CENA 01: CASA DE ANTÔNIO/FACHADA/EXT./DIA
O portão da garagem é aberto. O carro de Regina sai da garagem e estaciona na rua. Regina põe a cabeça para fora do carro e chama por Jorge.
REGINA: Jorge, meu filho, venha logo, senão você vai chegar atrasado na escola!
Jorge sai de casa e se dirige à porta traseira do carro. Regina percebe o desânimo dele.
REGINA: O que houve, meu filho?
JORGE: Posso faltar hoje, mãe?
REGINA: Por que isso agora, meu querido? Você sempre adorou ir pra escola. Me espera no carro, vai.
Jorge abre a porta traseira do carro e se senta no banco de trás. Regina sai do carro e entra em casa para fechar o portão da garagem. A câmera mostra uma sombra se aproximando. Uma pessoa misteriosa chega perto do carro, mas Regina e Jorge não percebem. Essa pessoa fecha o portão pequeno da casa, que estava aberto. O foco vai para o carro, onde estão as chaves.
No veículo, Jorge está ouvindo música. Regina tenta abrir o portão e percebe que está trancado. Então, ela grita pelo filho, que não escuta. A pessoa misteriosa abre a porta do carro. Ela está com uma seringa na mão e aponta para Jorge. Em uma sequência rápida, o filho de Regina é atingido pela seringa e cai desmaiado no banco do carro. A câmera mostra Regina desesperada no interior da casa. Ela continua chamando pelo filho. Regina escuta o barulho do seu carro dando partida. Por um buraco no muro, ela vê o veículo indo embora e constata que o filho está lá dentro.
CENA 02: CARRO DE REGINA/INT./DIA
A pessoa misteriosa tira uma máscara de seu rosto. É Nazaré. A mulher está feliz por seu plano ter dado certo.
NAZARÉ: Antônio, você vai ser meu de um jeito ou de outro. Quem sabe a gente pode formar uma família com esse moleque… Terei que acabar com a mamãe dele primeiro. Agora, se você não se unir a mim, nunca mais vai ver seu filhinho querido.
Nazaré olha para Jorge, que está desmaiado no carro.
NAZARÉ: Garoto eu não tenho nada contra você, tá? Mas você é o trunfo que eu tenho nas mãos para ter seu pai de volta. Fazer o que né, non?
O carro segue em alta velocidade.
CENA 03: CASA DE ANTÔNIO/SALA/INT./DIA
Paula está sentada no sofá mexendo em seu notebook. Sua fisionomia mostra que ela está concentrada em algo. É possível ouvir algumas vezes um som de mensagem chegando. O ruído da digitação no teclado também é perceptível. Paula envia uma mensagem e comemora toda feliz. Ela fecha o notebook e vai até a cozinha. Lucrécia se aproveita e abre o notebook.
LUCRÉCIA: Vamos ver o que a filha da nordestina tava fazendo.
Lucrécia começa a ler as mensagens no notebook de Paula.
LUCRÉCIA: Então é isso! Você tá querendo encontrar seu papai… Pode deixar, fofa. Eu vou arrumar um ótimo pai para você.
Lucrécia solta um sorriso maléfico. Ela digita algumas coisas no teclado e envia. Lucrécia percebe que Paula está vindo e se senta no sofá para disfarçar. A garota e Lucrécia trocam olhares. Paula se senta e abre um grande sorriso ao ler uma mensagem.
PAULA (comemorando): Eu não acredito! Meu Deus do céu! É ele…
LUCRÉCIA: Ele quem, minha filha? Tá bancando a doida é? Você pode fazer tv e merece um papel bem escandaloso. Aff!
Lucrécia se levanta e se prepara para sair dali. Regina entra na casa desesperada.
PAULA (surpresa): Mãe, o que aconteceu? Por que você tá assim?
REGINA: Seu irmão. Alguém sequestrou seu irmão!
PAULA (surpresa): Como assim?
REGINA: Uma pessoa me trancou aqui dentro e levou o carro com seu irmão. Eu tenho que ir atrás dele!
PAULA: O meu notebook tá ligado ao sistema de câmeras. Eu vou dar uma olhada nas imagens.
REGINA: Faz isso. E eu vou ligar pra polícia.
Em meio aquele desespero, Lucrécia comemora.
LUCRÉCIA (pensando): Mas que ótima notícia! E que o idiota não volte vivo…
Regina desliga o telefone e vai até Paula, que está vendo as imagens da câmera de segurança no notebook.
PAULA: O que eles disseram?
REGINA: A polícia disse que tem que esperar um tempo e que não tem tropa suficiente. Se eles não podem fazer algo, eu farei!
PAULA: Mãe, olha aqui. Tem uma pessoa que tava andando na rua agora mesmo e foi em direção ao seu carro. Olha no zoom.
Paula dá um zoom nas imagens e Regina parece reconhecer alguém.
REGINA: Não pode ser!
PAULA: O que foi, mãe? Você conhece essa mulher?
REGINA: Nazaré. Essa mulher era amante do Antônio. Um dia ela prometeu fugir com meu filho. Eu tenho que fazer alguma coisa!
Regina pega as chaves e sai da casa determinada a resgatar o filho.
CENA 04: TERRENO/OBRA/INT./DIA
A câmera está distante e vai se aproximando. Antônio trabalha num obra. Ele caminha pelo terreno carregando tijolos e levantando uma parede junto com muitos pedreiros e serventes. Antônio sente um mal-estar. Sua visão está embaçada, ele transpira muito e sente uma tontura. Sem forças, o pedreiro cai no chão. A câmera mostra que o homem caiu em um local no qual seus companheiros de serviço não o podem ver. O inspetor caminha pela obra e encontra Antônio.
INSPETOR: Tirando um cochilo na hora do serviço né? Vai trabalhar. Anda!
O inspetor tenta acordar Antônio com os pés, mas não obtém resultado.
INSPETOR: Tá de ressaca? É isso? Já vou resolver seu problema.
Corte rápido. O inspetor está com um copo de água nas mãos e o jogo em Antônio, que mesmo assim não levanta.
INSPETOR: Oh, levanta. Será que você… morreu?
Antônio desperta aos poucos. Outros trabalhadores o ajudam a levantar e o levam para descansar.
INSPETOR: Esse daí não dura muito não…
A câmera se afasta.
CENA 05: OFICINA MECÂNICA/INT./DIA
Regina caminha apressadamente em rumo à oficina mecânica de Jurandir. Sua fisionomia é de desespero e preocupação com o filho. Olga que está fazendo fofocas percebe para onde Regina está indo e decide ir atrás.
OLGA: Ai, Dona Marília. Já te contei o babado da vizinha da casa 574? Pois é menina. Um caso daqueles… Andam dizendo por aí que o marido da Lucinda tem saído às escondidas. Tá rolando o maior bafafá de que ele tá ficando com a filha da Darci. Pode isso? Uma menina que parecia direita… Mas pera aí… Aquela aí não é a nordestina? E a vaca tá indo no meu Jurandir… Mas não tá com carro nenhum. Será que aquele safado me trocou por ela? Não pode ser! Eu vou tirar essa história a limpo.
Olga tenta seguir Regina se ser percebida. Ela tenta imitar um detetive e segue escondendo nos postes e lixeiras.
Em um corte rápido, a câmera mostra Regina e Jurandir conversando. O som da conversa não é disponibilizado. Ao fundo, Olga observa os dois com um binóculos.
OLGA: Jurandir, Jurandir… Você não vai me trocar por essa nordestina. Eu torno a vida de vocês impossível…
Regina chora e Jurandir a consola com um abraço.
OLGA: Que absurdo!
Jurandir fecha a mecânica e entra rapidamente no carro junto com Regina. O veículo sai apressado. Olga fica indignada, achando que os dois têm um caso.
OLGA: Essa Regina é uma abusada! Só porque tem um bundão e um par de coxas, acha que é a dona da cocada preta… – ajeitando seus seios e a bunda – Quem nasceu pra ser Regina, nunca será Olga. Eu posso, eu sou… Enquanto você vai comprar o coco, eu já venho com a cocada. Você ainda não viu nada, meu amor!
A imagem se escurece.
CENA 06: BARRAGEM/EXT./TARDE
A câmera está bem distante. Ela sobrevoa as redondezas da imensa barragem da cidade, mostrando a estrutura do local e os luxuosos hotéis e pousadas localizadas por ali. Um carro segue andando em alta velocidade em uma estrada de terra, que se localiza à esquerda da barragem. O veículo estaciona em frente àquela enorme quantidade de água.
Nazaré desce com carro e tira seus óculos de sol para observar o local.
NAZARÉ: Esse é o lugar perfeito. Ainda bem que a sonsa da minha tia me deixou essa chácara. –olhando para o carro- É moleque… Aqui que vamos ficar até seu pai resolver dar as caras.
Nazaré olha para o carro e sorri sarcasticamente.
NAZARÉ: É moleque… Aqui que vamos ficar até seu pai resolver dar as caras.
Nazaré se afasta dali e aprecia a paisagem. A câmera mostra Jorge saindo do carro ao fundo. Ele se abaixa e anda até uma árvore. O garoto pega seu celular e tenta ligar para a mãe. O sinal de telefone está ruim, mas ele é persistente e consegue.
JORGE (telefone): Mãe? Me ajuda, mãe. Uma mulher me trouxe pra barragem… Eu tô com muito medo.
Nazaré se aproxima cuidadosamente de Jorge e lhe toma o celular. Ela conversa com Regina.
NAZARÉ (telefone): Oi, querida. Tá com saudades do filhinho, é? Manda o Antônio me procurar. Beijos…
REGINA (telefone): Você não faça nada com meu filho, sua desgraçada, senão eu acabo com você…
NAZARÉ (telefone): E você não se atreva a vir aqui. Jogar um moleque nessa água não é problema nenhum para mim…
Nazaré desliga o telefone. Ela se vira para procurar Jorge, que fugiu. A tela é repartida em dois: Jorge correndo pela mata em torno da barragem e Jurandir e Regina no trânsito, indo atrás do garoto.
O foco completo vai para a perseguição na mata. Jorge tropeça em um pedaço de pau e cai no chão. Assim, Nazaré consegue alcança-lo.
NAZARÉ: Ah, garoto… Não adianta tentar fugir de mim, pois eu sempre acho quem eu quero.
Nazaré arrasta Jorge pelo braço e o leva para um terreno no qual tem uma pequena casa.
CENA 07: OBRA/EXT./DIA
Alguns trabalhadores ajudam Antônio a ficar em pé. Sem forças, ele não consegue trabalhar. O inspetor então, o deixa ir embora. Antônio caminha rumo ao seu carro. Alguém estava mexendo em seu carro, mas para quando vê que o proprietário do veiculo se aproxima. Antônio entra no carro e parte.
CENA 08: BARRAGEM/CASA/INT./TARDE
O foco vai para casa onde estão Jorge e Nazaré. O garoto está amarrado em uma cadeira. Nazaré está andando de um lado para o outro.
NAZARÉ: Tudo isso é culpa do seu pai. Se ele tivesse ficado comigo, você não precisaria estra aqui. Mas ele preferiu a nordestina sem sal. Tu não sai daqui enquanto ele não vim!
JORGE: Meu pai ama minha mãe!
NAZARÉ: Ama tanto que a traiu comigo. Enquanto vocês dormiam à noite, seu pai sentia prazer era comigo…
JORGE: Minha mãe vai me buscar e acabar com você!
NAZARÉ: Isso é o que vamos ver. E você cale a boca. Tá parecendo uma maritaca…
Nazaré cobre a boca de Jorge com um pedaço de pano. Ela vai para cozinha da casa e volta com um pouco de comida. Ela tira o pano de Jorge e deixa ele se alimentar.
NAZARÉ: Sabe garoto, eu não sou má… Eu só queria ser feliz. Eu vendo meu corpo pra ganhar dinheiro. Essa é a pior coisa do mundo, a mais humilhante. Eu me apaixonei pelo Antônio, mas ele decidiu me largar pra ficar com vocês… Eu não quero o seu mal, só quero ser feliz um pouco.
Nazaré continua desabafando com Jorge, quando de repente é imobilizada.
REGINA: Acabou pra você, Nazaré.
Regina está prendendo Nazaré com seus braços.
REGINA: Agora você vai pagar na cadeia por tudo de ruim que fez!
Regina e Nazaré se encaram. A vilã solta um gargalhada de deboche.
NAZARÉ: Quem disse? “O jogo só acaba quando termina”, monamour.
Nazaré empurra Regina e sai com Jorge feito de refém.
CENA 09: CARRO DE ANTÔNIO/INT./TARDE
Antônio dirige em alta velocidade. Ele sente um mal estar enquanto conduz o veículo.
ANTÔNIO: Meu Deus do céu, me ajude!
Antônio vira o carro para a esquerda. Sua visão está embaçada e ele mal consegue enxergar a estrada. O sol está quase se pondo e o dia vai se escurendo aos poucos.
ANTÔNIO: Regina, meus filhos…
Antônio vira o carro para a direita. Na rua tranversal, um veículo em alta velocidade é surpreendido pela entrada de Antônio na estrada. Antônio consegue desviar, mas acaba ficando de frente a uma árvore. Ele tenta apertar o freio para fazer um desvio, mas o mesmo não funciona e o carro acaba batendo na mureta de proteção.
A cena escurece rapidamente. Ouve-se um barulho de batida. A cena clareia: o carro de Antônio caiu de uma ribanceira. O veículo fica em chamas e explode em seguida.
Parabéns Ari!
CurtirCurtir
Gente essa Suzana é uma dessimulada!
Olga outra louca tambem!,sofro que Jurandir não corresponda seu amor 😦
Lucrécia outra louca!
Paula encontrou o pai dela?, por acaso seria o Ricardo?
Antonio sofreu um acidente. Eu sinceramente quero que ele morra!
Parabéns Ari! ótima reta final!
CurtirCurtir
Oi querida, como vai? Pensei que esse folhetim fosse uma chuca para você.
CurtirCurtido por 1 pessoa
Agora a web está pegando fogo, ansiosa para descobrir se Antônio morreu e se Regina conseguirá salvar o seu filho. Parabéns Ari.
CurtirCurtir
Lacre, lacre, lacre!!!!
Armando essa web! Mas que pena que está chegando ao fim!!!!,
Parabéns ao Autor;
http://www.ntvnoticiadatv.wordpress.com
CurtirCurtir
Nazaré está completamente louca.
Coitada da Regina, sempre metida em problemas e enrascadas. Quando tenta resolver um, se mete em outro.
O que será que a Lucrécia tá armando contra a Paula?
Será que o Antônio morreu?
#MomentoDivulgaçã1: https://audienciadatvmix.wordpress.com/2016/09/02/mundos-opostos-capitulo-25/
CurtirCurtir
Parabéns, Ari.
CurtirCurtir
Parabéns Ari.
CurtirCurtir
Infelizmente, estou sem tempo, mas vim contribuir. Achei linda as fotos no final. Parabéns Ari!
CurtirCurtir
Parabens
CurtirCurtir
Parabéns, Ari!
CurtirCurtir
Luxinho. Amo forte ❤
CurtirCurtir
Quero pontuar três coisas:
1° Nazaré não presta mesmo;
2° Amei as imagem no final do capitulo(eu acho que poderia ter também durante as cenas);
3° Cade a abertura?
CurtirCurtir
Como deixei de te dar os parabéns garoto, você merece!
CurtirCurtir
Samba! 😀
CurtirCurtir
Catalina, uma fodida no sertão
CurtirCurtir
Parabéns
CurtirCurtir
Parabéns.
CurtirCurtir
Já já leio! Parabéns!
CurtirCurtir
#FuiTombado E eu pensando que era uma pessoa do passado que teria sequestrado Jorge, mas… Regina vai ter que enfrentar Nazaré mas dessa vez sem Antônio que sofreu um acidente. 😮 Oi? Já? Ai, meu Deus, será que é o fim dele? 😌 Lucrécia cada dia mais chata e venenosa. Paula tem que descobrir essas tramóias que essa cobra anda fazendo contra ela. 😠 Gente… Olga com ciúmes de Regina? É isso? Kkkk morto! Jurandir vai se entregar pra ela, espero, assim ela deixa de implicar com os outros que se aproximam. O penúltimo capítulo (Um minuto pq nn estou acreditando…), vai esta bastante movimentado. Ainda espero Sônia entrando no meio dessa família e no caminho de Regina. PARABÉNS, ARI! ❤ Não estou crendo que já esta chegando ao fim. 😭 Passou tão rápido… 🍃
CurtirCurtir
Parabéns!
CurtirCurtir
Parabéns 🙂
CurtirCurtir