoço e o nosso jantar com amor e carinho todo dia.

Jéssica se aproxima de Júlio, abraça-o e lhe beija a cabeça. Mãe e filho ficam abraçados por alguns segundos, sob os ternos olhares dos restantes integrantes da família. Em seguida, todos os familiares cumprimentam-se uns com os outros, de acordo com a afinidade de cada um deles.

Após o momento, todos se sentam à mesa e iniciam o almoço.

CENA 05: FORTALEZA/EXT./MANHÃ

Imagens da Avenida Sargento Hermínio Sampaio.

Imagens da Avenida da Abolição.

Imagens da Avenida Maestro Lisboa.

CENA 06: MANSÃO ANDRADE DA COSTA/SALA/INT./MANHÃ

Cassandra e Débora estão sentadas no sofá. Em pé estão Alice e Gabriel. Avó e neta evitam encarar os anfitriões diretamente.

GABRIEL – Caso vocês duas queiram continuar morando nesta casa, devem se adaptar. Vocês não podem ditar as regras de convivência aqui dentro, pois não são donas desta mansão nem tampouco da família.

DÉBORA – Eu sou sua sobrinha, tio Gabriel, e futuramente serei sua nora. Como diz que eu não sou da família?

GABRIEL – Suas ligações com a família Andrade da Costa são indiretas. Por mais que esteja de casamento marcado com um Andrade da Costa, você, para todos os efeitos, não deixará de ser uma Andrade Bastos. Por mais que você adquira o direito de assinar com o nome da família Andrade da Costa, por mais que o seu filho seja um Andrade da Costa, nada disso pode lhe fazer uma Andrade da Costa.

ALICE – Gabriel, não seja tão radical. Essa sua lógica também me excluiria da família. Para todos os efeitos, a Débora será sim um Andrade da Costa, mas isso não é salvo-conduto para que ela queira nos educar à sua maneira.

GABRIEL – Certo. Mas se esse direito não é estendido à Débora, nem tampouco será estendido à sua tia. Elas não estão em condições de se impor neste sentido.

CASSANDRA – Mas não estamos querendo impor regras de comportamento a ninguém. O que eu, apenas eu, quero é que vocês aprendam a respeitar a minha neta. Agressão física é injustificável.

GABRIEL – Aleivosia e calúnia também. A senhora sabe que eu tive motivos sim para dar um corretivo em sua neta. Você escutou bem as calúnias que a Débora soltou contra mim. Se acaso ela lhe fizesse o mesmo, como a corrigiria?

Cassandra se cala diante do questionamento de Gabriel.

GABRIEL – Se isso não é querer nos impor regras de comportamento, eu sinceramente não sei o que é.

DÉBORA – Esse sermão de nada vai valer se ele não também não for dirigido àqueles dois macacos. Eles já me agrediram várias vezes, merecem um sermão bem maior, senão um corretivo físico maior que o meu.

GABRIEL – Eles já foram advertidos. Se isso voltar a acontecer, eles serão sim punidos por desobediência. Quanto a isto, não se preocupe, eles já estão avisados. Mas não se esqueça, Débora, estou de olho em você.

Débora e Gabriel se encaram fulminantemente.

CENA 07: MANSÃO ANDRADE DA COSTA/QUARTO DE HELENA/INT./TARDE

Helena está deitada na cama, de barriga para baixo, mexendo no celular, com um largo sorriso no rosto. A câmera mostra a tela do celular de Helena, ela está conversando com Jonas via WhatsApp.

JONAS (cel.) – Então quer dizer que as coisas vão começar a mudar por aí…

HELENA (cel.) – Dividir o mesmo teto que a Débora e a dona Cassandra será um desafio e tanto. Estou pensando em encomendar um bom estoque de soro antiofídico para sobreviver.

Helena solta um sorriso com o que acabara de digitar.

JONAS (cel.) – Sério? (ri) Coitados de vocês.

HELENA (cel.) – As coisas estão ficando tão sérias que hoje mesmo o meu pai já sentou a mão na cara da Débora.

JONAS (cel.) – Meu Deus…

HELENA (cel.) – Ela veio dizer que o Luís e a Maria são amantes dos meus pais, dá pra acreditar?

JONAS (cel.) – Helena, cancela o estoque de soro antiofídico e apela para o crucifixo e pra água benta. Essa mansão não vai virar ninho de cobra não, vai virar é o inferno.

HELENA (cel.) – Não é pra tanto, né, Jonas? Meu pai sabe como pôr ordem na casa. De qualquer maneira, se as coisas não mudarem por aqui, a Débora e a dona Cassandra não poderão mais morar conosco. Nós não somos obrigados a ver nossa casa se transformando no inferno na terra sem poder fazer nada.

JONAS (cel.) – É isso aí.

Alguns segundos de silêncio. Helena pensa no que falar, mas interrompe sua digitação ao ver que Jonas está digitando.

JONAS (cel.) – Ei, Helena, hoje é o aniversário do Júlio e a gente tá pensando em fazer uma festa surpresa pra ele.

Helena estranha a mensagem de Jonas.

HELENA (cel.) – Hoje é o aniversário do Júlio? Mas ele não diz sempre que é ariano?

JONAS (cel.) – Não sei de onde ele tirou que quem nasce em agosto é de Áries. Porque eu e o Ricardo, a gente nasceu no dia 1º e somos leoninos…

HELENA (cel.) – Beleza então…

JONAS (cel.) – Pois bem, hoje é o aniversário dele e a gente tá pensando em fazer uma festa pra ele, só com a família mesmo. Só que, pra isso, a gente precisa fazer com que ele saia de casa e só volte à noite pra fazer a surpresa. Tem como vocês chamarem ele para ir pra aí, ou algo do tipo?

HELENA (cel.) – Bem, eu sei que a Luciana está querendo conversar com ele, mas eu não sei se ela pode mantê-lo ocupado pelo tempo que vocês vão precisar. Mas nós vamos dar o nosso jeito, tá certo?

JONAS (cel.) – Ótimo. Muito obrigado pela ajuda, Helena. De coração.

Helena sorri com a mensagem de Jonas.

HELENA (cel./sorrindo) – De nada, Jonas.

JONAS (cel.) – Até mais.

HELENA (cel.) – Até mais…

Helena solta seu celular em cima da cama e dirige seu olhar para um ponto aleatório do cenário, pensando em Jonas.

HELENA – Ai, Jonas… seu único defeito é ser casado…

Helena deixa escapar um sorriso abobado.

CENA 08: CASA DE MAURÍCIO E TALITA/QUARTO DE CAROLINA E JONAS/INT./TARDE

Jonas está deitado na cama, de barriga pra cima, apoiando a nuca com as mãos, olhando para o teto e com uma expressão neutra.

JONAS (pensamento) – O que é isso, Jonas? Tu tá ficando doido? Tu já é casado, tem filho, tem uma vida feliz, por que é que tu tá pensando na Helena? Para com isso, pelo teu próprio bem e pelo bem das pessoas que gostam de ti. A Helena é tua amiga, nada mais do que isso.

Carolina entra no quarto, assustando Jonas.

JONAS – Ai, Carolina, que susto…

CAROLINA – Desculpa, meu amor.

Carolina se aproxima de Jonas e lhe beija a cabeça. Jonas se levanta da cama e se dirige à porta.

JONAS – Parece que vocês querem testar meu coração. Primeiro o Ricardo, agora tu… tenho certeza que o próximo é o Júlio.

Assim que Jonas se vira de frente para a porta do quarto, Júlio entra correndo, assustando novamente Jonas. Involuntariamente, Carolina ri da reação do noivo, enquanto Júlio imediatamente abraça o irmão.

JÚLIO – Não esquece que foi tu mesmo quem pediu, tá, maninho?

JONAS – Vai ter volta, viu?

JÚLIO – Roubando as minhas falas, Jonas?

JONAS – O guichê de reclamações é na sala do autor.

CAROLINA – Jonas, vem cá.

Jonas e Júlio se apartam do abraço. Jonas se aproxima de Carolina, e os dois abaixam o tom de voz para que Júlio não ouça.

CAROLINA – Conseguiu a ajuda da Helena?

JONAS – Sim, consegui. O Júlio vai dar uma passada lá na casa da Luciana conversar com ela. Se não der tempo, a Helena dá um jeito de prender ele até cair a noite.

CAROLINA – Ótimo.

JÚLIO – O que os pombinhos tão escondendo de mim?

Imediatamente, Carolina e Jonas se viram de frente para Júlio, abrindo um sorriso robótico.

CAROLINA – Escondendo? Não, magina, só tava falando pra ele que hoje a gente vai jantar lá na casa da Jéssica.

JÚLIO – Ah tá…

Carolina e Jonas relaxam ao perceber que Júlio acreditou na desculpa. Segundos depois, o celular de Júlio toca e ele se surpreende ao saber que se trata de Luciana. Ele atende.

JÚLIO – Boa tarde pra você também.

LUCIANA (cel.) – Tá no viva-voz?

JÚLIO – Não, pode falar.

LUCIANA (cel.) – Quero que você venha pra cá, quero falar com você.

JÚLIO – Pode ser no dia 16 do 16 de 2016?

Carolina e Jonas riem involuntariamente da pergunta de Júlio. Afinal, eles não estão ouvindo as respostas de Luciana, nem sequer sabem que se trata dela.

LUCIANA (cel.) – Pode sim. Mas ainda hoje o seu Angelo descobre que você tá pegando a mulher dele.

JÚLIO (sorriso forçado) – Tô brincando, mulher. Cadê o teu senso de humor?

LUCIANA (cel.) – Tô te esperando. Venha logo.

JÚLIO – Tá bom, tchau…

Júlio sequer espera uma resposta de Luciana e já encerra a ligação.

JONAS – Quem era?

JÚLIO – A Luciana.

CAROLINA (estranhando) – A Luciana?

JÚLIO – Faz uns dias que ela tava querendo conversar comigo. Hoje eu vou lá saber o que é que ela quer.

CAROLINA – Tu vai agora?

JÚLIO – Quanto mais cedo eu saber, melhor. Encher o saco não é esporte olímpico, mas nesse a Luciana ganha fácil a medalha de ouro.

Júlio sai do quarto, deixando Carolina e Jonas ali sozinhos. Os dois se entreolham e sorriem.

CAROLINA – E conseguimos.

JONAS – Agora é só preparar a surpresa.

CENA 09: CASA DE LARISSA/SALA/INT./TARDE

Carolina, Jonas, Ricardo e Larissa estão sentados no sofá. Em pé, estão Angelo, Jair, Maurício e Vinícius. Dimas e Venâncio estão sentados no chão. E Bárbara, Jéssica e Talita estão sentadas no outro sofá.

JÉSSICA – Claramente quem faz o bolo sou eu. É o meu filho, né?

JONAS – Cada um de nós podia fazer uma cartinha pra ele, né? Pra mostrar pra ele o quanto ele é importante pra essa família.

ANGELO – Eu vou ser sincero, ele fez coisas muito erradas, não acho que ele seja merecedor desse tipo de homenagem. Basta só cantar um parabéns-pra-você pra ele, como toda festa de aniversário normal.

MAURÍCIO – Angelo, por favor, não se faça de cego. O Júlio se arrepende muito do que ele fez no passado, e dói muito pra ele saber que tem gente que guarda rancor dele por causa desses erros.

JAIR – Ele não pode passar mais um aniversário alimentando o pensamento de que mora perto de gente que não gosta dele. O Júlio passou 21 anos achando que eu não gostava dele, e olha só o estrago que isso causou nele…

MAURÍCIO – Hoje é o aniversário do Júlio, ele precisa se sentir feliz, se sentir querido por todos nós.

ANGELO – Mas como eu vou conseguir fazer isso?

RICARDO – Se o senhor fosse mais inserido na família, o senhor saberia como fazer isso. O Júlio é sim uma boa pessoa.

E a conversa continua. Angelo vai aprendendo um pouco mais sobre Júlio… o rancor que ele guarda de Júlio o impediu de relacionar-se com a família do seu genro, de conhecê-los. E agora é a chance de recuperar um pouco do tempo perdido.

CENA 10: FORTALEZA/EXT./TARDE

Imagens da Lagoa da Parangaba.

Imagens da BR-116.

Imagens do Rio Cocó.

CENA 11: CASA DE GUTO E LUCIANA/SALA/INT./TARDE

Tocam à campainha. Luciana corre até o portão e abre. Ela se felicita ao perceber que se trata de Júlio, mas ele não esboça nenhuma reação positiva.

LUCIANA – Que bom que você veio. Entra.

Júlio não responde Luciana. Ela, sem desmanchar o sorriso, puxa Júlio pelo braço e o leva até a sala de estar.

LUCIANA – Eu queria conversar um pouco com você sobre o seu primo.

JÚLIO – Mas que inferno, hein?

LUCIANA – Eu avisei que tu não ia se livrar de mim até que eu conseguisse ser a namorada do teu primo…

JÚLIO – Prefiro a morte.

LUCIANA – Vai, me conta… como o Dimas conheceu o Ricardo?

TRILHA SONORA: Um Beijo Seu – Banda Calypso

Júlio se surpreende com a pergunta de Luciana e ri à vontade.

LUCIANA – Que foi?

JÚLIO – Ai, Luciana, eu não acredito que tu quer seguir os mesmos passos do Dimas pra conquistar o Ricardo… não é tu mesmo quem enche a boca pra dizer que o Dimas e o Ricardo não têm um namoro, mas sim um caso carnal?

Luciana se irrita com a resposta de Júlio.

JÚLIO – Ah, Luciana… não tem como te levar a sério mesmo. Como é que tu quer ser a namorada do meu primo desse jeito?

LUCIANA – Mas me diz uma coisa… se envolver com uma mulher casada é namoro ou caso carnal?

Júlio para de rir de Luciana.

LUCIANA – Você não é ninguém para me julgar desse jeito.

JÚLIO – Eu te odeio, sabia?

LUCIANA – Que bom que você me disse que vai me contar como o Dimas conheceu o Ricardo. Pode começar.

Júlio respira fundo.

JÚLIO – Vamo lá, né? Bem, o Dimas conheceu o Ricardo ainda na escola. Ele tinha se mudado pra Fortaleza, fez o 2º Ano do Ensino Médio na mesma escola que o Jonas e o Ricardo, eles foram colegas de sala. Diz o Jonas que o Ricardo gostou de cara do Dimas, foi amor à primeira vista, mas ele não percebeu, ou então não pensava nisso. Afinal, ele era o maior mulherengo.

LUCIANA – Então quer dizer que o Ricardo é hétero…

JÚLIO – O Ricardo é bissexual. Gosta de homem e gosta de mulher. Tanto é que naquela época ele “namorava” uma colega de sala. Foi depois que o Dimas e o Ricardo começaram a se conhecer melhor que o “namoro” foi se acabando. Mas por enquanto era só amizade.

LUCIANA – Foi quanto tempo de amizade?

JÚLIO – Uns nove meses. No final do ano, não sei bem o que aconteceu… parece que eles se beijaram durante um jogo.

Luciana se surpreende com a história contada por Júlio.

JÚLIO – É, parece que eles se beijaram e a história correu. O pai do Dimas ficou sabendo logo e tratou de mudar o Dimas de escola, ele fez o 3º Ano numa escola lá em Maracanaú e eles ficaram sem se falar.

LUCIANA – Quando eles se encontraram de novo?

JÚLIO – Lá pra julho do ano retrasado. O Dimas entrou em férias e conseguiu voltar pra Fortaleza. Eles voltaram a se aproximar e tal… quando a gente menos esperou, o Ricardo disse que tava namorando com ele. Foi em junho ou julho do ano passado, não lembro direito. E eles tão juntos até hoje. Bom, eles demoraram dois anos pra começar a namorar… tu tá disposta a demorar esse tempo todo pra botar o Dimas pra escanteio e ter o Ricardo pra ti?

LUCIANA – Tenho minhas armas para acelerar o processo. Vou pôr os dois num carrinho bate-bate e fazer esse namoro deles explodir de um jeito que o Ricardo caia nos meus braços.

JÚLIO – E onde eu entro nisso?

LUCIANA – Fale da família deles…

JÚLIO – Família do Dimas? O Dimas não tem família. Ele perdeu a mãe e o irmão mais velho ainda pequeno, o pai dele tá preso… sabia que o pai dele é aquele serial killer que matava crianças lá em São Paulo?

LUCIANA – Entendo porque ele saiu errado desse jeito… vai, continua…

Júlio e Luciana continuam conversando. A trilha sonora vai abaixando aos poucos.

CENA 12: MANSÃO ANDRADE DA COSTA/QUARTO DE GUSTAVO/INT./TARDE

Gustavo e Helena estão em pé no quarto, conversando.

GUSTAVO – Hoje é o aniversário do Júlio?

Helena balança a cabeça, subentendendo uma resposta positiva.

GUSTAVO – Mas o signo dele não é Áries?

HELENA – Não, o signo dele é Leão. Não sei por que ele diz que é Áries. Mas enfim, eu acho que a Corrente deveria organizar um encontro para comemorar o aniversário dele, né? A família já fez, mas eu acho que não seria nada mal se a Corrente também o fizesse.

GUSTAVO – Eu concordo. E como nós vamos fazer isso?

HELENA – Hoje não, mas amanhã nós pensamos como. Também acho que nós deveríamos preparar uma surpresa para ele. Pelo que o Jonas me disse, o Júlio é meio carente.

GUSTAVO – Eu acho melhor nós já imaginarmos essa festa por agora, para amadurecer ideias para amanhã quando a Corrente se reunir para acertar a festa do Júlio.

HELENA – Sim, concordo.

Gustavo e Helena continuam conversando.

CENA 13: FORTALEZA/EXT./TARDE

Imagens do Aeroporto Internacional Pinto Martins. Anoitece.

CENA 14: CASA DE JÉSSICA/FACHADA/EXT./NOITE

TRILHA SONORA: Fogo Sobre Terra – MPB-4 e Quarteto em Cy

O carro de Jair estaciona em frente à casa de Jéssica. Júlio abre a porta do motorista e sai do veículo. Ele estranha ao ver as luzes de casa apagadas.

JÚLIO – Ué, eles já foram dormir? Mas ainda são sete horas da noite…

Júlio se aproxima da janela da casa e não consegue ver nada. Ele estranha, mas mesmo assim resolve entrar.

CENA 15: CASA DE JÉSSICA/SALA/INT./NOITE

Mesma trilha sonora da cena anterior. Júlio entra e acende a luz. Ele estava de costas, fechando a porta. Ao se virar de frente para a sala, ele estranha a presença de uma caixa azul em cima do sofá. Involuntariamente, Júlio abre um tímido sorriso: ele já prevê que se trata de algo bom, pois azul é a sua cor preferida.

Ele se senta no sofá e põe aquela caixa no colo.

JÚLIO – O que será? Uma pedra de gelo pra imitar o meu coração?

Júlio ri da própria piada. Ele rasga o embrulho, abre a caixa e se surpreende ao se deparar com outra caixa, um pouco menor, e também azul.

JÚLIO – Gente… outra caixa?

E ele abre a segunda caixa. O que tem dentro? Outra caixa azul, também um pouco menor.

JÚLIO – Ai gente, que desperdício de material. Esse povo não tem pena do meio ambiente não…

Dentro dessa terceira caixa, um livro, de capa completamente azul, sem qualquer identificação.

JÚLIO – Um livro?

Júlio resolve abrir o livro. Ele se depara com uma mensagem manuscrita, e logo reconhece a letra.

JÉSSICA (voz) – Oi, meu filho. É a mamãe. Você já olhou no calendário? Pois é, hoje é o dia do seu aniversário. O dia mais feliz da sua vida, porque foi o dia em que você saiu de dentro de mim e veio ao mundo depois de nove meses. Acredite, foram nove meses carregados de alegria e felicidade, eu e o seu pai estávamos muito ansiosos pela sua chegada. E quando você chegou, nós te amamos muito, cuidamos muito bem de você, como nunca deixamos de amar e de cuidar. O nosso amor por você é incalculável, e tão grande quanto o amor que nós temos pelo seu irmão. Vocês dois são a nossa vida, e fazemos tudo o que for possível para vê-los bem, mesmo que pra isso a gente tenha que arriscar o nosso próprio bem estar.

Júlio sorri com a mensagem de Jéssica e beija a página.

JÚLIO – Eu também te amo muito, mãe. Te amo muito, muito mesmo. Eu ainda vou retribuir todo esse amor que a senhora tem por mim.

Júlio vira a página. Outra mensagem manuscrita, de uma letra bem conhecida dele.

JAIR (voz) – Hoje é o aniversário do meu filho querido. Júlio, nós sempre tivemos dificuldades em nos entender, eu quase nunca mostrei para você que eu gostava de ti, mas felizmente eu consegui perceber isso e estou fazendo o que posso para reparar isso. Estou fazendo o que posso para te mostrar que eu te amo, sim, tanto quanto eu amo o teu irmão, que vocês são os maiores tesouros da minha vida e que eu sempre vou amar vocês, sempre vou defender vocês com unhas e dentes.

Júlio sorri com a mensagem de Jéssica e beija a página.

JÚLIO – Também te amo, pai. O senhor tá conseguindo sim reparar o seu erro. Pelo menos o senhor pode consertar os seus erros…

Júlio enxuga as lágrimas que caem dos seus olhos. Ele vira a página e se depara com mais uma mensagem manuscrita.

JONAS (voz) – Se ser irmão fosse esporte olímpico, você ganharia a medalha de ouro. Sim, você nunca quis ter um irmão, mas quando eu cheguei você me deu muito amor e carinho. Foi tão forte que você nunca descontou em mim a frustração de ter ganhado um irmão mesmo sem querer. Você foi um excelente irmão pra mim, me amando e me dando carinho, mas também brigando comigo e me educando. Você era quase um segundo pai pra mim. Júlio, muito obrigado por ser essa pessoa maravilhosa que você é.

As lágrimas voltam a cair, e Júlio as enxuga. Ele beija a página.

JÚLIO – As melhores coisas entram na vida da gente sem ser avisadas. Você foi a melhor coisa que me aconteceu, maninho.

Um barulho chama a atenção de Júlio, que vira o rosto para cima. É Jonas, parado em sua frente, com os olhos cheios de lágrimas, sorrindo para ele. Júlio larga o livro em cima do sofá, se levanta e abraça Jonas com toda a força. Jonas retribui a força do abraço. Os dois não se aguentam e choram copiosamente, um no ombro do outro.

JÚLIO – Eu te amo, Jonas, eu te amo…

JONAS – Eu também, Júlio… tu também é a melhor coisa que me aconteceu. Muito obrigado por ser o meu irmão mais velho.

JÚLIO – Muito obrigado por ser o meu irmãozinho…

A cena congela em um efeito preto-e-branco.

FIM DO DÉCIMO SEXTO CAPÍTULO.

17 thoughts on “Mundos Opostos – Capítulo 16

  1. Iria comentar sobre os capítulos que perdi, mas como tem resumo…

    Sei do jeito venenoso da Débora, mas esses ataques que essa família esta tendo contra ela é um absurdo. Se eu já torcia para Debora conseguir dar o golpe em Igor, agora irei torcer ainda mais. Alice caiu no meu conceito. Sem palavras pra essa daí. Helena e Jonas? Até que curti. Nn sinto uma conexão entre ele e Carolina, mas entre ele e Helena… Luciana não desiste de Ricardo mesmo, hein? Se continuar desse jeito, Dimas vai perder o amado logo logo pois pelo que estou vendo, a moça não esta afim de perder esse jogo. E você me surpreendendo mais uma vez hein, Glay? Muito legal o jeito que desejaram feliz aniversário a Júlio. Como sempre, vc se superando e mostrando seu talento. Muito lindo e emocionante.

    Parabéns, amigo! 🙂 Ansioso pelo capítulo de hoje a noite.

    Curtir

Deixe um comentário