Vida Fatal – Capítulo 39

Cena 1/ Apartamento de Adriana/ Sala/ Interno/ Noite

DELEGADO: Qualquer coisa, nós avisaremos à senhorita.
ADRIANA: Ok. Cuide-se, meu amor.

(Otávio, algemado, sai; acompanhado de policiais)

ADRIANA: Alguém armou para cima do Otávio.

Cena 2/ Mansão Albuquerque/ Sala/ Interno/ Noite

(A campainha toca e Guilherme atende)

GUILHERME: Juliana?
JULIANA: Oi, pai.
GUILHERME: Veio pedir abrigo?
JULIANA: Não. Eu já estou muito bem abrigada.
GUILHERME: Por quem?

(Luciana aparece)

LUCIANA: Por mim.
GUILHERME: Então, você encontrou sua mãezinha querida, não é, Juliana?
JULIANA: Encontrei pai. E estou muito feliz por isso.
GUILHERME: Feliz?
JULIANA: Sim. Por que você sempre escondeu a identidade dela para mim?
LUCIANA: Fala a verdade para ela, Guilherme.
GUILHERME: Vai embora, Luciana. Filha, eu sou seu pai e nós sempre fomos felizes juntos. Esquece a Luciana.
JULIANA: Nunca. Ela é minha mãe e é com ela que eu quero ficar.

(Fátima desce as escadas)

FÁTIMA: Ora, ora. Temos visitas?
JULIANA: Volta para teu sarcófago, Fátima. Isso aqui é assunto de família.
FÁTIMA: Ah é? E quem é essa desconhecida?
LUCIANA: Prazer. Sou mãe da Juliana e você é a esposa do Guilherme. Eu apareci no casamento de vocês.
GUILHERME: Fátima, por favor, não se mete.
LUCIANA: Vamos, Guilherme. Conte para a Juliana por que você me obrigou a abandoná-la.
GUILHERME: Eu não obriguei ninguém. Você virou as costas para a nossa filha porque você quis. Melhor, porque você não a ama e nunca a amou.
JULIANA: Eu sei que é mentira, pai. Não banque o cínico e mentiroso para cima de mim. Vamos, me conte.
GUILHERME: Essa mulher fez tua cabeça contra mim, minha pequena. Esqueça a Luciana e fique comigo.
FÁTIMA: Que ladainha mais idiota. Guilherme, você ainda não percebeu que a sua filha não gosta mais de você? Agora que ela encontrou a mamãe dela, ela pouco está se importando para você.
JULIANA: Eu já disse para você não se meter nesse assunto.
FÁTIMA: Eu me meto, porque eu sou a esposa do seu pai, minha enteadinha.
JULIANA: Não me chama assim.
FÁTIMA: Chamo e baixe o tom comigo.
LUCIANA: EU não admito que você fale assim com a minha filha, sua presidiária de quinta.
FÁTIMA: Eu falo com essa moleca do jeito que eu quiser.
GUILHERME: Não chame a minha filha de moleca.
JULIANA: (empurrando Fátima) Cala essa boca maldita.

(Fátima empurra Juliana, que cai e bate o rosto na mesa de vidro, que se quebra)

LUCIANA: Minha filha.

(Luciana se abaixa e acaricia a cabeça de Juliana, que está com o rosto virado para o chão. Ela vira o rosto ensanguentado para a mãe.)

LUCIANA: Ai meu Deus. Olha o que você fez com a minha filha.
JULIANA: Vamos embora, mãe.

(Luciana segura Fátima pelo colarinho)

LUCIANA: Eu vou acabar com a tua raça.

(Luciana empurra Fátima, que cai no sofá. Luciana dá vários tapas em Fátima. Guilherme segura Luciana)

GUILHERME: Chega. Para com isso.

(Gonçala aparece e leva Juliana para lavar o rosto)

LUCIANA: Cadê a minha filha?
FÁTIMA: Você me paga, piranha.
LUCIANA: Piranha é você, sua vagabunda.

(Juliana aparece, com o rosto lavado)

JULIANA: Vamos, mãe?
LUCIANA: Você está bem, filha?
JULIANA: Sim.
GUILHERME: Filha.
JULIANA: Nunca mais fale comigo. Eu odeio o senhor e a sua ninfeta. Odeio.

(Juliana sai, amparada por Luciana)

Cena 3/ Delegacia/ Interno/ Noite

DELEGADO: Sente aí.

(Os guardas tiram a algema de Otávio e ele senta. O guarda aparece com um envelope)

GUARDA: O resultado da perícia.

(O guarda entrega o envelope e o delegado abre)

DELEGADO: Desculpe o transtorno, Otávio.
OTÁVIO: O que o resultado diz?
DELEGADO: O veneno encontrado nas suas coisas não era neocicuta. A denúncia foi errada.
OTÁVIO: Não tem problema. Eu juro que aquele veneno não era meu. Implantaram nas minhas coisas.
DELEGADO: Se a sua hipótese estiver correta, a pessoa que colocou o veneno nas suas coisas queria te ver preso.
OTÁVIO: E condenado pelo assassinato.
DELEGADO: Ou seja, a pessoa que fez isso tem culpa no cartório. Ela quis fazer com que você fosse culpado, para que ela não fosse responsabilizada pelo crime.
OTÁVIO: Mas tem um problema, delegado. Parece que a pessoa que tentou me incriminar não sabe qual veneno foi usado para matar o Ramiro, senão ela teria colocado nas minhas coisas o neocicuta e não um veneno qualquer.
DELEGADO: Muito estranho isso. Estranho mesmo.

Cena 4/ Casa de Paula/ Sala/ Interno/ Noite

PAULA: Tadinha da Larissa.
RENATO: Tadinho do Otávio, que se casou com aquela mulher. Nunca fui com a cara dela.
LUZIA: Vocês falam como se a mulher fosse uma criminosa.
PAULA: Ih, mãe. Tem alguns fatos que fazem com que a gente pense isso.
RENATO: A Adriana não é nada diferente da Thais.
LUZIA: Então, essa mulher não presta mesmo. É difícil eu, como mãe, afirmar isso, mas é a verdade.
PAULA: Não fica assim, mãe.
LUZIA: Só espero que, em qualquer lugar que a Thais esteja, ela não fique aprontando para cima de ninguém.

Cena 5/ Mansão Martins/ Sala/ Interno/ Noite

(Alberto e Larissa entram)

LARISSA: O Otávio não poderia se casar com ela.
ALBERTO: Não se martirize por isso. Você fez o que podia fazer. Se o Otávio não acreditou, o problema é dele.
LARISSA: Mas ele se casou com a Adriana e eu fico preocupada com isso.
ALBERTO: Eu acho que você está preocupada pelo fato de que você queria estar no lugar da Adriana, naquele altar, vestida de noiva, dizendo sim ao padre.
LARISSA: Não seja ridículo.
ALBERTO: O Otávio está tocando a vida dele em frente. Faça isso você também. Aceita meu pedido de casamento.
LARISSA: Que pedido de casamento?
ALBERTO: O que eu estou te fazendo agora. Você aceita se casar comigo?
LARISSA: Não. Desculpa Alberto, mas casar agora não está entre as minhas prioridades. Vamos continuar do jeito que estamos, tudo bem?
ALBERTO: Se você prefere assim.

Cena 6/ Apartamento de Adriana/ Sala/ Interno/ Noite

ADRIANA: Então, o veneno que encontraram não era um neocicuta?
OTÁVIO: Não. Eu tenho certeza que armaram para cima de mim.
ADRIANA: Mas como?
OTÁVIO: Invadiram o apartamento e colocaram o veneno no guarda roupa.
ADRIANA: E quem faria isso?
OTÁVIO: O Guilherme. O Guilherme faria isso.

Cena 7/ Mansão Albuquerque/ Sala/ Interno/ Noite

FÁTIMA: Essa Luciana é um porre. Ela me paga por cada tapa.
GUILHERME: Cala a boca. A Luciana não poderia ter tirado a Juliana de mim. Mas eu vou resgatar minha filha. Ela vai voltar a morar comigo.
FÁTIMA: E como você pretende fazer isso?
GUILHERME: Eu ainda não sei. Mas eu vou tirar a Juliana das asas da Luciana. Isso eu vou fazer, ou eu não me chamo Guilherme Ferraz.

Cena 8/ Paisagens do Rio de Janeiro/ Dia

Cena 9/ Restaurante/ Interno/ Dia

ADVOGADO: Aqui estão as papeladas que comprovam que o Guilherme desviava dinheiro da empresa.
OTÁVIO: Ótimo. Hoje eu pego aquele desgraçado.

Cena 10/ Casa de Paula/ Sala/ Interno/ Dia

RENATO: Resolvi passar aqui antes de pegar voo para a empresa.
PAULA: Que bom que você veio. Eu descobri uma coisa recentemente, antes do casamento do Otávio, e quero te contar logo agora.
RENATO: Conta. O que foi?
PAULA: Eu estou grávida.
RENATO: Grávida? Então, quer dizer, que eu vou ser pai?
PAULA: Sim. Você será pai, meu amor. Um ótimo pai.

(Paula e Renato se beijam)

RENATO: O melhor presente que eu poderia ganhar na vida. Obrigado, meu amor.
PAULA: Obrigada você por ter aparecido na minha vida e me fazer, todos os dias, a pessoa mais feliz do mundo.

Cena 11/ Mansão Albuquerque/ Externo/ Dia

(César está rondando a mansão. INÍCIO DO FLASHBACK)

CÉSAR: Estou pensando em roubar a mansão do Ramiro. O que acha?
LUCÉLIA: Você está louco? A polícia está atrás da gente, achando que nós matamos o Ramiro, e você está pensando em roubar a mansão dele?
CÉSAR: Fica calma, que eu estou pensando em fazer isso sem deixar vestígios.

(FINAL DO FLASHBACK)

CÉSAR: Em breve, toda a fortuna de Ramiro Albuquerque será minha.

Cena 12/ Mansão Albuquerque/ Cozinha/ Interno/ Dia

(O telefone toca e Celina atende)

CELINA: Alô? Está sim. Irei passar para ela.

(Celina entrega o telefone para Gonçala)

GONÇALA: Alô. Sim, sou eu. Tudo bem. Daqui a pouco, eu estarei aí. Até mais.

(Gonçala coloca o telefone na mesa)

CELINA: Quem era?
GONÇALA: O delegado que está cuidando do assassinato do seu Ramiro.
CELINA: E o que ele queria?
GONÇALA: Que eu me apresentasse à delegacia. Parece que eu sou suspeita, Celina. Eles estão desconfiando de mim.

Cena 13/ Casa de César/ Sala/ Interno/ Dia

LUCÉLIA: Você quer roubar a mansão hoje a noite?
CÉSAR: Sim. Eu conheço aquela casa como ninguém. Já sei de cor os lugares que eu terei que passar para pegar algumas coisas da mansão.
LUCÉLIA: Não faça isso, César. É muito arriscado.
CÉSAR: Não é nada. Deixe comigo. Eu sei o que eu estou fazendo.
LUCÉLIA: Será que sabe mesmo?

Cena 14/ Condomínio Jatobá/ Apartamento de Luciana/ Sala/ Interno/ Dia

LUCIANA: Você tem certeza que está bem mesmo?
JULIANA: Tenho. Não precisa se preocupar.
LUCIANA: Se eu soubesse que aquela visita iria terminar assim, eu teria evitado.
JULIANA: Ah não, mãe.
LUCIANA: Mãe. Eu adoro quando você me chama de mãe.
JULIANA: Mãe, mãe, mãe.
LUCIANA: Minha filha. Então, eu renovei sua matrícula na faculdade.
JULIANA: Sério?
LUCIANA: Claro. Amanhã mesmo você poderá rever seus amigos. Melhor dizendo, rever o Sérgio. Ele é um garoto bom, que te ama. Eu gostei dele.
JULIANA: Fico feliz por isso. Seria melhor ainda se meu pai pensasse assim.

Cena 15/ Faculdade/ Banheiro/ Interno/ Dia

(Jéssica está mexendo no cabelo. Roberta entra)

JÉSSICA: Resolveu aparecer na faculdade, é?
ROBERTA: Eu não faltei esses dias porque quis. Eu contraí pneumonia, por causa daquele showzinho de espuma e fumaça de extintor que você jogou em mim.
JÉSSICA: Um showzinho, aliás, bem merecido.
ROBERTA: Mas que pôs minha vida em risco.
JÉSSICA: Você fala como se a pneumonia fosse a doença mais grave do mundo. Nada me sai da cabeça que você teve uma simples gripe. Fica falando em pneumonia para me deixar mais assustada.
ROBERTA: Tudo bem. Confesso que eu não tive pneumonia, mas eu gripei sabia?
JÉSSICA: Ninguém morre de gripe, querida.
ROBERTA: Ninguém que não tenha AIDS, você quer dizer.
JÉSSICA: Como é?
ROBERTA: Eu tenho AIDS, Jéssica. E eu não estou mentindo.

(Roberta entrega o exame que fez para Jéssica)

ROBERTA: Olha o resultado: positivo.
JÉSSICA: E por que você está me mostrando isso?
ROBERTA: Para você saber que a brincadeira que você fez contra mim naquele dia, me colocou entre a vida e a morte. Para uma soropositiva, como eu, uma gripe se torna pior do que um infarto. Eu só espero que você tenha a decência de não sair por aí, espalhando uma notícia que só remete a mim.
JÉSSICA: Você está fazendo com que eu me sinta culpada.
ROBERTA: Mas é isso mesmo que eu quero que você se sinta, porque você é culpada. Você tem que levantar as mãos para o céu por não ter acontecido nada de grave comigo, porque, na condição que eu me encontro, com AIDS, com o vírus HIV, se eu estivesse morta, a culpa seria sua. (gritando): SUA. SUA.

(Roberta sai)

Cena 16/ Delegacia/ Interno/ Dia

(Gonçala entra)

GONÇALA: Com licença.

(O delegado faz um gesto para que Gonçala sente-se e ela senta.)

DELEGADO: Gonçala Maria dos Santos, eu recebi um vídeo da festa do Ramiro, você sabia?
GONÇALA: Não senhor.
DELEGADO: E o vídeo mostrava claramente que a senhora foi agredida pelo Ramiro. A senhora confirma?
GONÇALA: Sim senhor. E a agressão da festa foi a última de muitas que eu sofri na mão do seu Ramiro.
DELEGADO: A última. De fato, ela foi mesmo a última. O vídeo também mostra que logo depois da agressão e antes do Ramiro desmaiar durante o discurso que ele estava fazendo, a senhora estava com um frasco de vidro na mão, com um comportamento um tanto suspeito. Onde está esse frasco?
GONÇALA: Eu imaginei que o senhor iria perguntar sobre esse frasco. Ele está aqui comigo.

(Gonçala entrega o frasco para o delegado)

GONÇALA: É o frasco onde eu guardo minhas pílulas para equilibrar a pressão.
DELEGADO: A senhora é doente da pressão?
GONÇALA: Sim. Eu sofro de pressão alta. Depois do tapa que levei, eu fiquei bastante abalada e me tranquei no meu quartinho. Tanto que, no momento do desmaio do seu Ramiro, eu não estava perto da sala e não presenciei o piripaque.
DELEGADO: Mesmo assim, o intervalo de tempo entre a agressão que você sofreu e o piripaque do seu Ramiro foi suficiente para a senhora tentar se vingar do tapa que levou.
GONÇALA: O senhor está dizendo que eu envenenei o seu Ramiro? Isso é impossível. A Celina, minha colega, estava o tempo todo comigo.
DELEGADO: O tempo todo não. Ela não estava com você quando a senhora foi abordada pelo Ramiro. Ela apareceu logo depois da agressão.
GONÇALA: Eu não matei o seu Ramiro. Eu juro.
DELEGADO: Isso aqui é apenas uma investigação. Eu não estou te acusando. Apenas, estou trabalhando com hipóteses. Bom, dona Gonçala, já foi o bastante.
GONÇALA: Obrigada.

(Gonçala sai. Malaquias entra)

MALAQUIAS: Essa daí tem cara de que tem culpa no cartório.
DELEGADO: Não sei Malaquias. Ao mesmo tempo em que ela aparenta inocência, ela também aparenta culpabilidade.
MALAQUIAS: Sabe o que eu acho, seu delegado? Eu acho que nós precisamos de informações novas.
DELEGADO: Amanhã eu chamarei o Otávio aqui. Conversarei um pouco com ele.

Cena 17/ Áureo Mineração/ Espaço da presidência/ Interno/ Dia

(Otávio chega)

OTÁVIO: O Guilherme está?
ROSE: Sim, senhor.
OTÁVIO: Ele está sozinho?
ROSE: Sim, senhor. Eu irei avisá-lo que o senhor pretende falar com ele.
OTÁVIO: Não, Rose. Eu pretendo fazer uma surpresa para o Guilherme.
ROSE: Antes de o senhor entrar, eu queria lhe falar uma coisa.
OTÁVIO: Pode falar, Rose.

Cena 18/Áureo Mineração/ Sala da presidência/ Interno/ Dia

(Alguém bate na porta)

GUILHERME: Pode entrar.

(Otávio entra. Guilherme vê e levanta-se)

GUILHERME: O que você está fazendo aqui? Eu disse para você não pisar mais nessa empresa. Vai embora.
OTÁVIO: Mas eu preciso falar com você.
GUILHERME: Eu já disse. Vai embora, senão eu chamo os seguranças.
OTÁVIO: Ótimo. Melhor, chama a polícia.
GUILHERME: Polícia?

(Otávio coloca as papeladas na mesa de Guilherme)

GUILHERME: O que é isso?
OTÁVIO: Documentos que provam que você desviava dinheiro da empresa. Isso é crime, sabia?
GUILHERME: Como você conseguiu isso?
OTÁVIO: A fonte é o que menos importa. Esses papéis são suficientes para você mofar na cadeia. E eu faço melhor ainda. Acrescento à pena a sua tentativa de golpe contra mim: contratou uma ex-presidiária para se passar por advogada e me fazer assinar um documento falso que passava todo o patrimônio do seu Ramiro, que, com o testamento, virou meu para o seu nome. Só que o documento é falso. Ou seja, mesmo depois da assinatura, a empresa, a mansão e o dinheiro continuaram sendo meus por direito.
GUILHERME: Blasfêmia. Você não seria capaz de me denunciar assim.
OTÁVIO: Ah não?

(Otávio pega o celular, disca alguns números e o coloca no ouvido)

GUILHERME: O que você está fazendo?
OTÁVIO: Ligando para a polícia.
GUILHERME: Você vai mesmo me denunciar?

(Otávio, em chamada aberta e no viva voz, coloca o celular na mesa)

OTÁVIO: Denúncia. Por falar nisso, foi você que invadiu o apartamento da Adriana e colocou aquele frasco para me acusar, não foi? Outro crime na sua lista: invasão de propriedade privada.

(Pausa)

OTÁVIO: Parece que o delegado não quer me atender.

(Otávio desliga o telefone)

OTÁVIO: Serei obrigado a agir por conta própria. Portanto, Guilherme, eu te peço educadamente que você saia da minha empresa e desocupe a minha mansão ainda hoje.
GUILHERME: Eu não vou fazer isso.
OTÁVIO: Ok.

(Otávio pega no colarinho de Guilherme)

OTÁVIO: Você não tem escolha. Ou você entrega o meu patrimônio de volta, ou eu te jogo na cadeia, seu rato fedido. E aí, qual vai ser?

(Congela em Guilherme)

Deixe um comentário