Segredos da Paixão – Capítulo 10 (Antepenúltimo Capítulo)

DÉCIMO CAPÍTULO

 

Cena 1

TARDE, Hipermercado Líder, sala de Dorival, Interior

Dorival está sentado com as duas mãos na cabeça e com o rosto para baixo. A câmera chega próxima do homem e para no momento em que ele levanta e olha para cima.

Dorival (em pensamento): Vou ter que arrumar um jeito de desaparecer com aquele velho safado! Um escândalo a essa altura do campeonato pode me levar a miséria! Ele solta um suspiro e em seguida chama Rose pelo interfone.

Rose adentra a sala de Dorival logo em seguida.

ROSE: Mandou me chamar?

DORIVAL: Sim, sente-se Rose.

ROSE: Olha seu Dorival, eu ainda to terminando os relatórios que o senhor me pediu.

DORIVAL: Não perguntei, eu mandei sentar.

Em silêncio Rose senta na cadeira em frente a mesa de Dorival.

DORIVAL: Fiquei sabendo que o seu filho, digo, o bastardo, descobriu que é adotado.

ROSE: Eu já imaginava.

DORIVAL: Tu deve saber que esse menino é filho da Sandra não é?

Rose engole em seco, e faz um gesto positivo com a cabeça.

 

Cena 2

FLASHBACK, São Paulo, Casa de Rose e George

Faziam alguns meses depois que Rose havia perdido o bebê, ela encontrava-se numa profunda depressão, e foi numa tarde que ela e seu marido, George receberam uma inusitada visita.

Alguém batia na porta de George corre abrir.

GEORGE: Sandra! Minha irmã querida, a que devo a honra?

Sandra trazia um bebê nos braços e uma tristeza no olhar.

SANDRA: Meu irmão, eu não sei mais o que fazer.

George logo se mostra preocupado.

GEORGE: O que houve?

SANDRA: Eu pari essa criança. – Ela mostra o bebê para George e Rose que se encantam.

ROSE: Que criança linda.

Rose se aproxima e pega o pequeno menino no colo.

SANDRA: Cuidem dele pra mim?

ROSE: O que? Como assim?

SANDRA: Meu patrão disse que vai me demitir se eu levar o bebê lá pra casa dele, e não tenho aonde deixa-lo, e nem dinheiro para pagar alguém, eu sei que…

Rose a interrompe antes que ela completasse a frase.

ROSE: Tudo bem.

Sandra que chorava, vê uma fagulha de esperança nos olhos de Rose.

ROSE: Com uma condição.

SANDRA: O que quiser, eu faço tudo para que meu filho seja bem cuidado.

ROSE: Ele vai ser criado sendo meu filho e do George sem nunca saber que é seu filho.

Sandra era uma jovem inconsequente, acabou aceitando os termos da cunhada.

Fim do flashback

 

Cena 3

TARDE, Hipermercado, Sala de Dorival

Dorival ainda a encarava.

ROSE: Eu ainda não entendi porque o senhor me chamou aqui.

DORIVAL: Rose estou cansado desse jogo, eu vou ser bem claro, eu quero que tu volte pra casa.

Rose o encara apavorada.

ROSE: O que?

DORIVAL: Aonde tu mora é meu, seu emprego me pertence e tu não tem nada, nem mesmo teu filho é teu. Eu posso entrar com um processo judicial junto com a Sandra pra te tirar o Guilherme e ainda te acusar por sequestro.

ROSE: O senhor só pode ter enlouquecido, tá me chantageando?

Dorival salta de seu lugar e puxa Rose pelo braço roubando-lhe um beijo a força.

DORIVAL: Eu enlouqueci sim! Desde o dia em que tu me abandonou pra fugir com o irmão da empregada eu nunca mais dormi direito.

ROSE: O senhor não pode estar falando sério, isso foi há mais de 20 anos, e nem tínhamos nada sério, saímos apenas algumas vezes e…

Antes que Rose terminasse a frase Dorival a derruba com uma bofetada.

DORIVAL: Tu brincou com meus sentimentos Rose, se tu insistir nisso, quem vai sofrer desta vez vai ser você.

Rose permanecia em estado de choque.

DORIVAL: Então, tu vai me aceitar ou não?

Rose estava visivelmente assustada, ela se levanta repentinamente e vira as costas para Dorival.

ROSE: Nunca pensei que tu fosse esse homem tão rancoroso, me deixe em paz. E não se meta com meu filho que tu vai se arrepender.

Totalmente alterada Rose deixa a sala, e Dorival permanece pensativo.

 

Cena 4

FLASHBACK, Mansão de Dorival, Interior

Em torno de 18 anos atrás, Dorival encontrava-se com Tadeu em sua mansão, estavam os dois a sós tratando de negócios.

TADEU: E para que precisa dos meus serviços?

DORIVAL: Tu vai matar o irmão da empregada.

Tadeu o encara surpreso.

TADEU: Mas o senhor que é tão poderoso vai mesmo manchar suas mãos com o sangue de um ninguém.

DORIVAL: Eu não preciso contar meus motivos, tu vai matar o George, o irmão da Sandra.

A câmera vai distanciando até tudo escurecer.

Fim do Flashback

 

Cena 5

TARDE, Hipermercado Líder, sala de Dorival, Interior

DORIVAL: Eu cometi muitos erros na minha vida.

Ele se levanta lentamente, leva as mãos na cabeça e as lembranças tornam a assombra-lo.

Dorival recordava com uma pontada no peito.

DORIVAL: Eu não tinha outra escolha, matar o marido da Rose para que ela ficasse comigo foi necessário. – Ele veste o casaco. – O Tadeu é a única ponta solta, preciso elimina-lo o quanto antes.

 

Cena 6

TARDE, Mansão, Sala, Interior

Sandra arrumava a casa, seu olhar era distante e por um momento se pegou chorando.

SANDRA: Meu filho… Queria tanto lhe dizer que sou sua mãe.

Uma lágrima escorre de seus olhos enquanto as lembranças invadem sua mente.

 

Cena 7

TARDE, escola, interno

A imagem está com foco na porta de entrada da direção. Logo ela se abre e de lá sai Lorena, que no mesmo momento vê Diego saindo de uma sala próxima. Ele segue corredor adentro sem olhar para trás. Os corredores estão vazios, curiosa, Lorena vai até a sala que o viu sair, a câmera a segue, mostrando-a de costas. Em poucos segundos ela já está onde queria, e toma um susto com a imagem de Gaby se arrastando no chão até a porta.

GABY: Não me deixa aqui, sozinha! – Se arrastando até a porta.

Lorena leva um susto e dá um salto para trás se esbarrando em Agatha e acaba caindo no chão.

AGATHA: O que houve garota? Parece que viu um fantasma.

Lorena olha de volta para a sala e não tem nada, era apenas fruto de sua imaginação.

Com um pouco de esforço Lorena se levanta.

LORENA: O que tu tá fazendo aqui?

AGATHA: Eu vi tu causando barraco, é por isso que tu tava na diretoria?

LORENA: Nossa Agatha, por que tu tá tão amarga comigo ultimamente?

Agatha a encara com revolta.

AGATHA: Tu matou a Gaby, né!?

Um estado de choque invade todo o ser de Lorena, que fica trêmula na mesma hora.

LORENA: Do que tu tá falando? Tá louca é?

AGATHA: Não tenta me enganar Lorena, eu me lembro bem da sua reação aquele dia no banheiro.

LORENA: Isso não significa nada.

Agatha aponta o dedo na cara de Lorena.

AGATHA: Eu sei o que eu vi.

Agatha vira as costas.

AGATHA: Não vou discutir contigo, acho que logo todos vão te desmascarar.

Agatha sai e Lorena permanece em estado de choque.

 

Cena 8

TARDE, centro de Vila Do Rei, restaurante, interior

Sentados juntos, Tadeu e Ivete conversam enquanto comem. Ela come apressadamente, enquanto ele come e contempla a mulher.

TADEU: Sua beleza é estonteante! As mulheres da Itália, jamais chegaram aos seus pés! – Ele diz tentando aproximar umas das mãos a mão de Ivete – O destino me fez voltar ao Brasil para te conhecer! Brigadeirão!

IVETE: Olha, o senhor está muito galanteador! Já disse que sou de família!

TADEU: Mas de maneira nenhuma quero lhe faltar com respeito, minha flor. Aliás como está a comida?

IVETE: Uma delícia! – Ela está com uma coxa de frango na mão – Esse lugar faz uma comida muito boa! Mas me diz aí, quer dizer que o senhor e o velh… Quer dizer o Seu Dorival, são grandes amigos, e ele tem negócios pendentes contigo?

TADEU: Exatamente. Mas como eu já lhe disse, não vamos falar do Dorival! Vamos falar de nós! Tem interesse em conhecer a Europa? – Ivete arregala os olhos, e se levanta ofendida.

IVETE: Olha aqui, senhor, não pensa que porque tô aceitando um almoço, que já tô me vendendo! – Tadeu, ao ver a reação dela, tenta acalmá-la.

TADEU: Calma meu bem – Ele olha ao redor – Todo mundo tá olhando. Se acalme! Eu explico! – Ivete aceita, e aos poucos vai voltando a se sentar, então Tadeu continua – Eu gostei muito de você. Amor a primeira vista existe! E com certeza descobri isso ao olhar para você…

IVETE: Amor? Ah, o senhor é um homem, muito velho. Desculpa a sinceridade! Mas é… Cheio de malandragens! E eu não tenho o costume de ser galanteada – Diz, demonstrando uma certa tristeza.

TADEU: Como não? E eu? Aliás quem não iria se interessar por uma linda mulher, igual você? Já estou apaixonado!

A cena fica muda, enquanto os dois continuam conversando. A imagem vai se afastando. 

 

Cena 9

TARDE, escola, externo

De dentro do carro, Matheus observa a saída da escola enquanto fuma um cigarro de maconha, não demora e Lorena surge no portão, saindo da escola. Ela segue, indo embora sozinha, nesse momento Matheus liga o carro e vai atrás dela.

MATHEUS: Aceita uma carona? – Pergunta de dentro do carro a Lorena.

Ela mostra resistência.

LORENA: Não precisa, moro perto daqui – Diz, seguindo caminho.

MATHEUS: De carro você chega mais rápido! – Insiste – Vamo lá, eu não mordo! – Lorena o olha com um certo sorriso. Então logo a garota aceita o convite.

LORENA: Tá bom! – Ele para o carro e ela entra.

 

 

Cena 10

TARDE, prédio, interno, apartamento de Guilherme

Ele acaba de passar pela porta do apartamento que mora. No rosto, uma certa aflição é eminente. Guilherme segue caminho até seu quarto. Ao chegar, ele segura a maçaneta, parado em frente a porta. Vozes vêm em sua mente, repetindo uma mesma palavra: “Bichinha”.

Lembranças de um passado recente, continuam martelando seu interior.

GUILHERME: Eu não tive culpa de ter nascido assim… Porra! – Grita para si mesmo, murrando a porta.

Ele entra no quarto

GUILHERME: Eu não tive culpa de nada! De nada! – Ele ajoelha no chão – Todos já estão começando a descobrir… Estão achando que sou…

A câmera o mostra de cima. E logo a imagem escurece.

 

Cena 11

TARDE, rua, interior do carro de Matheus

Juntos, Lorena e Matheus seguem no veículo. Ele passa pelas ruas em velocidade reduzida. Os olhos vez ou outra vai em direção a garota no banco do carona.

MATHEUS: Como é que uma garota tão linda igual você, vai pra casa sozinha? – Diz, com a mão no volante, olhando para frente.

LORENA: É… Acho que os homens dessa cidade não gostam de mulher! – Ironiza.

MATHEUS: Que desperdício. Então quer dizer que você não tem namorado?

LORENA: Você tá muito interessado em saber da minha vida! Aliás, você é quem mesmo? É novato né? – Ela olha para Matheus.

MATHEUS: Desculpa! Na verdade você é boa observadora, sou novato sim. Eu sou Matheus, e você?

LORENA: Meu nome é Lorena – O cheiro de maconha no carro, não passa despercebido por ela – Seu carro tá fedendo a maconha!

MATHEUS: Foi mal! – Os dois olham ao mesmo tempo para o cigarro com a droga apagado no painel do veículo – Pensei que ia passar batido.

LORENA: Eu conheço o cheiro de longe! E aí, não vai me oferecer? – Matheus dá um sorriso malicioso.

MATHEUS: Sua cara de gostar de coisas diferentes, não me enganou. – Ela ri, enquanto Matheus já com o cigarro na boca tenta acendê-lo.

A garota ao ver, pega o isqueiro e leva em direção a boca dele, acendendo o cigarro. Matheus para o carro próximo a pracinha da cidade. Ele entrega a droga na mão de Lorena, que imediatamente o leva a boca.

Eles ficam fumando por horas, enquanto sorriem e conversam sobre o ocorrido, Lorena e Matheus acabam entregando-se para o momento e fazem sexo dentro do carro.

 

Cena 12

TARDE, Hipermercado Líder, interno, sala de Rose

Sentada atrás de sua mesa, Rose se mostra concentrada em alguns papéis. Porém, toda a concentração dela se quebra, assim que a porta da sala se abre, e Ivete entra. Rose leva um susto, enquanto a amiga segue em direção a sua mesa.

ROSE: Ivete você não tem mais jeito! – Reclama, assustada – Vou proibir sua entrada na minha sala, se continuar entrando assim!

IVETE: Aí, Rose! Poxa, venho aqui toda feliz pra te contar uma nova, e você me trata assim.

ROSE: Quem não te conhece que te compre, hã! – Diz, olhando com deboche para Ivete – Vamo vem logo me contar!

IVETE: Aí tá, bom! – Ela se apressa e se senta feliz na cadeira em sua frente – Amiga! O babado é forte! Aquele homem que veio mais cedo falar com o velho. Me pagou um almoço! – Rose demonstra surpresa – E tem mais! Ele está apaixonado por mim.

ROSE: Apaixonado? Nossa! Então quer dizer que você fisgou o outro velho? – Ela ri – Aí, Ivete, desculpa mas foi engraçado!

IVETE: Não vi graça. Pelo menos alguém se interessou por mim. Já por você… – Diz, em tom irônico.

ROSE: E está muito bem assim! Aliás, nem vi o homem, você quem disse que ele era velho, por isso fiz a brincadeira… Mas já pedi desculpa – Ameniza – Mas vamo lá, me conta como foi?

Ivete começa a falar sobre o almoço com Tadeu. Ela gesticula, enquanto tem a atenção de Rose, a cena fica muda.

 

Cena 13

TARDE, Mansão Alencar, interno

Diego abre a porta de sua casa, e logo dá de cara com Sandra. A mulher estava na sala, e de imediato ela percebe o machucado na boca dele e se assusta.

SANDRA: Seu Diego, o que aconteceu com você? – Pergunta, indo até ele – Sua boca está machucada, filho.

DIEGO: Ah, Sandrinha. Isso não foi nada! – Ameniza.

SANDRA: Mas como foi? Alguém te bateu?

DIEGO: Pra dizer a verdade, sim. Um malucão me bateu – Diz, largando a mochila no sofá.

SANDRA: Meu Deus!

DIEGO: Sandra, para de me chamar de senhor, por favor! E não se preocupe! Eu não vou mais fazer… – Ele caminha em direção a sala de jantar – O que temos pra comer? Eu tô morrendo de fome!

Sandra o segue e os dois entram no outro ambiente da casa.

 

Cena 14

ANOITECER, Cenas da cidade

 

Cena 15

NOITE, prédio, interior, apartamento de Rose

Rose acaba de chegar e vai em direção ao quarto do filho. Em frente a porta, a mulher dá dois toques, porém fica sem retorno. Rose abre e vê o filho encolhido sobre a cama.

ROSE: Filho, o que você tem? – Pergunta ao chegar próximo a cama. Guilherme permanece calado.

Rose se põe de joelhos diante da cama dele. Ela leva uma das mãos em direção ao rosto de Guilherme. Ele reage olhando para a mãe.

GUILHERME: Todos estão percebendo…

A mãe se mantém calada por alguns instantes, diante do que acaba de ouvir

ROSE: Meu filho querido…

Guilherme dá um tapa na mão de sua mãe, e a encara com revolta.

GUILHERME: Para de me chamar de seu filho. – Ele começa a chorar. – Já tá na hora de tu saber.

Ele engole a seco, por um momento aquilo era uma forma de ferir sua mãe e após tomar coragem finalmente revela.

GUILHERME: Eu sou gay!

Rose não parecia estar impressionada, ela apenas leva a mão até o rosto do filho e o acaricia novamente.

ROSE: Tu é meu filho! Tu me salvou no momento em que eu mais precisei de alguém, tu me deu a razão de viver meu querido. – Ela emociona-se e chora. – Eu queria tanto te proteger desse mundo insano, sei o quanto está sofrendo com tudo isso, e saiba que eu estou sofrendo mais ainda por te ver assim e não poder fazer nada.

GUILHERME: Tu ouviu o que eu disse? Eu sou gay!

Ele chorava sem cessar, ele tinha perdido a luta, não tinha mais ninguém ao seu lado.

ROSE: E isso faz alguma diferença? Tu é perfeito como tu é, e independente do que aconteça eu estou do seu lado.

GUILHERME: Você jura? Você me aceita assim mesmo? – Questiona com lágrimas nos olhos.

Rose chora ao lado do filho.

ROSE: Estarei do seu lado. Independente de qualquer coisa!

Guilherme a abraça, não era preciso dizer mais nada, apenas as lágrimas falavam por eles.

 

Cena 16

NOITE, Casa de Lorena, Sala, Interior

Jimmy esperou a tarde inteira aflito enquanto Elisa não o permitiu que saísse.

JIMMY: Isso só pode ser brincadeira, quando eu sair daqui vou te denunciar por ser cúmplice da sua filha.

Antes que Elisa o respondesse a porta se abre e Lorena surge, ela está sorridente e com um olhar perdido, ao ver Jimmy ela solta uma gargalhada.

LORENA: Jimmy? – Diz rindo. – Que brisa cara, o que tu ta fazendo aqui na sala?

Elisa a encarava com um olhar de desaprovação, Lorena estava visivelmente drogada.

ELISA: O que significa isso, Lorena?

LORENA: Ah velha, não enche.

JIMMY: Viu, eu disse que sua filha te problemas, pra mim já deu, eu vou chamar a polícia.

Jimmy corre até a porta de saída, e Elisa segura seu braço.

JIMMY: Me solta. – Ele a empurra fazendo com que ela caia no chão.

Jimmy vira suas costas e abre a porta e sai.

Lorena observa a cena enquanto ri descontroladamente.

 

Cena 17

NOITE, Casa de Gaby, sala, Interior

Abraçada à foto de sua filha, Carmen chora.

CARMEN: Eu sei que a culpada disso foi a Lorena, eu vou me vingar, minha filha.

 

Cena 18

NOITE, prédio, interior, apartamento de Rose

Aparentemente Guilherme e Rose estavam se reconciliando, aquele abraço fez com que Rose se sentisse mais próxima do filho e o mesmo aconteceu com Guilherme.

Depois de alguns minutos em silêncio e suspiros cheios de remorsos, Guilherme finalmente pergunta.

GUILHERME: Rose aonde tu me adotou?

Rose o encara surpresa.

ROSE: Como assim?

GUILHERME: Deve ter sido em algum lar de adoção, ou orfanato, até mesmo me achado num latão de lixo, eu não me importo, quero saber aonde tu me adotou!

ROSE: Mas porque isso agora? Isso não vai mudar nada.

Guilherme volta a chorar.

GUILHERME: Chega de mentiras mulher! Eu mereço saber, eu quero encontrar a minha mãe legítima!

A cena congela no rosto assustado de Rose.

 

CONTINUA…