Mundos Opostos – Capítulo 22

Mundos OpostosCENA 01: CARRO DE GUTO/INT./NOITE

Guto está no volante, Luciana no banco do acompanhante e Ricardo no banco de trás.

GUTO – Mas o que é que tá acontecendo, exatamente?

LUCIANA – Também não entendi direito. Só sei que a dona Cassandra decidiu voltar a morar no Brasil.

RICARDO – Gente, como assim? Sério mesmo que ela decidiu abandonar uma vida boa na Europa para voltar pro Brasil?

LUCIANA – Isso eu acho que ela mesma vai explicar. Só sei que ela me avisou que estava de volta ao Brasil e queria me ver lá na casa dela, na mansão onde ela morava lá na Aldeota.

GUTO – Ela não vendeu aquela mansão?

LUCIANA – Pois é, eu tô achando isso muito estranho.

Ricardo encara tudo aquilo com estranheza.

CENA 02: MANSÃO ANDRADE BASTOS/FACHADA/EXT./NOITE

O carro de Guto estaciona em frente à mansão de Cassandra. Guto, Luciana e Ricardo descem do carro e vão até a porta de entrada.

CENA 03: MANSÃO ANDRADE BASTOS/SALA/INT./NOITE

Guto, Luciana e Ricardo entram na mansão. Eles estranham ao perceber o estado impecável do ambiente.

LUCIANA – Eu não acredito nisso. Não mudou absolutamente nada desde a última vez em que estive aqui.

Ouvem-se barulhos de sapatos. Imediatamente, os três olham para a escada e se assustam com o que veem. É Débora, que lhes devolve um sorriso sarcástico.

DÉBORA (sarcástica) – Que foi, gente? Parece até que estão vendo gente morta, ou então um fantasma…

GUTO – Era exatamente isso o que a gente achava que tu era. Morta.

RICARDO – Vaso ruim não quebra mesmo…

DÉBORA – Encantada com a parte que me toca.

Débora percebe a aproximação entre Luciana e Ricardo e sorri para a amiga.

DÉBORA – Pelo que pude perceber, você foi uma vitoriosa, não é, amiga? Conseguiu curar o Ricardo…

RICARDO – Por favor, Débora, para com isso. A Luciana não me curou de nada. Se hoje eu tô namorando a Luciana, é porque o Dimas não me quis mais.

GUTO – Só acho que tu nos deve explicações sobre o que realmente aconteceu. É evidente que todos nós estamos ainda muito intrigados em saber que você não morreu naquele acidente.

RICARDO – Essa notícia pode definitivamente limpar o coração e a consciência do Dimas. Ele passou esse tempo todo carregando nas costas a culpa de ter causado aquele acidente que supostamente te matou e deixou ele preso numa cadeira de rodas.

DÉBORA (surpresa) – Como é que é? O Dimas ficou paraplégico?

Ricardo acena com a cabeça, confirmando a informação para Débora. Surpresa e boquiaberta, a moça vira o rosto, processando a notícia.

DÉBORA – Então quer dizer que ele não saiu ileso daquele acidente…

RICARDO – Não, ele não saiu ileso. Além da paraplegia, ele ainda fica se maldizendo por ter causado a tua morte.

DÉBORA – Fique tranquilo, Ricardo, eu mesma me encarregarei de tirar esse peso das costas do seu ex. Posso não fazê-lo voltar a andar, mas posso mostrá-lo que ele não me matou naquele acidente. E acredito que esse já seja um consolo e tanto.

LUCIANA – Mas e você, amiga, saiu ilesa daquele acidente ou não?

DÉBORA – Não, claro que não. Eu não sei dizer precisamente, mas eu devo ter ficado alguns dias em coma e ter me ferido o suficiente para precisar de três meses para estar plenamente recuperada. Para vocês terem noção, eu só consegui reunir forças para me manter em pé sozinha com um mês de recuperação.

RICARDO – A minha mãe me contou que a sua avó recebeu a notícia da sua “morte” dois dias depois do acidente, durante a madrugada.

Nesse momento, Cassandra desce as escadas e chega à sala.

CASSANDRA – Exatamente. Na verdade, quando eu fui chamada, eu fui informada de que ela havia acordado do coma, mas o estado dela havia piorado. Decidimos transferi-la de hospital, para que ela ficasse aos cuidados de uma equipe médica especializada em Lisboa. Deixamos a Débora a par disso tudo, e ela aceitou sob a condição de que forjássemos a sua própria morte e seu corpo fosse transladado para Portugal.

DÉBORA – A minha intenção era proporcionar uma sensação de vitória à Maria. Sensação breve e falsa, mas ao mesmo tempo concreta. Fiquei longe de vocês por tempo suficiente para que a Maria reconquistasse o Igor.

GUTO – Ainda não tô entendendo a lógica disso.

DÉBORA – Vou devolver na mesma moeda. Farei com a Maria tudo o que ela fez comigo enquanto eu fui namorada e noiva do Pedro Igor. Mas claro, farei isso de um jeito diferente, atingirei a Xica da Silva logo em seu calcanhar de Aquiles.

RICARDO – O que tu tá pensando em fazer, Débora?

DÉBORA – Segredinho. Não conto pra ninguém. Só saibam que a Maria vai se arrepender de ter cruzado o meu caminho.

Guto, Luciana e Ricardo ficam receosos com o que ouvem. Débora os encara com um sorriso farto.

CENA 04: CASA DE JÉSSICA/SALA/INT./NOITE

Júlio está sentado no sofá, cobrindo o rosto com as mãos e com o corpo inclinado para baixo. Em sua frente, Dimas acaricia levemente suas costas, em uma tentativa de acalmá-lo.

JÚLIO – Ninguém merece essa Luciana…

DIMAS – Mas a gente é obrigado a aceitar ela por causa do Ricardo. Então…

JÚLIO – Por que é que o Ricardo foi se interessar logo pela Luciana?

DIMAS – Olha, Júlio, eu até entendo que tu seja contra o namoro da Luciana e do Ricardo. Todo mundo aqui é contra. Mas eu tô começando a estranhar essa tua implicância com a Luciana. Por que isso?

Imediatamente, Júlio levanta o rosto, olhando fixamente para Dimas.

JÚLIO – A Luciana simplesmente não me desce. E não tem nada nesse mundo que mude isso. Nada vai me fazer mudar essa imagem que eu tenho dela, essa imagem de mulher metida e arrogante. E se eu tenho implicância com a Luciana, ela também tem comigo. Tu não percebe que ela vive pegando no meu pé, me jogando indiretas sem sentido toda hora?

DIMAS – Verdade, essas indiretas são chatas mesmo. Ela fica fazendo cada insinuação sem sentido, tentando te pintar como um cara falso, que apunhala os outros pelas costas…

JÚLIO – O que me deixa triste é que eu tô vendo que as pessoas tão começando a acreditar nas indiretas da Luciana. Se lembra que, um dia desses, a gente tava jantando lá na casa do tio Maurício e ela ficou insinuando que eu tava pegando a dona Bárbara só porque eu fui cavalheiro com ela?

DIMAS – Imagino a raiva que tu deve sentir da Luciana. Mas olha, não tenho nenhuma dúvida de que a dona Bárbara também deve sentir raiva da Luciana. Imagina se o seu Angelo acredita nessas indiretas dela, imagina se o casamento deles termina por causa daquela intrigueira?

JÚLIO – Pois é!

DIMAS – Mas não vamo pensar nisso não.

Dimas sorri para Júlio, que devolve com um sorriso desanimado. Dimas se conduz até a cozinha, deixando Júlio a sós em cena. Assim que Dimas desaparece de sua vista, Júlio respira fundo.

JÚLIO – Não tem como… ele sabe… ele sabe que eu tô namorando com a Bárbara. Agora ferrou de vez…

CENA 05: CHURRASCARIA/INT./NOITE

Igor e Luís estão sentados em uma mesa dentro da churrascaria. Os dois conversam de maneira descontraída. Um garçom se aproxima deles e lhes serve uma garrafa de cerveja. Igor enche os dois copos e, em seguida, os dois tomam um gole da bebida.

IGOR – Era disso que eu tava precisando. Sair um pouco de casa, respirar melhor, me divertir um pouco. E claro, tomar uma bebida, porque ninguém é de ferro.

LUÍS – E a promessa foi pro brejo, né?

IGOR – Mas foi por uma boa causa. Um copo de cerveja não faz mal a ninguém.

Os dois riem.

IGOR – E outra, é só hoje. Pelo menos até o mês que vem eu aguento.

LUÍS – Mas depois de amanhã já é outro mês.

IGOR – Por isso mesmo.

Os dois riem novamente.

CENA 06: MANSÃO ANDRADE BASTOS/SALA/INT./NOITE

Cassandra, Débora, Guto, Luciana e Ricardo permanecem na sala, nas mesmas posições. Cassandra é a primeira a se afastar, indo em direção à cozinha.

GUTO – Bom, acho que nós já ouvimos o bastante. Vamos embora.

Guto e Ricardo se viram para ir embora e tentam conduzir Luciana junto, mas ela resiste.

LUCIANA – Podem ir se quiserem. Eu vou ficar aqui. Ainda tem coisas que eu preciso ouvir.

RICARDO – Como quiser, Luciana.

Guto e Ricardo vão embora, deixando Débora e Luciana a sós na sala de estar. Imediatamente, as duas se sentam no sofá, uma de frente para a outra.

LUCIANA – Amiga, eu ainda não tô acreditando que você tá viva.

Débora sorri para Luciana.

LUCIANA – Mas me conta, o que você pretende fazer agora que está de volta ao Brasil?

DÉBORA – Como eu bem disse, eu vou me vingar da Maria. Vou destruí-la.

LUCIANA – Como você pretende fazer isso?

DÉBORA – A melhor maneira de desfazer um novelo de lã é cortando suas linhas. E, no caso da Maria, essas linhas são as pessoas que ela mais gosta. Eu vou cortando linha por linha do novelo da Maria até que ela não consiga mais aguentar.

LUCIANA – Então sua primeira vítima será o Luís…

DÉBORA – Como você é inteligente, Luciana! Sim, a minha primeira vítima será o Luís. Eu farei a maior festa naquela família, e começarei pelo Luís.

Débora e Luciana continuam conversando.

CENA 07: CASA DE ANGELO E BÁRBARA/QUARTO DE ANGELO E BÁRBARA/INT./NOITE

Angelo e Bárbara se deitam na cama e ficam encarando o teto, esperando o sono chegar.

ANGELO – Não vai dizer nada mesmo?

BÁRBARA – O que você quer que eu diga?

ANGELO – Bárbara, me responda com toda a sinceridade: você ainda me ama?

BÁRBARA – Que pergunta, Angelo… é claro que eu ainda te amo. Você simplesmente me proporcionou os anos mais felizes da minha vida, você me deu uma filha maravilhosa que foi a Carolina…

ANGELO – Então porque eu não estou sentindo isso? Por que eu tô te sentindo cada vez mais distante de mim?

BÁRBARA – Eu distante de ti? Definitivamente, isso deve ser apenas sensação sua.

ANGELO – Tudo me leva a crer que isso é algo mais do que uma simples sensação falha.

BÁRBARA – Por acaso esse tudo quer dizer aquela insinuação da Luciana naquele dia em que a família inteira jantou na casa do Maurício e da Talita?

ANGELO – Não começa, Bárbara. Não tente meter a Luciana no meio das nossas conversas de novo.

BÁRBARA – Tudo o que você fala é movido pelo que a Luciana faz ou fala. Não tem como não fugir disso. Desde que a Luciana começou a namorar com o Ricardo, ela tem virado o principal assunto aqui dentro dessa casa.

ANGELO – Se é pra falar da Luciana, então vamo falar. Olha, Bárbara, tu não pode ficar pra sempre em cima do muro, tu vai ter que se decidir. Ou tu apoia ou tu não apoia o namoro da Luciana e do Ricardo. Se fosse tu, eu apoiava incondicionalmente. A Luciana tá se mostrando uma ótima namorada pro Ricardo, ele nem lembra mais aquele Ricardo que vivia se esfregando com o Dimas na frente da gente.

BÁRBARA – Eu não vou me posicionar tão cedo nessa história. Ainda não conheço a Luciana o suficiente para poder fazer um julgamento decente dela. Eu preciso conhecer a Luciana para enfim poder dizer se eu apoio ou não o relacionamento dela com o Ricardo. Mas por hora, eu posso dizer que eu ainda prefiro o Ricardo com o Dimas do que com a Luciana.

ANGELO – Tu prefere o Ricardo com o Dimas? Por favor, né, Bárbara? Tu prefere ver o Ricardo insistindo em dar um dos maiores desgostos a Deus? Tu prefere ver o Ricardo insistindo em cometer um dos piores pecados que existe, ver o Ricardo insistindo em pecar contra a castidade e contra a própria natureza?

BÁRBARA – Não, eu prefiro o Ricardo feliz ao lado do Dimas do que o Ricardo tentando esquecer o Dimas ficando com a Luciana.

ANGELO – Por favor, Bárbara, para com isso. Não venha me dizer que o Dimas oferecia felicidade do Ricardo. Ele oferecia prazer, nada mais do que isso. Tanto é que, quando o Dimas ficou inválido, o namoro acabou.

BÁRBARA – Boa noite, Angelo.

Bárbara se vira de costas para Angelo e fecha os olhos. Angelo, por sua vez, engole a seco a sua frustração.

ANGELO – A melhor maneira de um casal provar que foi unido pelo amor é ele gerar descendência. E isso jamais poderia acontecer com o Dimas e o Ricardo, porque dois homens não podem fazer um filho.

BÁRBARA – Boa noite, Angelo.

Angelo, então, se vira de costas para Bárbara e fecha os olhos.

CENA 08: MANSÃO ANDRADE DA COSTA/QUARTO DE MARIA/INT./NOITE

Maria entra no quarto e se deita na sua cama. Ao mesmo momento, o seu celular começa a tocar. Maria engatinha até a cabeceira da cama e pega o seu celular em cima do criado-mudo e o atende.

MARIA – Alô?

LUCIANA (cel.) – Oi, Maria.

MARIA – Luciana?

LUCIANA (cel.) – Eu mesma. Maria, eu tô querendo falar com o Luís. Você sabe onde ele está?

MARIA – Ele saiu, Luciana.

LUCIANA (cel.) – Você sabe onde ele foi?

MARIA – Sim, ele foi junto com o Igor naquela churrascaria onde a Corrente se encontrou da última vez, lembra?

LUCIANA (cel.) – Ah sim, lembro. Bom, era só isso mesmo. Obrigada, Maria.

MARIA – De nada…

Maria encerra a ligação.

CENA 09: MANSÃO ANDRADE BASTOS/SALA/INT./NOITE

Luciana encerra a ligação. Ela olha para Débora, que aparenta estar curiosa.

DÉBORA – E então?

LUCIANA – O Luís saiu para jantar fora hoje. Mas essa é a oportunidade perfeita para você entrar em ação. Amanhã eu dou um jeito de fazer você ficar a sós com o Luís.

DÉBORA – Ah, Luciana… você vai ver a bagunça que eu vou causar nesse família…

Débora e Luciana sorriem uma para a outra.

CENA 10: CASA DE LARISSA/QUARTO DE RICARDO/INT./NOITE

Ricardo está deitado na cama, apoiando a nuca em cima das duas mãos. Batem à porta e ela se abre para a entrada de Jonas.

JONAS – Com licença.

Jonas entra no quarto e se senta na cama, próximo a Ricardo.

JONAS – Aconteceu alguma coisa, Jonas?

RICARDO – Duas coisas. Primeiro, o Júlio brigou com a Luciana de novo.

JONAS – Ah, previsível isso. A Luciana sempre fica provocando o Júlio na primeira oportunidade que ela tem…

RICARDO – Eu sinceramente não vejo que motivos a Luciana tem pra ficar provocando o Júlio. Mas enfim, a outra coisa que aconteceu hoje é o que tá me deixando ainda mais confuso…

JONAS – E o que foi?

RICARDO – Olha, isso fica só entre nós dois, viu?

JONAS – Ah, Ricardo, fala logo.

RICARDO – Jonas… eu descobri hoje à noite que a Débora não morreu.

JONAS – O quê?

RICARDO – Isso mesmo. A Débora não morreu. E ela tá aqui em Fortaleza.

Jonas encara Ricardo, surpreso com o que acabara de ouvir.

CENA 11: CHURRASCARIA/INT./NOITE

Igor e Luís estão jantando. Eles mantêm uma conversa durante a alimentação.

IGOR – Claro que o Gustavo não perderia a oportunidade de tripudiar em cima de mim. Claro que ele trataria de me alfinetar. Ele pode não ter citado o meu nome, mas deixou claro na frente dos gerentes das lojas que eu sou incapaz de comandar uma empresa.

LUÍS – Concordo, acho isso uma enorme falta de respeito. O Gustavo não tem motivos para ficar te desmoralizando na frente dos outros.

IGOR – Ele faz isso por influência do meu pai. Desde sempre ele cultivou essa má imagem de mim por eu ser o primogênito e, portanto, herdeiro dele. Logo, eu não precisaria de muito esforço para ser bem-sucedido financeira e profissionalmente, porque quando o meu pai morresse, eu assumiria o Grupo Andrade da Costa pelo direito hereditário.

Luís solta uma breve risada debochada.

LUÍS – Mas isso só acontece porque tu dá abertura, tá ligado, né? Se tu tem essa má fama, é porque tu deixou que ela fosse construída e não fez nada para tentar mudá-la.

IGOR – Eu nunca tive a oportunidade de desmenti-la. Mas não sobraram oportunidades para o Gustavo expô-las para me ridicularizar.

Os dois continuam conversando. De repente, o celular de Luís toca, chamando a sua atenção.

IGOR – O que foi?

LUÍS – Deve ser mensagem de WhatsApp…

Luís abre o seu WhatsApp e percebe que se trata de uma mensagem de Luciana.

LUÍS – Ah, é a Luciana. Vou ver o que ela quer…

Luís abre a mensagem e se surpreende ao ver do que se trata.

LUCIANA (cel.) – Luís, assim que você puder, me procure. Eu preciso falar com você. É um assunto muito sério. Me procure amanhã de manhã, em minha casa.

IGOR – O que ela quer?

LUÍS – Não, é besteira dela. Nada demais não.

Luís guarda o celular no bolso e volta a jantar e conversar com Igor.

CENA 12: CHURRASCARIA/FACHADA/EXT./NOITE

Igor e Luís saem da churrascaria e entram, respectivamente, nos bancos do motorista e do acompanhante do carro do Igor. O carro dá partida, sai da vaga de estacionamento e parte em direção ao seu destino.

CENA 13: FORTALEZA/EXT./NOITE

Imagens da Avenida General Osório de Paiva.

Imagens da Avenida Aguanambi.

Imagens da Avenida Washington Soares.

Imagens da Praia de Iracema. Amanhece.

CENA 14: CASA DE GUTO E LUCIANA/SALA/INT./MANHÃ

Tocam à campainha. Luciana entra correndo na sala e vai em direção ao portão.

LUCIANA – Já vai!

Luciana abre o portão e sorri ao perceber que se trata de Luís.

LUÍS – Como prometido, vim lhe procurar assim que eu tivesse tempo.

LUCIANA – Entra, Luís.

Luciana abre espaço para Luís entrar. Ele entra e vai até o centro da sala. Luciana fecha o portão e caminha até Luís.

LUÍS – Então, o que você queria me contar?

LUCIANA – Bom, eu vou só ali no meu quarto rapidinho e depois eu te mostro o que eu tenho pra te contar, tá bom?

LUÍS – Tá bom.

LUCIANA – Pode se sentar.

Luís se senta no sofá e Luciana se retira da sala, deixando Luís sozinho em cena por alguns segundos. Porém, ao ver Débora entrando na sala, Luís se levanta do sofá de imediato, encarando a moça com um olhar apavorado. Já Débora a encara com um sorriso farto.

DÉBORA (sorrindo) – Bom dia, Luís! Tudo bem, meu querido?

A cena congela em um efeito dourado no rosto de Débora.

FIM DO VIGÉSIMO SEGUNDO CAPÍTULO.

36 thoughts on “Mundos Opostos – Capítulo 22

  1. E Débora não morreu mesmo. #MariaTombada em primeiro lugar nos assuntos mais comentados no Twitter. Agora sim a festa vai começar a esquentar e Luiz será a primeira pessoa a ganhar a “fatia do bolo”. Estou achando Dimas e Júlio bem próximos nesses últimos capítulos. Um casal novo esta por vir? Aposto que sim. Parabéns, Glay!

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