Alvos da Sociedade – Capítulo 05

Toda dor é digna de pena

 

 

CENA 1 (Manhã)

Adryan acorda desesperado. Ele sentia uma terrível angústia que lhe apertava o peito, quando recorda-se de tudo o que havia acontecido no trabalho, mais um dia havia se passado e aquilo estava o destruindo pouco a pouco.

Adryan encorajou-se e havia decidido que voltaria ao trabalho mesmo depois do que havia acontecido, fugir não iria adiantar de nada.

Ele estava trêmulo e ainda chorava, diante do espelho ele encarava com nojo o seu próprio reflexo enquanto que algumas imagens vinham em sua mente.

Adryan: Meu Deus. – Ele chora. – Me ajude.

Parte da decisão de Adryan voltar ao trabalho era não perder tudo o que conquistou, e aquela sua profissão era seu sonho, ele estava decidido a enfrentar a situação de frente.

Adryan desceu as escadas da mansão e se deparou com sua mãe e Marcele, que estavam com um semblante preocupado.

Adryan: Mãe eu vou para o trabalho.

Cassie: Filho, você sabe que se não estiver se sentindo bem não precisa ir, sabe o quanto zelo por sua felicidade, e se dinheiro é problema você não deveria se preocupar, faça outra faculdade, procure outro emprego, o que achar melhor.

Mesmo não sabendo o motivo pelo qual Adryan estava tão destruído, Cassie desconfiava que o trabalho estivesse o prejudicando de alguma forma.

Adryan: Não é isso, mãe.

Marcele: Venha Adryan, eu preparo seu café.

Ele sorri para a empregada.

Adryan: Eu não estou com fome, obrigado.

Ele abraça sua mãe, como nunca fez, e sai logo em seguida.

Cassie: O Adryan está muito estranho e eu vou descobrir o que está acontecendo.

Minutos depois Adryan finalmente chegava em seu trabalho.

Ele não queria falar com ninguém, queria fugir de Geórdio principalmente. Evelin estava levando um corpo quando vê Adryan parado na recepção.

Evelin: O que está fazendo aí, doutor?

Adryan: Nada não, eu só estou com um pouco de dor na cabeça.

Evelin: Nunca pensei que veria um médico doente.

Adryan: Somos pessoas normais. – Ele não conseguia apresentar nenhuma expressão de alegria ou contentamento, ainda estava traumatizado. – Eu não estou me sentindo bem, eu ficarei na minha sala, diga que eu não quero falar com ninguém.

Adryan sai e Evelin continua com seu trabalho.

 

CENA 2 (Meio-dia)

Patifa analisava alguns dados do caso em que estava investigando enquanto Perez aguardava silenciosamente.

Patifa: Este caso está um pouco complicado de ser resolvido.

O celular de Perez vibra indicando que ele havia recebido uma mensagem, e indiscretamente ele analisa o conteúdo recebido e sem disfarçar se levanta no mesmo instante.

Perez: Eu preciso sair.

Patifa: Tudo bem. – Ela nem se deu o trabalho de perguntar onde ele ia.

Perez: Eu já volto.

Patifa finge continuar analisando os documentos enquanto Perez sai, em seguida, assim que ela o vê longe, ela se levanta rapidamente e começa a segui-lo.

Perez foi andando mesmo, e a cada passo que dava ele sentia estar sendo observado, ele olhava para trás, mas cada vez que virava-se Patifa conseguia se esconder sem que ele pudesse ver que estava sendo seguido.

Finalmente após alguns minutos de perseguição, Patifa caminha lentamente ao ver que Perez está conversando com alguém, ela se aproxima sem ser vista e percebe que Perez conversava com Alice, a filha de Adime.

Perez: E então, o que você queria falar?

Alice: Temos que encontrar um jeito de focar a investigação de Patifa em outra pessoa.

Perez: Você ainda desconfia que sua mãe seja a assassina de seu irmão?

Alice se cala.

Alice: Ninguém pode saber que eu estou por trás disso, entendeu?

Perez concorda com um aceno positivo.

Perez: Agora vou voltar antes que Patifa desconfie da minha saída.

Alice: Tudo bem.

Patifa fica surpresa com o que escuta, mas resolve voltar para seu escritório antes e Perez, e depois ela voltaria a investigar melhor o que estava acontecendo.

 

CENA 3 (Meio-dia)

Janele havia encontrado sua mãe desmaiada na sala durante a madrugada e ligou para a emergência pedindo por ajuda, minutos depois Luciana é encaminhada para um hospital. Janele aguardou na recepção durante horas, ela estava nervosa, pois não tinha nenhuma notícia de sua mãe.

Eis que o médico aparece, pouco tempo depois.

Janele: E então, o que minha mãe tem?

Médico: Eu creio que não tenho boas notícias.

Janele: Fale, por favor, me diga logo o que ela tem.

Médico: Foram feitos alguns exames e tudo indica que sua mãe tem um tumor no cérebro.

Janele se choca com as palavras que foram ditas sem piedade alguma pelo médico. Era como se o chão se abrisse e Janele perdesse tudo o que realmente importava.

Janele: O que? Me diga o estado dela, pelo amor de Deus.

Janele era muito emotiva e desta vez não foi diferente, poucos segundos foram suficientes para que as lágrimas caíssem de seus olhos.

Médico: Eu ainda não sei o real estado de saúde de sua mãe, para ser mais exato eu terei que fazer alguns exames mais intensos e que são um pouco mais caro.

Janele: Não importa! Faça-os.

Médico: Entendido.

Ele sai. Ele via nos olhos amargurados de Janele, que não adiantava ele continuar ali, ela queria ficar sozinha com aquela notícia devastadora.

 

CENA 4 (Tarde)

Laize e Duke estavam conversando após o almoço.

Duke: Está com fome? – Ele senta-se no sofá. – Você quase nem comeu.

Laize faz um sinal negativo com a cabeça.

Laize: Eu estive pensando na morte de Lucas durante todo esse tempo.

O silêncio durou alguns minutos quando partiu de Laize dizer algumas palavras para quebrar aquele clima fúnebre.

Laize: Desculpe estar lhe causando tantos problemas.

Duke: Não se desculpe, está tudo bem.

Laize olha ao redor e via que Duke encontrava-se abatido.

Laize: Você mora aqui sozinho? E sua família?

Duke: Eu fui expulso de casa quando tinha dezessete anos assim que meu pai descobriu sobre minha sexualidade. – Ele suspirou. – Desde então moro sozinho nessa casa, infelizmente eu não consegui concluir o ensino médio, eu estava no último ano, mas tive que abandonar meus estudos para poder trabalhar e me sustentar.

Laize: Eu sinto muito.

Duke: E você?

Laize: Também fui expulsa de casa… Mas consegui estudar um pouco, agora estou tentando entrar na faculdade.

Duke: Aposto que vai conseguir, você é uma pessoa muito esforçada.

Laize: Eu quero ser médica… Meu sonho é fazer a cirurgia e me tornar uma mulher por completo, e também quero ser médica para poder realizar o sonho de tantas trans que esperam anos para poder alcançar seus objetivos.

Duke: É uma causa nobre.

Laize: Sim. Eu sei bem como é estar aprisionada dentro de um corpo que não lhe pertence, e quero poder fazer com que todas nós conseguimos nossas liberdades, de corpo e alma.

Duke: É um belo sonho.

Laize: Obrigada.

Duke olha para Laize com admiração. Por trás daquela peruca loira existia um belo rapaz, olhos encantadores que cruzavam-se com os de Duke.

Duke: Vou procurar algo legal para assistirmos.

Ele se levanta enquanto Laize permanece em silêncio. Duke vasculha em seus DVD’s velhos algo para que ele possa ver com Laize.

 

CENA 5 (Tarde)

Algum tempo se passou, Geórdio estava se preparando para deixar sua sala quando Nelson entra.

Nelson: Boa tarde.

Geórdio: Que surpresa você por aqui, pensei que estava analisando os corpos congelados.

Nelson: Tive que dar uma pausa, pois encontrei alguns problemas nos laudos realizados por você.

Nelson entrega os documentos para Geórdio.

Nelson: Eu gostaria de uma explicação para isso.

Os dois se encaram por longos minutos. Geórdio engoliu todas as palavras antes que pudesse dizer qualquer coisa ele tinha que pensar numa resposta convincente para enganar Nelson.

Geórdio: Eu não posso acreditar nisso. – Ele finge analisar os documentos. – Só pode ter sido algum equívoco cometido por Adryan.

Nelson: Por que está fazendo isso?

Geórdio: O que? Você está desconfiando de mim?

Nelson: Eu tenho quase certeza.

Ele pega os documentos para si.

Nelson: Quero respostas.

Geórdio: Você está louco?

Nelson: Irei chamar Adryan aqui, quero vocês dois em uma reunião logo cedo amanhã.

Geórdio se cala apenas corroendo-se de raiva, as alterações nos laudos estavam prestes a vir à tona e suas mentiras serem reveladas.

Geórdio: Esse desgraçado. – Ele estava trêmulo e corre trancar a porta. – Preciso dar um jeito nisso.

 

 

CENA 6 (Noite)

Aslan estava um pouco sonolento, já havia passado das onze horas da noite e ele ainda pensava em jantar. Ele procura algo para comer na geladeira e não encontra nada.

Aslan: Mas que porcaria.

Alguém bate na porta desesperadamente. O coração de Aslan quase salta, seu primeiro pensamento gritou pelo nome de Duke.

Aslan: Será?

Ele não conseguia acreditar que Duke insistiria após tudo o que ele havia dito. Aslan engoliu a seco, suas pernas ficaram trêmulas, e talvez seu coração pulsasse desesperadamente preso na esperança de que fosse Duke pedindo para que ficasse juntos, para que ele fugisse daquela vida miserável.

Aslan caminhou rapidamente até a porta, e a abre logo em seguida revelando Janele em prantos.

Aslan: O que você está fazendo aqui?

Janele: Aslan, é a nossa mãe…

Aslan fica em silêncio enquanto escuta Janele falar sobre o estado de saúde de Luciana.

Janele: Eu preciso que venha comigo…

Aslan não diz nada mais, apenas abandona aquele apartamento e vai em direção ao hospital.

 

CENA 7 (Noite)

Adryan ficou em sua sala durante o período de trabalho todo, Nestor tentou falar com ele, mas ele se recusou a abrir a porta para qualquer um que fosse.

Horas se passaram e já era noite, Adryan tinha que deixar aquele local para voltar para sua casa, e assim que ele abre a porta para sair ele se depara com Geórdio que o esperava com um sorriso.

Geórdio: Pensou que iria ficar escondido por quanto tempo?

Adryan: Por favor…

Adryan falhou, ele tentou se trancar na sala, mas Geórdio consegue empurra-lo e acaba o derrubando no chão.

Adryan: O que você quer de mim?

Geórdio: Eu quero que você sofra, pessoas da sua espécie não merecem viver em sociedade, vocês são os piores.

Adryan: Por favor, me deixe em paz.

Adryan começa a chorar e Geórdio o pega pelo braço.

Geórdio: Você fará tudo o que eu mandar, caso contrário eu irei mostrar seu vídeo para todo mundo, e você não vai perder apenas o seu emprego como também vai perder o seu diploma e tudo o que você pensa que ainda tem.

Geórdio estava certo e Adryan estava errado. Existe um limite para as pessoas e Adryan havia passado seus limites, fazer sexo na garagem de um condomínio era inaceitável até mesmo para casais normais, e eles deveriam pagar com a própria vida.

Geórdio conduziu Adryan até a sala de criogenia, onde tirou um corpo que estava sendo mantido congelado. Era o corpo de Lucas, e Adryan lembrava-se dele.

Adryan: Esse é aquele rapaz que fizemos o laudo falso da morte dele? Não é mesmo, você me forçou a mentir sobre a maneira como ele foi assassinado.

Geórdio: Eu não forcei nada, você fez isso porque quis.

Adryan: Lucas não foi enterrado?

Geórdio: É o que todos pensam. – Ele empurra Adryan. – Mas chega de conversa, arrombe o intestino desse cadáver.

Adryan: O que?

Geórdio: Eu estou mandando você fazer sexo com Lucas, como na última vez. – Ele olha com raiva para Adryan. – Tire sua roupa e faça o que você sabe fazer de melhor.

Adryan começa a chorar, ele não queria se submeter aquele sofrimento novamente. Mas ele merecia passar por aquela humilhação, afinal ele foi idiota o suficiente para enfrentar seus problemas, para voltar para seu emprego, ele sabia exatamente que estava correndo o risco de vivenciar aquilo de novo.

Adryan começou a tirar a roupa. Parecia que estava gostando, pois caso contrário ele não estaria fazendo aquilo. Ele não conseguia ficar ereto e foi preciso de mais uma injeção de droga em sua veia.

Adryan ainda olhou para Geórdio suplicando para que ele tivesse piedade.

Geórdio: Rápido com isso, eu não tenho a noite toda.

Adryan estava desesperado, ele sentia o corpo gelado encostar em sua pele nua, ele chorava como quem presenciava a morte de alguém, e suplicava entre sussurros e lágrimas.

Adryan: Não… Não… Não…

Geórdio o calou com um forte soco, e o obrigou novamente.

Geórdio: Faça logo, ou você sabe o que vai lhe acontecer.

Adryan encarou o corpo sem vida com repulsa. Ele fecha os olhos e tenta ser o mais rápido possível, ele introduz seu membro novamente no traseiro de Lucas.

Ele começa os movimentos…

A cena escurece nos gritos de dor de Adryan que sangrava, pois não existia nenhum tipo de lubrificante para facilitar a passagem do seu órgão sexual, fazendo com que o mesmo sangrasse e se cortasse.

 

CENA 8 (Noite)

Janele e Aslan aguardavam notícias do médico enquanto o nervosismo tomava conta.

Aslan: Espero que não seja nada sério.

Janele: Eu também.

Parecia que algo interiormente falecia dentro de Aslan, ele abraça sua irmã e chora.

Aslan: Tem dias que queria tanto um abraço dela. – Suspiro.

Janele continua em silêncio, era como se seus pais rejeitassem a maneira como Aslan era. Talvez ele não tivesse escolhido morar com Geórdio por vontade própria, simplesmente por comodidade, afinal seu pai ficava longas horas fora de casa e as cobranças não eram constantes, ao contrário de Janele que ouvia reclamações o tempo todo por ter trancado o curso de medicina.

O médico chegou.

Janele: E então?

Aslan e Janele o encaravam aflitos.

Médico: Os exames já foram realizados, precisamos aguardar os resultados, logo pela manhã terei mais notícias, no momento sua mãe encontra-se melhor e está em observação, não há com o que se preocupar.

O médico falou mais alguma coisa. Não era importante.

 

CENA 9 (Noite)

Depois de humilhar Adryan mais uma vez, Geórdio estava um pouco mais satisfeito, aquela cena o agradava de certa maneira. Sentir pena de Adryan era comum, ele já não era mais humano, e sim, um animal.

Geórdio: Eu vou para casa, e você dá um jeito de limpar tudo isso.

Adryan ainda chorava.

Geórdio sai.

Alguns minutos depois, Geórdio chega à casa de Nestor.

Nestor abre a porta.

Geórdio: Posso entrar?

Nestor permite e então eles vão para a sala.

Geórdio: Queria me desculpar pelo jeito como lhe tratei hoje.

Nestor: Não tem problema, sente-se. Você gostaria de tomar um café?

Geórdio: Eu aceito sim.

Nestor vai até a cozinha preparar o café enquanto que Geórdio pega algo no bolso e permanece segurando até que Nestor volta com as xícaras na mão.

Geórdio: Eu estive analisando melhor o caso e acredito que possa ter sido um erro meu mesmo. – Diz tomando café.

Nestor: Eu imaginei. Mas não pensava que você, um médico tão experiente fosse cometer um erro como esse.

Geórdio: Ainda estou sofrendo com a traição de Luciana. – Ele suspira fingindo estar sofrendo.

Nestor: Calma, isso vai passar.

Geórdio: Isso está me prejudicando no trabalho também

Geórdio começa a chorar, e Nestor tenta acalma-lo.

Geórdio: Me desculpe.

Nestor: Não tem problema, podemos resolver esse problema juntos.

Geórdio: Você tem algum lenço?

Nestor percebe que era para secar as lágrimas e se apressa pegar no balcão que ficava no cômodo ao lado, enquanto Nestor se distrai, Geórdio coloca um conteúdo dentro do café do colega.

Geórdio: Obrigado. – Diz ele pegando o lenço que Nestor alcança para ele.

Nestor: Não precisa me agradecer, somos amigos afinal. – Diz ele bebendo café. Geórdio não podia deixar de se mostrar satisfeito ao ver tal cena.

Geórdio: Eu preciso ir.

Ele se levanta apressadamente.

Nestor: Mas já?

Geórdio: Sim, eu só queria me desculpar e esclarecer as coisas.

Nestor o conduz até a porta.

Nestor: Até amanhã.

Geórdio não responde e vai embora.

 

CENA 10 (Manhã)

Logo pela manhã Laize aproxima-se do escritório de Titânia. Na recepção ela fala com Alice.

Laize: Eu gostaria de marcar uma hora com a doutora Titânia.

Alice pega sua agenda.

Alice: Plano de saúde?

Laize: Pelo SUS.

Alice marca em sua agenda.

Alice: Sobre o que seria?

Laize: Cirurgia de mudança de sexo.

Alice marca mais algumas coisas na agenda.

Alice: Consigo um horário para você amanhã mesmo.

Laize fica animada.

Laize: É assim tão rápido?

Alice: Não, nesse primeiro momento a doutora vai apenas lhe passar o que é necessário para a cirurgia e se você está preparado para o procedimento ou não.

Laize: Tudo bem.

Alice: Está marcado então.

Ela entrega um papel onde estava agendado a data e hora da consulta de Laize.

Ela solta um sorriso tristonho.

Alice: Lhe desejo toda a sorte.

Laize: Obrigada.

Laize se retira e Alice fica observando-a de longe.

 

CENA 11 (Manhã)

Nestor está em sua casa, ele estava deitado e se preparando para ir ao trabalho. Entre um suspiro e outro ele relembrava tudo o que estava acontecendo em seu trabalho, a preocupação só aumentava e de súbito ele levanta-se, porém sente uma tontura muito forte e acaba caindo.

Nestor ainda tenta pedir ajuda, mas sente seu coração acelerado e um aperto faz com que agonizasse até morrer ali mesmo.

 

CENA 12 (Meio-dia)

Alice terminava de fechar a porta do escritório da doutora Titânia quando alguém toca seu ombro.

Alice: Você!? – Ela encara Patifa que estava logo em sua frente.

Patifa: Então você que está por trás da investigação da morte do Lucas, não é mesmo?

Alice fica muda e nada diz, apenas encarava Patifa num profundo silêncio, como se o seu olhar perguntasse como ele havia chegado naquela conclusão.

 

 

CONTINUA…