A Divina Vingança – Capítulo 09

A Descoberta Mais Importante… Ou Não…

ANO DE 2016

 

CENA 01 – Joá, Mansão dos Couto, Sala, Noite

A câmera foca na sala. A campainha toca e se vê quase que em seguida Letícia andando pela casa em direção a porta. Ela abre e vê Mariana na porta.

LETÍCIA: Mariana?! O que você está fazendo aqui a esta hora?

MARIANA: Eu tenho uma notícia bombástica para te contar.

LETÍCIA: Que notícia você tem para dar Mariana?

MARIANA: Eu descobri!

LETÍCIA: Descobriu?! Mas descobriu o quê Mariana?

Mariana começou a remexer sua bolsa e tirou de dentro o papel do exame que havia imprimido.

MARIANA: O Luan é meu irmão… Ele é meu irmão, Letícia ele é o meu irmão perdido! – falou ela, fazendo Letícia arregalar os olhos.

LETÍCIA: Ele é o seu irmão perdido?  

MARIANA: É! É ele, o exame comprova! Eu fiquei um pouco pensativa, sei lá, notei algo nele que me chamou atenção e então num momento que ele não estava olhando, tirei do quarto dele um fio de cabelo e fiz o exame… Ele é meu irmão Mariana… Uma parte dessa história nós conseguimos esclarecer! – falou ela, sorrindo.

LETÍCIA: Você vai contar pra ele?

MARIANA: Não, eu vou esperar… Vou tentar descobrir quem é o nosso pai e então contarei a ele! Mas já estou feliz mesmo assim, enfim descobri quem é meu irmão!

 

CENA 02 – Mansão Couto, Quarto de Hóspedes, Noite

Depois de alguns instantes, Luan soltou Marcelo, que olhou para ele, atônito.

MARCELO: Luan?! O que significa isso?

LUAN: Eu não sei, só me deu vontade de fazer, deve ser porquê você é a primeira pessoa que eu vejo me ajudar de verdade, sem pedir nada em troca e essa é a única forma que eu tenho para retribuir.

Marcelo olhou para ele, atônito e confuso.

MARCELO: Luan… Não confunda as coisas tá bom?

Marcelo se levantou e respirou fundo, imediatamente ele andou em direção ao lado de fora do quarto, com aquele beijo na cabeça.

MARCELO: Mas o que é que esse garoto está querendo? – se perguntou, após fechar a porta. Entretanto, havia perdido totalmente o foco.

 

CENA 03 – Leblon, Apartamento de Flávia, Noite

Flávia entra no seu apartamento seguida por Rita, que entrava já furiosa.

RITA: Eu não estou conseguindo acreditar nisto! – Falou, batendo a porta com toda a raiva. – Como eu pude ter sido tão idiota de ter deixado todas essas pistas? – Ela estava afoita, desesperada. – Parece que aquela bicha não é tão burra que eu imaginei! Que ódio!

FLÁVIA: Ei?! Não destrói o meu apartamento, por favor!

RITA: Ah Flávia… Com todo o dinheiro que você já tem não sei porquê ainda está nesse apartamento de merda! Mas eu não vou deixar barato, eu vou fazer aquele garoto se arrepender de ter me tratado assim. Ele vai ver!

FLÁVIA: O que você pretende fazer?

RITA: Vou fazer ele seguir o mesmo destino do pai…

FLÁVIA: Você vai matar ele?

RITA: Não… Eu não mato ninguém, mas quem sabe ele pode sofrer um acidente e ir fazer companhia pro pai lá no céu ou no inferno.

FLÁVIA: Eu que nunca quero ser sua inimiga.

RITA: É bom não ser mesmo, eu posso ser muito pior do que imaginam.

 

CENA 04 – Mansão dos Couto, Sala, Noite

Marcelo desce as escadas de sua casa, pensativo com tudo o que tinha acontecido.

 

“Como é que eu vou conseguir manter aquela empresa em ordem, sem confiar em praticamente ninguém?”

 

E enquanto descia as escadas, ouviu a voz de Mariana falando na sala.

MARIANA: Você tem noção disso Letícia? Eu descobri quem é o meu irmão e isso significa que eu tenho uma família e que estou cada vez mais perto de encontra-la.

Marcelo ao ouvir isso, imediatamente desce as escadas.

MARCELO: Você descobriu quem é o seu irmão Mariana? 

Ela, ao vê-lo, se surpreende.

MARIANA: Marcelo? Você estava ouvindo?

MARCELO: Sim… Então quer dizer que você descobriu parte do enigma que envolve a sua vida? Quem é o seu irmão? Eu posso saber?

MARIANA: É o Luan.

MARCELO: O Luan? Ele é o seu irmão Mariana?

MARIANA: Ele mesmo, eu fiz um exame de DNA. Ele é o meu irmão perdido Marcelo! E não é só isso que eu tenho para contar. O Geraldo… Ele me procurou.

LETÍCIA: Ah é? E pra quê?

MARIANA: Pra fazer um exame… Pelo jeito ele se interessou pela minha história, eu não sei porquê, mas parece que tem algo dentro de mim dizendo que ele é realmente o meu pai Letícia.

 

CENA 05 – Ruas do Rio de Janeiro, Manhã

A câmera mostra imagens das Ruas do Rio de Janeiro, ao amanhecer. Mostram a cidade do Rio de Janeiro tomando forma durante a manhã. E focam no carro de Marcelo, que naquela manhã dirigia para longe da cidade do Rio de Janeiro. A câmera o acompanha, até uma área rural. Ele dirige, até um sítio bem bonito. E estaciona o carro em frente a uma casa.

 

CENA 06 –Petrópolis, Sítio de Antônio Couto, Manhã

Após estacionar o carro, Marcelo desce. Naquela manhã, vestia uma roupa casual. Olha ao redor, e tem algumas lembranças.

MARCELO: Há quanto tempo eu não venho aqui. – Dizia a si mesmo, sorrindo – Desde a adolescência, eu acho.

Marcelo já estava pronto para bater palmas para que alguém fosse recebe-lo, porém não foi necessário, logo viu saindo dali a pessoa que estava procurando. O seu avô, Antônio.

MARCELO: Vô ? Sou eu, Marcelo… Como o senhor está?

ANTÔNIO: Até que enfim lembrou que eu existo, não é Marcelo, desde que o teu pai morreu que tu não vem me visitar… Na verdade nunca veio, não é? Se não sou eu ir ao Rio vocês esquecem que eu existo.

MARCELO: Ai vô, não fale assim, eu sempre lembro do senhor e já falei mil vezes que você deveria deixar esse sítio e ir morar comigo no Rio, a mansão está tão vazia, agora só estamos eu e a Letícia lá. Bem que você poderia ir.

ANTÔNIO: Eu não me acostumo naquela selva de pedras.

MARCELO: Mas iria se acostumar. O senhor já não é mais nenhum jovem, não pode mais ficar aqui só.

ANTÔNIO: Tu tá me chamando de velho rapaz? Eu ainda faço muita coisa melhor que você viu.

MARCELO: Vô… Eu vim lhe procurar porquê preciso esclarecer uma coisa.

ANTÔNIO: Ah é? E o que é?

MARCELO: Me responda uma coisa com sinceridade vô, o papai teve um irmão gêmeo? – O velho homem olhou Marcelo com um olhar diferente como se não quisesse falar daquilo.

 

 

CENA 07 – Apartamento de Paulo, Manhã

Paulo entra pela porta, bem vestido como sempre, com alguns papéis na mão. Apesar de toda a confusão com Marcelo, ele ainda permanecia sendo diretor das empresas e apesar de estar um pouco longe de Marcelo. Entra em casa, solta um pouco mais o nó da gravata. Entretanto, mal termina de afrouxar bate o pé na quinta do sofá.

PAULO: Que merda! – Grita.

Paulo olha para o sofá e quase que imediatamente o que se passou naquela sala com Marcelo vem a sua mente, ele se arrepia todo a lembrar daquilo. Mais uma vez as palavras do psicólogo vem a sua mente.

 

“Pelo que você está me dizendo… Você está apaixonado por esse rapaz Paulo”

 

Ele engole aquilo a seco, e decide sair imediatamente. Aperta novamente o nó, e sai de casa.

 

CENA 08 – Apartamento de Renata, Manhã

Renata se preparava para sair de casa, quando ouve a campainha tocar. 

RENATA: Quem será a essa hora?

Ela vai até a porta e ao abri-la se depara com Paulo.

RENATA: Paulo?!

PAULO: Oi, Renata.

RENATA: O que você está fazendo aqui?

PAULO-Nada demais… Eu… Eu só queria conversar com alguém mais íntimo que um psicólogo.

RENATA: Você foi ao psicólogo?

PAULO: Isso não vem ao caso.

RENATA: Tudo bem. – Ela sorri sem jeito. – Entre.

Paulo entra e já inicia seu desabafo.

PAULO: Renata, eu acho que você tinha razão…

 

CENA 09 – Petrópolis, Sítio de Antônio Couto, Manhã

Antônio olhou para Marcelo com uma feição enigmática e rapidamente desviou o olhar para o horizonte.

ANTÔNIO: Quem te disse isso Marcelo? De onde você tirou essa ideia?

MARCELO: A mamãe falou.

ANTÔNIO: É, é verdade sim Marcelo. O seu pai teve um irmão gêmeo. – Falou, fazendo Marcelo arregalar os olhos.

MARCELO: Mas por que ele nunca falou nada? Cadê esse homem então?

ANTÔNIO: Ele morreu.

MARCELO: Morreu?

ANTÔNIO: É… Morreu. Morreu pouco depois que ele e Pedro fizeram 18 anos. Certo dia ele e o teu pai estavam tomando banho num riacho que tem aqui por perto… Aconteceu um acidente e ele sumiu… Nós nunca encontramos o corpo. Acredito eu que ele morreu. – Marcelo ouviu tudo aquilo sem nem piscar.

MARCELO: Mas por que nunca me contaram isso?

Antônio o encarava sério.

ANTÔNIO: Isso me machuca.

MARCELO: Deixe de ser egoísta! Eu merecia saber, por que vocês esconderam isso durante todos esses anos? – Marcelo parecia estar quase chorando, enquanto os olhos de Antônio já estavam marejados, pois ainda sentia a dor da perda.

ANTÔNIO: Você realmente precisa saber de tudo… Pra mim não houve um acidente, foi o Pedro quem fez ele sumir.

Marcelo sentiu o coração disparar como nunca sentiu.

MARCELO: O meu pai?!

ANTÔNIO: Chegou a hora de eu te contar coisas que eu acho que o seu pai não te contou sobre ele.

 

CENA 10 : Apartamento de Renata, Manhã

Renata olhava para Paulo atônita sem entender o que ele queria dizer com aquilo.

RENATA: Sobre o que exatamente eu estava certa, Paulo?

PAULO: Eu… Eu acho que sinto atração por rapazes.

RENATA: Como você chegou a essa conclusão Paulo? O que foi que aconteceu com você nesse tempo em que a gente esteve separados? Além de você ter ido pra cama com um rapaz?

PAULO: Eu… Eu fui pra cama com o Marcelo. – falou, engolindo a seco – E eu gostei. – Renata olhava pra ele, sem acreditar no que havia acabado de ouvir.

RENATA: Você foi pra cama com o Marcel ? O Marcelo Couto, o seu chefe? – ele apenas acenou com a cabeça, concordando.

PAULO: Olha, eu sei que pode parecer estranho eu vir falar disso com você, sendo que a gente terminou a tão pouco tempo, mas é que eu estava pra explodir e não sabia com quem conversar.

RENATA: Não, tudo bem Paulo, se nós não demos certo como casal não podemos fazer nada, eu continuarei sendo sua amiga, como sempre fui, mas me diz, como isso aconteceu?

PAULO: Nem eu sei… Sei lá o que aconteceu comigo aquela noite, nós bebemos, ficamos bêbados e quando eu vi tudo já tinha acontecido… Eu só queria tirar isso da minha mente, esquecer tudo isso e seguir a vida, mas eu não estou conseguindo.

RENATA: Quem sabe você sinta alguma coisa mais forte por ele e por isso talvez não consiga esquecer.

PAULO: Você acha mesmo?

RENATA: Acho… Até que vocês formariam um casal bonito. – Ela sorri. – Independente da forma como se ama, você deve antes de tudo procurar sua felicidade sem pensar no que os outros vão falar.

Paulo fica pensativo.

 

CENA 11 – Sítio de Antônio Couto, Manhã

MARCELO: O que o senhor tem pra me contar?

ANTÔNIO: O seu pai sempre foi muito ambicioso, desde criança adorava jogar com dinheiro valendo e trapaceava pra tentar ganhar mais dinheiro. Ele cresceu assim. Cresceu dizendo que ia ser rico custe o que custasse.

MARCELO: Mas vô… Isso não é pecado nenhum.

ANTÔNIO: Acontece que ele realmente fez coisas ruins pra chegar aonde chegou. Principalmente com uma pessoa que era seu concorrente, o Geraldo Dias.

MARCELO: O que o Geraldo tem a ver com essa história vô?

ANTÔNIO: O seu pai e o Geraldo eram amigos desde a adolescência, eram amigos no ensino médio e quando chegaram na fase adulta, decidiram abrir o próprio negócio. Acontece que o teu pai não era lá o melhor homem de negócios, ao contrário do Geraldo, que sempre foi um empresário nato e com o trabalho do Geraldo a empresa foi crescendo. Quando a empresa ganhou um grande tamanho, Geraldo percebeu que o teu pai estava querendo se apoderar de tudo. Fazendo ele assinar alguns documentos que passavam partes da empresa pra ele… Eles brigaram em seguida e desde então eles se tratavam como inimigos…

MARCELO: Você está me dizendo que o meu pai praticamente deu um golpe no Geraldo?

ANTÔNIO: Sim, aquela altura eu morava no Rio, eu conheci toda essa história. Até deixar o Rio o teu pai tirou o Geraldo da empresa da pior forma possível. A partir dali o Geraldo formou o próprio negócio e fez sucesso sozinho, enquanto o teu pai precisou de diversos outros funcionários que mantinham a empresa, mas a história com o Tony, o gêmeo não tem nada a ver com isso, eu desconfio que não tenha sido um acidente, justamente porque eles dois não se davam bem, de idênticos, só tinham a aparência. Porquê de resto, viviam a brigar. Então eu acredito que a história não seja realmente a que ele conta.

 

CENA 12 – FLASHBACK, Riacho no Sítio de Antônio Couto, Tarde

Pedro e Tony andavam juntos para o Riacho. Pedro não parava de tirar brincadeiras com o irmão.

PEDRO: Mas é sério mesmo que você ainda é virgem? Desse tamanho Tony? Nós temos a mesma idade e eu já fiz isso faz tempo.

TONY: Nem todo mundo é igual a você Pedro. Nem todo mundo quer o que você quer.

PEDRO: Mas você não acha que é muita vergonha? Um homem igual a você, nunca ter feito nada com uma menina? Qual é? Por acaso você tem algo muito pequeno aí pra mostrar? Ou quem sabe não goste da fruta.

Ao ouvir isso, Tony imediatamente virou e deu um soco no irmão.

TONY: Já chega Pedro! Eu não permito esse tipo de brincadeira comigo!

PEDRO: Você vai ver! – falou Pedro, avançando sobre o irmão. Eles começaram a brigar, e no meio da briga se aproximaram do riacho. Pedro conseguiu acertar um soco em Tony, que fez ele perder o equilíbrio, tropeçar, cair na água e bater a cabeça numa pedra.

PEDRO: Anda, levanta! Vamos ver do que mais você é capaz… – num primeiro momento Pedro achou que ele estava fingindo, entretanto, não demorou muito para vê-lo boiar, de olhos fechados… Imediatamente Pedro arregalou os olhos – Meu Deus… Ele morreu?

Pedro não teve coragem de ir até o riacho e ver, ele esperou por alguns segundos, mas ele não se mexeu.

PEDRO: Se descobrirem que eu tenho culpa nisso, eu estou acabado… Vão me deixar anos na cadeia. – a correnteza, pouco a pouco começou a leva-lo pra longe… Pedro viu, e não fez nada.

 

FIM DO FLASHBACK

 

CENA 13 – Sítio de Antônio Couto, Manhã

Marcelo olhava para Marcelo, atônito.

MARCELO: Eu não consigo acreditar nisso que você acabou de me dizer, vô?

ANTÔNIO: Mas é a pura verdade… E tem muita coisa no meio dessa história que eu não sei, Marcelo… É por isso que eu não costumo ir ao Rio… Para não ter que ver o seu pai… Você sabia que ele me deixou aqui, sozinho, sem praticamente nenhum tostão?

MARCELO: Como assim? Ele não ajudava você?

ANTÔNIO: Ajudar? – Antônio sorriu – Por um tempo até ajudou, mas depois parou, me deixou a própria sorte, eu tirei o meu sustento todos esses anos daqui desse chão, e do Geraldo, que me ajudou, o teu pai, Marcelo, não é nada do que ele dizia para todos… – Marcelo não tinha reação nenhuma. Não conseguia falar nada.

 

CENA 14 – BR 040, Manhã

Marcelo retornava do sítio do avô, atônito com tudo o que tinha ouvido.

MARCELO: Eu não consigo acreditar… – Falava a si mesmo. – Não consigo acreditar nisso que o meu avô me disse, nesse homem que ele apresentou, capaz de matar o próprio irmão? – Marcelo voltava para o Rio pensativo naquilo que tinha ouvido. Entretanto descrente daquela história.

 

CENA 15 – Empresa Couto, Escritório da Presidência,Tarde

Marcelo, ao retornar de Petrópolis, foi direto para o escritório da empresa, retornando a presidência. Entrou naquela sala e sentia ali uma energia ruim.

MARCELO: Mande a faxineira vir aqui, e limpar tudo, não quero nem um rastro da pessoa que ocupou esta sala – Falou, sentando- se à mesa. Quase que imediatamente começou a seguir com o seu trabalho… Entretanto, uma notificação tirou sua atenção do trabalho, e levou para o computador. Era o seu e-mail.

 

“Segue em anexo o áudio das escutas feitas nos telefones solicitados!”

 

Ao ver aquilo, Marcelo imediatamente arregalou os olhos e começou a baixar os arquivos e a ouvir. Ouviu um por um. E depois de ouvir alguns arquivos, achou um que chamou sua atenção. Começou a ouvir e logo ouviu algo que o deixou em choque.

 

“RITA: Alô, Flávia? – era a voz da Rita, ele conseguia reconhecer.

FLÁVIA: Rita? O que você quer?

RITA: Como “o que eu quero”? Você sabe bem o que eu quero, eu quero que você mate o Pedro! Eu posso te dar milhões de reais por isso. – Flávia suspirava no telefone.

FLÁVIA: Rita, eu já te falei mil vezes, eu posso ser tudo; Prostituta, vagabunda, ladra… Mas eu não vou matar um homem a sangue frio, eu não sou assim.

RITA: Ah, não vai? Então tá bom, eu acho outra pessoa que tope fazer o serviço, mas não reclame depois que você estiver que continuar servindo esses homens caquéticos aí – Podia se ouvir a respiração de Flávia durante alguns segundos no telefone.

FLÁVIA: Tá bom Rita, eu faço, mas quero metade do dinheiro na minha conta e garantia de que o meu nome não vai se envolver com isso!

RITA: Eu deposito o dinheiro… E tem a minha garantia, o seu nome não vai nem ser cogitado nessa história.”

 

Marcelo ouviu tudo aquilo, e ao terminar, só teve forças para tirar o fone de ouvido.

MARCELO: Foram elas… Foram elas duas… Elas mataram o meu pai. – Dizia ele, imaginando Flávia cometendo o ato.

 

CENA 16 – FLASHBACK, Empresa Couto, Escritório da Presidência, Noite

É mostrada novamente a cena do assassinato. Pedro estava na sua sala, cumprindo as suas funções, quando vê alguém abrindo a porta do seu escritório. Imediatamente ele se levanta.

PEDRO: O que significa isso? – Gritou assim que viu a pessoa se aproximando. Entretanto, em vez da câmera focar na sombra, agora foca na mão do atirador, segurando a arma e não parecia ser uma mão feminina.

 

CONTINUA…

 

 

29 thoughts on “A Divina Vingança – Capítulo 09

  1. O melhor capítulo de todos até agora, com muitas revelações (e ao mesmo tempo, muitos segredos), e já tenho uma teoria para o que aconteceu, mas prefiro ainda não me manifestar, parabéns Lucas.

    Observação: Postagem do capítulo com 1 minuto de atraso, contagem indo até as 22:01 de amanhã.

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