Cartas para Florença – Capítulo 01

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Cena 1 / MADRUGADA

A câmera filma várias ruas de uma cidade qualquer. Aparece, na tela, um letreiro escrito “Século XIX”. A câmera começa a se aproximar de uma casa em especial: um casarão feito de tijolos à vista. No segundo andar da construção, há uma grande janela, onde está parada uma garota loura, nua e com aparência de aproximadamente dezesseis anos.

Agora, a câmera está dentro do aposento, filmando a garota por trás. Ela continua a observar a janela.

GAROTA: Este nosso momento foi inesquecível. Precisamos nos encontrar mais vezes, por favor.

Ao perceber a ausência de resposta, a moça se vira para trás.

GAROTA: Saia desse banheiro, morrerei de saudades se demorar demais. Venha ficar um pouco comigo.

A garota vira-se para a janela novamente. É ouvida uma respiração pesada: com certeza é de outra pessoa que também está ali. Ouve-se o ranger da porta do banheiro sendo aberta e, logo, alguns passos. A garota se vira para trás novamente, sorrindo.

GAROTA: Até que enf…

Essa frase incompleta foi a última coisa que ela falou na vida. Sua expressão outrora sorridente é substituída por um semblante de medo, e logo ela abre sua boca e solta um estridente grito de horror, pois sente-se impotente ao ver aquela pessoa correndo em sua direção em uma velocidade desumana.

A câmera está no exterior da casa novamente. Aquela janela onde a moça outrora estava parada, agora está coberta de sangue.

Cena 2 / MANHÃ / exterior

Uma carruagem é puxada por dois cavalos em alta velocidade pela rua. Há três homens, um de 22 anos e os outros dois de aproximadamente 35. O mais jovem e um dos mais velhos estão uniformizados com trajes policiais. O policial mais velho é quem segura as rédeas. Ele faz os animais “estacionarem” em frente a um casarão. Os três homens descem da carruagem apressadamente e entram no casarão, que está com a porta quebrada. O homem que não está uniformizado guia os dois policiais até um quarto, onde se encontra uma mulher de meia-idade, desesperada, ao lado de um corpo desfalecido que está caído no chão. O corpo é da menina que fora apresentada na primeira cena do capítulo. Sua barriga está cortada e aberta, com seus órgãos internos à mostra. O chão está todo sujo de sangue. Os policiais não conseguem evitar náuseas.

MULHER: Somos vizinhos dela! Os pais dela estão a viajar. Escutamos um grito e viemos para cá. Desesperamo-nos quando ela não respondeu a nossos gritos e às nossas batidas na porta, então meu marido foi procurá-los.

POLICIAL MAIS VELHO: Seu marido contou-me a história. Muito prazer, sou o delegado Getúlio. (ele aperta a mão da mulher) Esse é meu assistente, o policial Viriato. (o policial mais jovem aperta a mão dela)

VIRIATO: Vossa vizinha há de ter sido mais uma vítima do assassino do sexto dia.

Viriato aponta para um calendário pendurado na parede do quarto. É o dia seis de outubro.

GETÚLIO: Ela foi morta do mesmo jeito que as últimas dezessete pessoas que morreram no sexto dia do mês aqui na cidade. Foi cruelmente estripada.

VIRIATO: Foi dado um aviso para que ninguém ficasse sozinho em casa no sexto dia do mês! O que os pais dessa moça têm na cabeça? Deixar uma moça de dezesseis anos sozinha, enquanto há um assassino em série à solta! E justo no dia que ele sempre age…

Getúlio se vira para o homem desuniformizado.

GETÚLIO: Senhor Souza, você sabe onde se encontram os pais da moça?

SOUZA: Sei.

GETÚLIO: Envie uma carta a eles, comunicando sobre o falecimento.

SOUZA: Claro. Hei de enviar amanhã mesmo.

GETÚLIO: Agradecido. (Ele se vira para Viriato) Viriato, me ajude a carregar o corpo. Levá-lo-emos para ser analisado.

Getúlio e Viriato se aproximam do corpo.

Cena 3 / Anoitece.

Cena 4 / NOITE / interior

Uma garota de aproximadamente 17 anos está em seu quarto. Ela está vestida com o uniforme de uma escola: a roupa toda branca, uma saia até um pouco abaixo do joelho, meias três quartos e uma sapatilha. Bordado no uniforme, lê-se o nome “Florença”. Florença coloca alguns cadernos dentro de uma pasta de couro e sai do quarto, caminhando em direção à sala de estar. Na sala, estão um homem e uma mulher de meia-idade: Emílio e Justina. Justina está agarrada em uma Bíblia, como sempre faz. Quando Florença entra, Justina fica zangada com o que vê, diferente de Emílio.

EMÍLIO: Como você fica bonita de cabelos soltos, Florença.

FLORENÇA: Ah, então quer dizer que quando estou de coque fico feia?

EMÍLIO: Você sabe que não foi isso que eu quis dizer!

Emílio fala enquanto caminha até a filha.

EMÍLIO: Que disparate você pensar isso, filha. Você fica linda sempre. Haveria de continuar perfeita até de cabelos raspados.

FLORENÇA: O senhor diz isso porque é meu pai. Na escola, sempre diziam que eu era feia. Humilhavam-me.

EMÍLIO: Eram cegos, todos. Você sempre foi belíssima.

Justina, a essas horas, já está bufando de raiva.

JUSTINA: FLORENÇA, VÁ PARA SEU QUARTO AGORA MESMO PRENDER ESSES CABELOS!

Florença se assusta com o tom da mãe.

JUSTINA (irritada): Você quer ficar falada, Florença? Se você sair com esses cabelos soltos, hão de te chamar de puta! Imagine a vergonha que eu e seu pai passaremos!

EMÍLIO: Que exagero, Justina.

JUSTINA: Exagero nada! Olhe para mim! Só solto meus cabelos quando estamos em nossos momentos íntimos, Emílio! Andar de cabelo solto não é coisa que faça uma moça pura como Florença.

FLORENÇA: Todas as minhas amigas usam o cabelo solto!

JUSTINA: Todas putas! Por isso não gosto que você ande com elas! E se você não prender esses cabelos agora mesmo, ficará de castigo!

Irritada, Florença vai até o quarto, prende os cabelos e depois volta.

FLORENÇA: Adeus.

Florença vai até Emílio para abraçá-lo, mas abruptamente, se solta dele.

EMÍLIO: Que houve?

FLORENÇA: Ai, pai, acabei me encostando nessa arma que o senhor carrega na cinta, e me deu uma sensação ruim. Não gosto de armas!

EMÍLIO: Que estupidez, filha. Ela nem está engatilhada.

FLORENÇA: Eu sei, mas não gosto.

EMÍLIO: Porém, é necessário. Há de ser imprudente eu andar desarmado, ainda mais com esse assassino louco à solta.

JUSTINA: Filha, há de se atrasar!

Florença dá um beijo na mãe e sai apressadamente. Quando ela fecha a porta, Emílio se vira para Justina.

JUSTINA: Não gosto que as aulas de Florença sejam à noite. Há de ser perigoso ela ir sozinha até a escola, ainda mais com esse assassino por aí.

EMÍLIO: Eu concordo, Justina. Mas como a escola é aqui pertinho, não há de ter grandes problemas. Qualquer grito que eu ouvir, saio correndo daqui no mesmo momento e estouro os miolos de quem ousar encostar um dedo em minha filha. Agora, dê-me licença que irei ao sanitário.

JUSTINA: Toda.

Emílio também sai de cena.

Cena 5 / NOITE / Bordel Flor de Lótus, interior

A cena é ambientada em um enorme e luxuoso salão festivo: o Bordel Flor de Lótus. Um grande lustre com velas fica pendurado no centro do local, que está lotado de homens das mais variadas idades, dançando ao lado de mulheres novas.

Uma mulher de cabelos negros de aproximadamente 30 anos – a única de todo o salão que não está em trajes íntimos, já que é a proprietária do bordel – está de pé, em cima de um palco, cantando uma música. Ao lado dela, outros homens tocam instrumentos musicais que acompanham sua voz. Quando ela termina a canção, todos os presentes a aplaudem. Ela desce do palco e os músicos passam a tocar músicas instrumentais.

Cândida caminha por entre os clientes e prostitutas do bordel, recebendo e agradecendo congratulações por sua apresentação. De repente, um dos clientes a segura pelo braço. Ela olha para ele.

HOMEM: Cândida, o vinho acabou.

CÂNDIDA: Ai, meu Deus… tudo bem, irei até o fornecedor de bebidas e buscarei mais. Aguarde um pouco que logo hei de voltar com mais vinho. Agradecida por avisar.

HOMEM: Disponha.

Cândida vai em direção à saída do bordel.

Cena 6 / NOITE / Exterior da casa de Florença

Florença tranca a porta de sua casa e começa a caminhar pela rua, em direção à sua escola. Distraída, ela acaba por não notar quando se esbarra em outra mulher e deixa sua pasta cair no chão.

FLORENÇA: Perdoe-me…

Ela se abaixa para juntar sua pasta e estranha que a mulher não respondeu seu pedido de desculpas. Ela, então, olha para cima e percebe que Cândida a está observando fixamente. Quando ela termina de juntar a pasta, se levanta e segue caminhando, como se nada tivesse acontecido. Em determinado momento, ela olha para trás novamente e percebe que Cândida ainda não parara de fitá-la assustadoramente.

FLORENÇA (p/ si): Santo Deus, que mulher estranha…

Cândida abre um sorriso enquanto assiste, encantada, enquanto Florença começa a falar com algumas amigas e entra na escola.

CÂNDIDA (p/ si): Florença…

Cena 7 / NOITE / Escola, interior

Florença e mais duas amigas caminham pelos corredores da escola, até entrarem em uma sala de aula e se sentarem. Elas conversam sobre variados assuntos. De repente, um professor entra na sala.

PROFESSOR: Boa noite a todos.

ALUNOS: Boa noite.

PROFESSOR: Antes da aula começar, gostaria que vós me acompanhásseis em uma oração em homenagem a Matilda Medeiros, que costumava ser vossa colega, até seu brutal assassinato na madrugada de ontem para hoje.

Todos os alunos ficam surpresos com a fala do professor e começam a sussurrar uns para os outros.

PROFESSOR: Ah, ainda não é de vosso conhecimento a morte de Matilda? Perdoai-me. Contudo, sim, a pobre Matilda foi mais uma vítima do assassino do sexto dia. Esta criatura pérfida e desalmada tirou a vida de mais uma jovem que tinha uma bela vida pela frente. O corpo dela foi encontrado por dois vizinhos, após ouvirem gritos em sua casa. Os pais dela estavam a viajar. Porém, Deus há de fazer com que este bastardo pague por todo o sofrimento que causou. Agora, uni-vos a mim em oração. Padre-nosso que estais no céu…

Todos os alunos da classe unem-se ao professor para orar em homenagem a Matilda. Lágrimas escorrem dos olhos de vários dos estudantes, incluindo de Florença.

FLORENÇA (p/ si, chorando): Ela era tão minha amiga…

Cena 8 / NOITE / Bordel Flor de Lótus, fundos

Cândida abre a porta dos fundos do bordel – que dá para um depósito –, segurando uma espécie de carrinho de mão feito de madeira, com várias garrafas de vinho dentro. Ela vai até o salão e chama um dos garçons.

CÂNDIDA: Você! Vá até o depósito e traga para cá todas as garrafas de vinho que comprei, para distribuir entre os clientes.

O garçom assente e se dirige até o depósito. De repente, ela sente uma mão encostando em suas costas.

CÂNDIDA: Solte-me! Não sou uma das cortesãs, sou a proprietária do…

Ela para de falar quando se vira para trás e percebe quem estava encostando nela. Ela, então, abre um sorriso.

CÂNDIDA: Tales!

TALES: Quer mesmo que eu a solte?

CÂNDIDA: Não. Você eu deixo.

Tales aproxima sua boca da de Cândida, mas ela vira o rosto.

CÂNDIDA: Em público não! O que hão de pensar de mim, agarrando-me com um rapagão no meio do salão?

TALES: Você é dona de um bordel, não ficará mais mal falada do que já é.

CÂNDIDA: Sou apenas uma empresária, me orgulho em dizer que nunca me prostituí como as cortesãs que aqui trabalham. Sou uma mulher de respeito.

TALES: Está bem. Agora deixemos de papo furado, porque não hei de conseguir esperar nem mais dois segundos para dar um beijo nestes seus lábios.

CÂNDIDA: Vamos para meu quarto.

Cândida sai caminhando em direção aos fundos do bordel e Tales a segue.

Cena 9 / NOITE / Quarto do bordel Flor de Lótus, interior

A porta do quarto se abre e Cândida e Tales entram, se beijando intensamente. Ele prensa a amante na parede e a beija enquanto tira o vestido dela, deixando-a apenas de calcinha. Tales, então, começa a descer seus lábios pelo pescoço de Cândida, até chegar em seus seios. Ele lambe o mamilo da cafetina enquanto passa a mão pelo corpo dela.

Alguns minutos depois, Tales joga Cândida na cama e começa a tirar os sapatos, a calça e a ceroula, ficando completamente nu. Ela também tira a calcinha. Tales vai até a cama e se deita ao lado da amante. Ele, então, coloca a mão na cabeça dela e Cândida se deixa ser guiada até o órgão sexual do amante.

Cena 10 / NOITE / Casa de Florença, banheiro, interior

Emílio tranca a porta do banheiro. Ele respira ofegantemente. Alguns flashes de 1 segundo vêm em sua cabeça. Flashes de sua filha, Florença, em trajes íntimos, trocando de roupa. Depois, flashes dela tomando banho, completamente nua.

EMÍLIO (p/ si): NÃO!

Emílio levanta a mão e dá uma forte bofetada no próprio rosto. Porém, não adianta. Os flashes continuam a invadir seu pensamento sem parar, e quando ele percebe, já está abrindo a fivela de sua cinta e tirando suas calças. Logo, tira sua camisa e sua gravata, e desce sua ceroula, até ficar completamente nu.

Emílio, então, encosta a mão em seu órgão genital e começa a fazer repetidos movimentos de vaivém, as imagens de sua filha ainda constantes em seu pensamento. Os movimentos sexuais entre sua mão e seu órgão sexual vão ficando cada vez mais intensos, e seus gemidos e sua respiração ofegante cada vez mais altos, até chegarem ao ápice.

Enquanto um líquido branco e viscoso jorra de seu pênis, um líquido transparente jorra de seus olhos.

Cena 11 / NOITE / Quarto do bordel Flor de Lótus, interior

Cândida está completamente nua, deitada de barriga para cima. Tales – também nu – está deitado por cima dela, penetrando na cafetina e realizando movimentos sexuais. Ambos gemem cada vez mais intensamente, até o apogeu da relação ser atingido. Quando esse momento chega, Tales se desenrosca de sua amante e deita-se ao lado dela. Ambos bufam de prazer.

Cândida estica o braço direito e tira, de dentro de uma gaveta de seu criado-mudo, um cigarro. Ela o acende com um isqueiro e o coloca na boca. Tales estranha.

TALES: Que é isso? Por que está saindo fumaça de sua boca?

CÂNDIDA: É um cigarrette. Comprei vários deles em minha última viagem à Europa, são bem comuns por lá.

TALES: Para que servem?

CÂNDIDA: Tranquilizam-me. Quer provar um? Há de gostar.

Tales tosse ao inalar a fumaça liberada pela boca de Cândida.

TALES: Não! Só este cheiro de fumaça já me deixou enojado.

CÂNDIDA: Tales…

TALES: Quê?

CÂNDIDA: Eu queria pedir-lhe um favor.

TALES: Peça. Fá-lo-ei se estiver a meu alcance.

CÂNDIDA: Você certamente há de conhecer esta escola que fica na rua ao lado, estou correta?

TALES: Claramente.

CÂNDIDA: Bem, hoje conheci uma jovem que lá estuda. Asseguro-lhe que é a moça mais formosa que já vi em toda minha vida.

TALES: E que hei de ter a ver com isso?

CÂNDIDA: Quero-a trabalhando para mim. Com ela trabalhando aqui no Flor de Lótus, hei de ganhar rios de dinheiro. Uma moça sublime daquelas há de atrair muitos clientes.

TALES: Mais uma vez, não entendo em que parte entro nesta história.

CÂNDIDA: Simples. Você a seduzirá e a convencerá a se tornar cortesã. Amanhã mesmo colocaremos o plano em prática. O nome da moça é Florença.

Cândida exibe um olhar misterioso e determinado.

CONTINUA…

113 thoughts on “Cartas para Florença – Capítulo 01

  1. Infelizmente não poderei acompanhar essa trama, mas acompanhei as chamadas, a sinopse e sei que, como é Caíque Martins que assina ela, é um web-novelão que vai lacrar horrores!
    No mais, desejo muita boa-sorte e muito sucesso, amigo!
    #. ❤ ❤ ❤

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  2. Acertei na teoria!!!
    O serial killer fez a sua 18° vítima
    Florença e Cândida se esbarram na rua, Cândida se encanta pela menina e tentará convencê-la a vender a perseguida no Flor de Lótus e vai usar Tales para isso
    Sem palavras depois da cena do Emílio
    A abertura ficou macabra, mas ficou legal
    O capítulo tá bem gostoso de ler
    Parabéns, Caíque!

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  3. o que mais me chamou atenção nesse capítulo foi emilio e seu desejo pela própria filha e a partir disso há ganchos imperdíveis como:será que um dia florença vai ficar com o pai?será qual vai ser a reação de Justina após descobrir do desejo de Emílio por Florença? é caique conseguiu me apaixonar por essa trama.rs

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  4. Omg que estreia…. Conseguiu me pegar ja no primeiro capítulo. Florência tem o perfil típico de menina ingênua. Mas será que é isso mesmo? Cândida tem o perfil de cafetina que só pensa em dinheiro. E que cena inicial foi essa? Um serial killer? Omg que morte mas sombria e estranha. Estranho também foi o pai desejando a filha, eu particularmente não gosto de incestos mas quem sabe a sua trama me surpreenda. Um ponto que eu sinceramente não gostei foi essa linguagem, Aff tipo eu entendo que é a linguagem da época mas esse tipo me irrita.. kkk (frescura minha mesmo). Tomara que com o tempo eu me acostume. Kkk Enfim, parabéns Caíque sua trama promete muitas surpresas e revelações. ADOREI! Um verdadeiro luxo.

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  5. Simplesmente AMEI a estreia. Curioso para conhecer mais do serial killer, adoro tramas assim. Também quero saber qual a ligação de Cândida e Florença, pois a cortesã já conhecia a moça, mas a moça não conhecia a cortesã. A cena mais chocante, no entanto, foi a do Emílio, se masturbando enquanto pensava na própria filha.

    Parabéns pela luxuosa estreia, Caíque!

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  6. Um capítulo digno de uma apresentação formidável da web. Primeiro presenciamos um assassinato (uma das vítimas) do assassino do sexto dia. Fiquei super tenso com a cena.
    E o que falar de Florença e sua família, já não gosto dessa atitude do Emílio, gente se masturbando para a filha 😮 essa história vai render. E como não podia faltar um pouco de “safadeza” 😈😈 Cândida e Tales num sexo louco kkk. (cena bem feita por sinal). E agora Cândida que presenciou a beleza de Florença quer tê-la no seu bordel e passara a contar com a ajuda de Tales para isso. Essa história vai render, sim ou com certeza? Acho que a história de Florença começa aqui nessa última cena. 🙂
    Parabéns pela estréia Caíque!! Primorosa (E não posso deixar de elogiar a linguagem verbal, ta ótima) 😉

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  7. O capítulo começou tenso, essa cena do assassinato, mesmo não sendo explícita, conseguiu de alguma forma me impactar. Talvez pelo sangue na janela. E ótima cena.

    Essa mãe da Florença, eu hein, não dá pra defender. Emílio já se masturba pensando na filha, é repugnante, e o próprio Emílio sabe disso, ele sente remorso.

    Cândida uma safada, cena quentíssima essa dela com o Tales. Por falar no casal de amantes, um plano pra transformar Florença em puta, ou melhor, cortesã, já tá sendo pensado.

    A estreia foi excelente, e imagino que a construção da época tenha sido um trabalho a parte, algumas expressões no texto eu nem conhecia 😛 Mas enfim, o trabalho numa web de época é bem maior. Parabéns Caique, seu retorno a web dramaturgia foi pisante. :*

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  8. Florença continua sendo un grande enigma, pelo simples fato de não sabermos o que o título da web significa (ainda)… Chocado com o crime logo na primeira cena. Será um homem? Será uma mulher? Será Tales? Mistérios…

    Minha teoria: A assassina é Justina. Sim, Justina. Ela mata as moças por achar que são más influências a Florença, que as mulheres (da mesma faixa de idade de Florença) sejam “Putas” (para ela). E pelo teaser. Que pode não ter sido Florença, e sim ela, já que ela que é envolvida com religião.

    Chocado com a cena do Emílio! Por tanto que ele saiba que é errado, eu não pude deixar de sentir nojo dele… Ele gozou até pelo olho (ps: eu sei que pelo olho foi lágrimas). No mais, sobre ele só consigo sentir asco. .nojo!

    Gente, chocado com a palavra que o Caíque usou para definir certos “atos” safadeneos kkkk. Ótima estreia, Caique. Trazendo dignidade ao horário.

    Parabéns 😀

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  9. Caíque parabéns pra estréia, penso que será uma excelente web.
    Vou ler outro dia, porque fiquei o dia vendo a 3 temporada de lista negra.
    Deve ser outro grande sucesso.
    Desejo muita sorte pra você e que sua web Cartas pra Florença seja um sucesso.
    Bom título!
    Leio e comento depois.
    Parabéns e desculpa por não ler agora.

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  10. E a trama começou com uma cena de assassinato, não foi explícita, mas foi forte sim. Acredito que a história do assassino em série será o ponto alto da trama, principalmente pelo fato de ser uma história de época, com certeza as investigações são diferentes do que é hoje em dia. Por falar nisso, adorei a abordagem da época, muito interessante a maneira como foi retratado assuntos corriqueiros, como usar os cabelos soltos era sinal de indecência. A cena do Emílio se masturbando e pensando na filha foi algo perturbador e nojento, mas o fato de retratar a pedofilia através do praticante e não da vítima é algo inovador e que promete muitos desdobramentos. Bom, o que falar de “Cartas para Florença”? Adorei a estreia, foi comum como todas as estreias, mas demonstrou potencial para seu futuro. Porém, não posso deixar de mencionar alguns pontos negativos que encontrei. Apesar de muito bem escrita no quesito gramatical, houve alguns erros de português gritantes, como “loura” ao invés de “loira”. Também cito termos atuais que foram usados nas falas daquela época, como “você” ao invés de “vosmecê”. Por fim, menciono o que mais me incomodou: o emprego de verbos conjugados de forma extremamente cultos para falas dos personagens, como “levá-lo-emos” e “fá-lo-ei”, creio que tais termos eram usados mais na escrita da época, não na fala, ficou muito estranho. Enfim, encerro minhas análises por aqui e desejo muito sucesso e criatividade pra você, Caíque, sua web-novela tem muito futuro, mas não vou prometer que vou acompanhar porque meu tempo está curto e corrido, farei o possível. Parabéns novamente! 😀

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    • Acredita que eu também fiquei na dúvida quanto o “loura” e “loira”? Porém, pesquisei no site abaixo qual que é o correto, e vi que as duas formas estão certas, porém no próprio post diz que “loura” era mais utilizado antigamente, então preferi essa forma mesmo.
      http://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/consultorio/qual-e-a-forma-correta-louro-ou-loiro/
      Morrendo que eu não me toquei com as conjugações dos verbos, é que eu li alguns livros escritos nessa época para poder retratar melhor a linguagem e vi muito o uso dessas formas verbais, mas eu não tinha percebido que, realmente, deviam ser usadas só pra escrita mesmo, e não oralmente. Vou dar um jeito nisso…
      Mas quanto ao “você”, nesses livros que li, como “Dom Casmurro” (que é de 1899), o Machado de Assis só usa “você”, então pensei que não fosse ter problema.
      Muito obrigado pelas observações, Airton, pode ter certeza de que vou levar todas em conta, e fico feliz que o saldo da estreia tenha sido positivo pra você 😀
      E não se preocupe, entenderei se você não conseguir acompanhar, sei como é. Mas vou torcer do fundo do meu coração para você consiga arranjar um tempinho. 😀

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  11. Claro, como eu não pensei nisso antes? Claro que a Florença era a peça que faltava nesse quebra-cabeça. Por que haveria de ser diferente? Ela era a moça desejada por Cândida e por Emílio.

    Neusa e Adriana jogadas para o segundo capítulo. Não que isso seja um erro, mas eu acho que elas deveriam ter sido apresentadas. Ou não, né, o capítulo correu muito bem sem a presença delas.

    Agora, se tem algo que eu tô estranhando e muito é a linguagem utilizada pelos personagens. Sim, eu sei que estamos no Brasil Imperial do final do século XIX, mas naquela época os brasileiros ainda falavam como portugueses? Mas deixe, com o tempo eu me acostumo.

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    • E vamo agradecendo a Deus por a sra não ter lido o comentário do Roberto, que tinha montado todo o quebra-cabeça na chamada de elenco da web?

      Resolvi deixar para apresentá-las no segundo capítulo para a estreia não ficar muito extensa…

      Sei que o povo está estranhando, mas nos livros brasileiros escritos no século XIX, todos os personagens falam assim, inclusive usando mesóclises quando é início da frase, então tomei como se essa fosse a linguagem padrão da época… Posso estar errado, mas preferi ser fiel aos registros.

      Muito obrigado pelas opiniões, Glay 😀

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  12. Depois da cena do Emílio não resta mais vida em mim, simplesmente fiquei sem palavras. Enfim, eu não sei ao certo o que dizer desse primeiro capítulo, afinal tudo o que eu tinha a dizer eu já lhe disse, sobre o quanto a web é incrível, e bem desenvolvida, meus parabéns Esme, lhe desejo todo o sucesso possível, adorassem 😀

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  13. Bom, o que dizer dessa estréia… Maravilhosa! Desde as chamadas eu venho me encantando com a trama, vendo que ao mesmo tempo que ela é igual, ela é diferente. Nn sei explicar – Risos. Florença se mostrou uma jovem pura e pelo que parece aos poucos vai se tornando uma vadia por conta do que Cândida quer. Ela tem um temperamento, vamos dizer, um pouco forte, mas nn deixa de ser uma garota comum. O ponto alto do capítulo foi essa cena de indecência do pai pela própria filha. Fiquei perplexo, horrorizado, pasmo e chocado. O ponto negativo é que o capítulo foi curto. A escrita fluiu tão bem que meu tempo voou, risos. Cenas muito bem trabalhadas e destaco o sexo entre Tales e Cândida como a melhor. Uma cena bem escrita, bem detalhada que eu adorei, sério, li duas ou três vezes, nn me julgue. 😛 Primeira trama de época que leio e acredite, estou adorando e encantado por “Cartas para Florença”, Caíque, de verdade. Sobre o serial killer, irei aguardar um pouco mais para formar teorias, mas deixo claro que aposto no pai de Florença. Será que o título da web tem a ver com Cândida ou Tales mandando cartas para a jovem com algo relacionado a Flor de Lótus? E me responda, risos.

    Bom, disse tudo o que tinha que dizer, você mandou muito, Caíque. Parabéns e ansioso por amanhã. ❤

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  14. Um bom capítulo de estreia. Texto ousado e de bom gosto. Caíque você começou com o pé direito. A trama foi mostrada e promete ter boas cenas. Abordará assuntos sexuais, que se bem escrito fará muito sucesso. Florença será enganada por Tales e será cortesã. A rama apresenta vários caminhos, mas caberá a você escolher uma linha e fazer de Cartas para florença uma web inesquecível do blog.
    Como disse li hoje e comentei. Parabéns Caique pelo recorde dessa estreia. Começou bem!!!

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