A equipe de “Velho Chico” definiu neste sábado (17), quando ocorreu o sepultamento do ator Domingos Montagner, como vai manter o personagem Santona novela. O diretor Luiz Fernando Carvalho irá recorrer a um recurso já explorado, por exemplo, em longas como “Cloverfield – Monstro” e “Distrito 9”, que utilizaram câmera subjetiva em suas filmagens. Isso será algo inédito na TV brasileira e considerado bastante ousado esteticamente.
A imagem gerada por essa configuração de câmera proporciona um ponto de vista pessoal, e dessa maneira o público sente como se participasse do que ocorre na tela. Em outra situação pode-se colocar o espectador no lugar de alguém que observa os acontecimentos e ou fazer com que alguém na cena olhe diretamente para a câmera, criando uma relação olho no olho entre ator e público.
Em resumo: os personagens vão interagir com uma câmera, como se estivessem falando com Santo. O olhar do agricultor será sob o ponto de vista deste equipamento. Esta foi a solução encontrada para Santo continuar vivo em “Velho Chico”. Ao contrário do que aconteceu em outras vezes quando um ator faleceu durante uma novela, o personagem não vai morrer nem viajar ou ser substituído.
Por meio de comunicado divulgado neste sábado, a emissora informou que “a direção de Velho Chico montou uma estratégia para continuar contando a história como estava planejado, sem criar uma trama diferente da prevista para o personagem. Santo dos Anjos estará presente em todas as suas cenas e o seu olhar será visto por todos os que assistem à novela”.
É aí que entra a câmera subjetiva, mas, para que isto seja possível, o autor Bruno Barbosa Luperi, neto de Benedito Ruy Barbosa, ainda vai reescrever algumas cenas, sem tirar Santo da trama. Antes de definir essa linha de trabalho, Luperi teve o cuidado de conversar com Luciana Lima, viúva de Montagner, porque a direção da Globo não queria fazer nada sem consultá-la, também em respeito ao luto da família. Luciana concordou de imediato com a proposta da emissora.
Como faltavam poucas cenas para o ator gravar, entendeu-se que essa era a melhor forma de todos agradecerem a ele pelo grande ator e ser humano que foi, e também homenageá-lo. As gravações de “Velho Chico” foram retomadas ontem e o elenco está recebendo consultas com uma psicóloga contratada pela TV Globo.
Fonte: Flávio Ricco / Uol Entretenimento / TV & Famosos.
Chocadíssimo, isso vai ficar muito estranho!
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Vem cá, esse não é mais ou menos o mesmo recurso utilizado em “quem matou?”, onde a câmera reproduz o olhar do assassino, forçando a vítima a olhar diretamente para a câmera e exclamar, assustado, “VOCÊ?!”
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Acho que sim, só que agora esse recurso será usado nas duas semanas finais, não apenas em uma cena tipo o “quem matou?”.
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Só achei estranho a citação desse recurso como algo inédito na TV brasileira. Pela descrição, ele já foi muito utilizado sim, mas em escala menor, de maneira esporádica. O recurso não é inédito, mas o modo de uso sim.
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Mas a matéria não diz que o recurso é inédito, mas sim o modo de usar mesmo. Usar o formato de primeira pessoa em cenas de “quem matou?” é comum, mas usar esse formato em 12 capítulos é inédito.
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““Velho Chico”: Luiz Fernando Carvalho vai dirigir cenas de Domingos Montagner em formato de primeira pessoa, algo inédito na TV brasileira!”
“Isso será algo inédito na TV brasileira”
Não só a matéria diz, como também a manchete diz. E, como eu disse, o recurso não é inédito, mas o modo de emprego do recurso é.
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Gente… O fato é que existe ineditismo nesse formato, meu bem, se houve dúvidas ao ler o título, basta a pessoa abrir a matéria e ler, simples assim. Ou você acha que Luiz Fernando Carvalho usará o formato do mesmo jeito que outros diretores? Não conhece a mania de inovar desse diretor? Retirei tal qual do Flávio Ricco…
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Mas meu amor, em momento algum eu disse que não há ineditismo. Nem disse que a matéria traz informações desencontradas, porque a manchete é condizente com as informações da matéria. O que eu estou querendo dizer é que o recurso em si não é inédito na TV brasileira, como a manchete e a matéria afirmam, o ineditismo aqui é no EMPREGO do recurso. Mas enfim, já você tirou tal qual tá lá no Flávio Ricco, então o equívoco é de lá.
Ou não, pode ser que o engano seja meu, né?
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